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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MUCIO LEÃO

Mucio Carneiro Leão nasceu em Recife, Pernambuco, em 1898. Jornalista no Rio de Janeiro. Publicou Thesouro recondito, 1926.

 

FREIRE, Laudelino. Pequena edição dos Sonetos brasileiro. 122 sonetos e retratos.  2ª. edição augmentada.  Rio de Janeiro: F. Briguet  e Cia. Editores, 1929. 256 p.  12,5x16 cm.  capa dura  Impresso na França por Tours  Imp. R. et P. Deslis.  Col. Bibl. Antonio Miranda

 

PERPETUAÇÃO

 

Fica um pouco de nós em cada verso,

Um pouco de nossa alma em cada amor : 

Vamos, em nosso fado assim diverso,

Morrendo um pouco em cada novo ardor...

 

Quando na plenitude do Universo

Minha alma eterna reintegrada for,

Hei-de encontrar-me, ainda a fremir, disperso

Nos restos do meu sonho, agora em flor.

 

Essa essência de luz, que hoje é minha alma,

IÍ que me faz sentir, vibrar, viver,

No sonho ardente e na volúpia calma,

 

Não se ha-de sem remédio desfazer : 

Ha-de ficar, para, nos céos, espalma,

Redimir, perpetuar meu próprio ser.

 

 

A MULHER NA POESIA DO BRASIL. Coletânea organizada por Da Costa Santos.  Belo Horizonte, MG: Edições “Mantiqueira”, 1948.  291 p.  14x18 cm.  Capa de Delfino Filho.  “ Da Costa Santos “  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

FUGITIVA

 

Ela chegou, sorrindo ... eu a buscava ...

Buscava-a, fria de receio e pejo...

Trémula e fria, ela se aproximava       ,

Para a louca embriaguez do meu desejo.

 

Chegou, lenta, suavíssima.. .brilhava

Seu vulto sob as árvores ... seu beijo

Cantou na minha boca que a beijava...

Foi um brando suspiro ... um brando arquejo ...

 

Depois fugiu-me... ainda avistei seu vulto,

Que entre as noturnas sombras se escondia,

E, depois ... aflição ... febre ... tumulto ...

 

O céu, que esplende ... o mar, que se encapela ...

A noite, que arde ... a brisa, que cicia ...

Tudo a sofrer comigo ... a anelar por ela ...

 

 

MÍSTICA

 

Na comoção de sua voz triste e magoada,
Voz que fala de um sonho infinito e sereno
Eu cuido ouvir a suavíssima balada
Que um anjo soluçasse à riba azul do Reno.

Jamais houve em sua alma a alegria encantada;
Jamais a deslumbrou um desejo terreno.
Mas, banha-a o fulgor de uma etérea alvorada,
Uma luz que é do céu... que é um místico aceno...

Vós, que na terra andais sofrendo e delirando,
Vós, escravos do amor, vós, servos da quimera,
Vós, céticos, que estais solitários, vagando

Vinde! Só n´alma dela esplendem vossos sonhos!
Nela achareis o amor, que a vossa alma ainda espera!
Nela achareis consolo aos suplícios medonhos!

Página publicada em março de 2014


 

 

 
 
 
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