Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem: http://180graus.com/blog-literario

CELSO PINHEIRO

(1887-1950)

 

Nascido a 24 de novembro de 1887, na cidade de Barras. Poeta e beletrista. Um dos maiores poetas do Piauí. Chefe do Expediente da Chefatura de Polícia do Estado do Piauí, em Teresina. Publicou: "Almas Irmãs", de colaboração com Antônio Chaves e Zito Batista, 1907, Teresina; "Flor Incógnita", versos, 1912; "Poesias", edição da Academia Piauiense de Letras, 1939, Imp. Oficial do Estado. "Tra­pos de Jornal", discursos, conferencias, artigos literários, livro que deixou inédito. Membro efetivo da Academia Piauiense de Letras, cadeira n? 10, patronímica de Licurgo José Henrique de Paiva, sendo seu primeiro ocupante. Falecido a 29 de junho de 1950, em Teresina.

 

ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES. Org. Félix Aires.  [Teresina: 1972.] 218p + VI.  Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília.

 

NOITE DE INVERNO

 

Noite de inverno. A um choro miserando
Da harpa do rio túrgido e barrento,
Oiço os lobos famélicos do vento
Ganindo, arremetendo, farejando...

 

Um trágico fuzil, de quando em quando,
Rompe a trincheira azul do firmamento,
E o relâmpago atroz, sanguinolento,
Parece um vagalume formidando...

 

Depois a chuva toma outras maneiras,
E há vozes, há soluços, há gemidos
Como em torno das horas derradeiras...
 

E então descubro, pela noite incalma,
Como velhos demónios foragidos,
Os cães da dor uivando na minhalma! 

 

BARREIRAS 

Barreiras de impossíveis, ai, barreiras
sem a brecha falaz de uma janela,
por onde eu possa ver a Imagem dela
na moldura das tardes brasileiras.  

Nem meus gemidos monstros de cachoeiras
nem meus soluços roucos de procela
vos moverão dessa mudez de cela,
torvas, fatais, sinistras, agoireiras!...  

Embalde, para a ver, alongo os olhos,
fico em bico de pés, e, alucinado,
piso os cardos, as urzes, os abrolhos...  

Ai de quem, entre lágrimas e poeiras
só distingue entre si e o bem-amado
barreiras e barreiras e barreiras! 

 

SONETO 

 Minha, só minha, só, unicamente minha!...
As tuas mãos de luar, macias e cheirosas,
os teus seios ardendo em músicas de rosas,
a tua boca ideal, ó pérola marinha!

É minha a tua carne, a fulgurante vinha |
que tem uvas de sangue, etéreas, luminosas,
e resplende na luz em ânsias ondulosas,
minha, só minha, só unicamente minha!  

Minha toda tu és! A graça, o enlevo, o encanto,
a blandícia do olhar, a alva melancolia,
o dealbar do sorriso e o estelário do pranto!  

É minha a exaltação, minha a esperança, minha
a glória de te ter nos meus braços um dia,
minha, só minha, só, unicamente minha!

 

 

Página publicada em fevereiro de 2016

 

 


 

 




 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar