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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA PERNAMBUCANA

Coordenação de Lourdes Sarmento

 


LUCIENE FREITAS

 

LUCIENE FREITAS

 

 

         É pernambucana e tem publicados os seguintes livros: Explosão (poesias); A Dança da Vida (parábolas e contos); Mil Flores (poesias). Encenado no Teatro do SESC em 2004; O Sorriso e o Olhar (parábolas, contos e crônicas); Meu Caminho, textos para reflexão; Uma Guerreira no Tempo, (pesquisa). O resgate de uma época – 1903-1950; a vida e a obra da escritora Martha de Hollanda, primeira eleitora pernambucana. Premiado pela Academia Pernambucana de Letras, em janeiro de 2005; Viagem dos Saltimbancos Escritores pelos Recantos do Nordeste, (cordel); Mergulho Profundo, 264 pensamentos filosóficos, de momentos vários. Brincando Só e Brincando de Faz de Conta, Vol. I e II da série No Ritmo da Rima. Uma viagem por um mundo colorido por crianças, onde a poesia faz a história; O Espelho do Tempo, romance de pura emoção. O consciente e o inconsciente são revirados nas fraquezas humanas. A personagem, Salomé, faz uma caminhada pelo tempo com o desejo de replantar a semente da criação e mudar o mundo; Sob a Ótica das Meninas, 42 contos de um tempo determinado. A inocência e a astúcia leva os leitores a se envolver, rir ou emocionar-se.

 

Tem trabalhos publicados em jornais e revistas do Brasil, Portugal e Argentina. Participações em várias antologias. Conta com alguns prêmios literários.

Pertence ao quadro de sócios da União Brasileira de Escritores (UBE– PE); União Brasileira de Trovadores (UBT– PE); Instituto Histórico e Geográfico da Vitória, Vitória – PE; Academia de Letras e Artes do Nordeste (ALANE); Academia Vitoriense de Letras, Artes e Ciências da Vitória de Santo Antão; Grupo Literário Celina de Holanda. Membro correspondente da Academia Irajaense de Letras e Artes (AILA) Irajá / RJ e Academia de Letras de Itapoá / SC.

 

See also: A POEM IN ENGLISH

 >>POEMA EN ITALIANO

 

FREITAS, Luciene.   Mil flores. Poesias.   São Paulo: Editora Scortecci, 1999.  81 p.  14x21 cm.  ISBN 85-7372-295-9  Col. A.M.

 

O FENECER. DA ROSA

 

Pendida sem se reconhecer

a rosa sente que se vai:

 

frágeis pétalas a se perder,

já nem sabe mais sorrir,

nem olha o firmamento.

O aveludado pensamento

envolto no existir...

o seu perfume se esvai,

o caule torto fixo na terra,

onde em pouco tempo

a vida encerra.

 

Recife, 23 de agosto de 1998

 

 

QUALQUER COISA

 

Qualquer coisa que fale de sol,

de paz, de alma.

Que alimente o corpo,

que preencha.

Que traga razão à descrença,

ao descaso.

Que motive, que expresse sentimento,

que acabe com a solidão,        *"

que me faça crescer.

Qualquer coisa que signifique VIVER.

 

Recife, 23 de fevereiro de 1998

 

 

 

CONFISSÃO

 

Eu escrevo

como quem grita de alegria

libertando-se das correntes da timidez.

 

Eu escrevo

 

como um riacho que recebe afluentes e transborda,

como o rio que se derrama nas pedras,

vales, e jorra em cachoeira.

 

Eu escrevo

 

apressada, aproveitando o romper da aurora,

a claridade do dia,

a ténue luz do ocaso,

temendo a longa noite que não terá amanhecer.

 

Recife, 4 de julho de 1997

 


LUCIENE FREITAS

    

De
QUE NÃO ME ROUDEM OS SONHOS
Poemas

Recife: 2008

Minha queixa

Não  pouparam meu coração.
Perfurado ele repete,
o choro que já foi chorado.
Sente o que já foi sentido.
Magoado,
tenta escrever uma nova história
com as mesmas palavras.


Luta


Debatem-se os sentidos.
Mãos ao peito, espreito.
Um tremor, um frio,
incansável busca.
Verdadeira luta
para preencher um vazio.


No Balanço


Crianças voam,
entoam
cantigas.
E a vida,
impulsionada,
segue adiante.
Congelo o momento e
tenho, do tempo, comigo
o instante.

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 A CHUVA E O POETA

 

Nuvens choram, manhosamente, na tarde fria,

Singular cortina, de sombras, forma a neblina.

Insistentes gotas, ritmadas, escorrem em nostalgia

Formando espelhos d’água em poças cristalinas.

 

E na magia da queda de cada gota, que reluz,

O ventre da terra intumesce. A natureza arde.

O poeta é mariposa desvairada, volteando a luz.

Recita versos, enternecidos, colorindo a tarde.

 

Um piano em leves acordes compassados

Ressoa longe, o mavioso som de uma valsa.

Em melodia festiva os pingos cadenciados

Arrastam a tristeza. Só a chuva é que não passa!

 

O poeta diz – Não há trevas! Há luz na poesia.

Em versos de louvor canta a Natureza em festa,

Sob a cinzenta luz de artifício. Sem melancolia

Louva as estrelas, escondidas, atrás das arestas.

 

Serpenteando a terra corre a água em fino fio,

Em ondas reluzentes, enquanto interage o vento.

Os sapos, em estribilho, festejam a chegada do frio,

Enquanto o poeta faz versos de encantamento.

 

As folhas orvalhadas têm o brilho de estrelas

Realçam o verde, limpo, lavado pelos pingos.

Numa oração, em coro, os poetas bendizem vê-las

E desfiam, embevecidos, em rimas o cantar divino. 

 

 

CÂNTICO AO SOL

 

Quando o sol desponta, nascendo para o dia, canto.

Dissipam-se desditas, enfileiradas sombras vão sumindo.

Apresento-me ao mundo de braços abertos. Rindo

ao ver desabrochar a inocência, sem rumor de pranto.

 

Quando o sol brilha sobre o céu azul, tal qual um manto

de luz dourada, desdobrando em claridade o firmamento.

Corro em alamedas de flores multicores, ó encantamento

e o pensamento acompanha a aurora no manifesto santo.

 

Quando o sol esclarece as trevas me alegro tanto,

passo à limpo o caminhar, bendigo os dons que recebi,

de joelhos agradeço, enternecida, os dias que vivi

e novas estradas percorro em busca de encanto.

 

Quando o sol no horizonte desce, eu já não me espanto.

Sem o anoitecer não há o novo dia. Tudo é tão breve. 

O amanhecer é abraço de esperança, beijo de brisa leve,

translação de almas caminhantes da luz, em canto.

 

 

(2.º lugar no Concurso Literário Josepha Máximo Ferreira. UBE – PE. Recife, 07-06- 2006.) 

 

 

QUERIA

 

Ser como a água:

na visão, a transparência do mundo;

sem muralhas que a impeça

de expandir-se.

Pra quê os limites?

Formalidades,

banalidades!

Descer por estreitos rios

buscando respostas

nas encostas.

De prata ser o fio

que escorrega na pedra;

saciar a sede que medra

do teu corpo e

suavemente,

amavelmente,

desaguar em ti.

 

 

5.º Lugar no Concurso Poesias de Amor. Varginha / MG. 25-03- 2002.

 

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A POEM IN ENGLISH

 

 

 

Autumm

 

It’s like snow in the soul

Confusion between what is reality or dream

Narrow road between the cold and the wind

Tears between leaves and flowers

Sweeps the desire of being entire

Moving away the possibility of integration

Like a bird’s fly, “El Niño”

Blows a breeze that purifies everything

Camouflaged among leaves, a heart observes

The Deity that commands the stations

Realizes that sadness is forbidden

Removes the remains of passed stages

Discars what is uncertain

And wake up to live each autumm.

 

 

Luciene Freitas

Traduzido por Cleinard Freitas

 

 

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POEMA EN ITALIANO

 

 

Diante do Mar

 

 

O ar carregado de maresia

O mundo resumido numa ilha

A ilha impregnada de mistério

Os mistérios tornando fantástico o viver

O viver acorrentado pela proibição

A liberdade voando numa gaivota.

 

Luciene Freitas

Recife, 01-04-2007.

 

 

 

 

 

Di Fronte al Mare

 

 

L’atmosfera carica d’aria marina

Il mondo riassunto in un’isola

L’isola impregnata di mistero

I misteri che rendono fantastica la vita

La vita incatenata dalla proibizione

La libertà che vola in un gabbiano.

 

 

 

Publicada no livro Que não me roubem os Sonhos, transcrita para o italiano por Angelo Manítta e publicada pela revista Il Convivio – Anno X n. 1 Gennaio – Marzo 2009 n. 36.

 

 

 

 

 

Página ampliada e republicada em maio de 2009. republicad en setemror de 2010, ampliada e republicda em julho de 2012.



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