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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VALTER DA ROSA BORGES

 

Valter da Rosa Borges (1934) é livre pensador, filósofo, poeta, escritor, parapsicólogo e professor brasileiro. É conferencista e autor de livros e artigos, que versam sobre os mais diversos temas.

Valter da Rosa Borges nasceu no Recife, Pernambuco, no dia 15 de março de 1934. Formou-se em Direito, em 1959, pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco. Ingressou no Ministério Público em 1963, foi Procurador da Justiça até 1993, quando aposentou-se. Foi professor de Direito Civil na Universidade Católica de Pernambuco e de Sociologia na Universidade Federal de Pernambuco.

Fundou diversas instituições, entre elas, o Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas; a Academia Pernambucana de Ciências, criou, dirigiu e apresentou na TV Universitária, o programa O Grande Juri, durante 14 anos.

Recebeu diversos prêmios, entre eles, o Prêmio de poesia "Lyra e César", da (APL), concedido ao seu livro "O Ser, o Agora, o Sempre" e o título de Mérito Honorário "Causas Imortais" concedido pela Academia de Letras do Brasil.

Entre seus livros estão "A Correnteza", "Poesia de Dois Versos", "Realidade ou Mito", "Agenda da Vida", "O Observador" e "A Medida do que Somos".

Fonte da biografia: www.pensador.com/

 

 

SONETOS  v. 3.  Jaboatão, PE: Editora Guararapes EGM, s.d.   303- 458 p.  
11 x 16 cm  Inclui 57 brasileiros e portugueses, em língua portugusesa.a  Editor: Edson Guedes de Morais.  Edição artesanal, tiragem limitada. 
Ex. bibl. Antonio Miranda

 


NOIVADO FÚNEBRE

Negra tristeza o meu semblante encova.
Oh noiva minha, oh lírio meu fanado!...
Por que não vamos na mudez da cova
Em círios celebrar nosso noivado ?

Nos sete palmos desse leito amado,
Ao frio bom de uma volúpia nova
Embalará o nosso amor gelado
O coveiro a cantar magoada trova.

E os nossos corpos, gélidos, inermes,
Em demorados e famintos beijos
Serão depois roídos pelos vermes ;

E do leito final, que nos encerra,
Em plantas brotarão nossos desejos,
E nosso amor em flores sobre a terra.

 

 

OS BRINQUEDOS

E me fiz fabricante de brinquedos.
Então usei as tintas coloridas
Das emoções talvez desconhecidas,
Dando aparência e cor aos meus segredos.

Depois eu fabriquei bonecos raros,
Vestidos das mais ricas fantasias,
Bordadas de ilusões, bonecos caros,
Feitos na forma dos felizes dias.

Também fiz uns brinquedos esquisitos,
Outros feios até, sem forma e cor,
Feitos mais íntimos conflitos.

E embebidos que fui nestes folguedos,
Convenci-me, por fim, que era inventor
E me fiz fabricante de brinquedos.

 

SONETO DO SONO

Fecha as portas dos olhos para o mundo
E transpões o palácio das Quimeras.
Aqui reside o Sonho: o que antes eras
Esquecerás de tudo num segundo.

Aqui não rugem traiçoeiras feras,
Aqui não mora a vida,  o charco imundo
Não pesteio o seu hálito iracundo,
Nem polui o frescor das primaveras.

Cerra bem forte o trinco das pestanas
Para que as hordas das paixões humanas
Que gritam lá de fora, exasperadas.

Não penetrem jamais em seus salões
Para que assim as tua ilusões
Não sejam brutalmente assassinadas.

 

 

 

 

         SONETO DA TARDE

         A tarde era um desejo cor de rosa
E as horas transcorriam nos teus braços.
Tinhas no corpo os indecisos traços
Da tarde que murchava langorosa.

         Vinhas, por certo, errante, dos espaços,
Sem presença na tarde luminosa.
Somente luz de ocaso, vaporosa,
Sem o calor de febre dos mormaços.

         Vazia estava a sala e então teus dedos
Tocaram no piano uma saudade,
A mais doce canção dos teus segredos.

         Foi quando te entendi. A noite vinha.
Tu ficaste nas luzes da cidade.
Já que morreste em sombras na tardinha.

        

Página publicada em maio de 2019

 


 

 

 
 
 
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