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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



LAURA LIMEIRA

 

é pernambucana de Recife, nasceu em 28 de dezembro e escreve desde os quatorze anos de idade. Por convicção, procura manter o seguimento às temáticas com tendências ao romântico-erótico-sensual, praticando-o em suas criações com a liberdade que o modernismo proporciona à inovação dessa forma literária. Com isso, consegue em seus textos aliar criatividade, romantismo, sensualidade, erotismo, e acima de tudo legitimidade no estilo, optando por uma linguagem poética que impressione no sentido verdadeiro da emoção. Lançou vários e-books na web, com poemas de sua autoria e participou de duas Antologias impressas intituladas “POESIA SÓ POESIA”, pela Editora Novas Letras, e “RODA MUNDO, RODA GIGANTE 2004”, pela Ottoni Editora.  

 

 

SENTIMENTO AGONIZANTE

 

Hoje, diante do espelho busquei-me no reflexo...

Olhei dentro dos meus olhos e os encontrei agonizantes

Afogando-se nas lágrimas que escorriam pela minha face

 

Procurei minha alegria, meu sonho, minha poesia

Encontrei só ruína pelos cantos do meu dia

Lá do céu as estrelas enfeitavam a noite, e a lua em silêncio

Caminhava entre as nuvens fazendo-lhes companhia...

 

O meu corpo já cansado serenou com a madrugada

Lá fora, os gatos com seus miados gemiam fazendo amor

Os cães vira-latas esfomeados pelas ruas latiam tanto

Como se em vez de fome, também sentissem dor...

 

Lá se foi mais uma madrugada de solidão e tristeza

Foi de fato um dia lindo, só o sol não tinha luz

O horizonte cobriu-se de nuvem-cinza aos quatro cantos

Enquanto ao longe, na estrada, via-se o afastar d’um ônibus

 

Hoje o dia não foi muito diferente...

Busquei-me na rua, na lua, no jardim...

Tudo em vão, não me achei em lugar algum

Só encontrei você, inteiro dentro de mim!

 

 

INQUIETUDE

 

Passeio nas ruas, atravesso avenidas

Dobro esquinas, caminho nas calçadas

O tempo claro tornou-se escuro

E a chuva miúda vai espalhando

Um cheiro agradável de terra molhada...

 

O tempo nublado e a melancolia

Faz-me sentir triste, vazia...

Na rua, o barulho é tremendo!

Caminho apressada, com medo de tudo

Tomo um café na esquina

Arrumo o casaco, e sigo em frente...

 

Entro na loja e te busco entre aromas

Colônias, sabonetes, loções...

Volto para casa, escrevo um poema

Escuto aquela nossa música

Você está tão longe...

 

Escuto o telefone, quem dera fosse você...

Abro a caixa dos correios e não há nada lá

Tomo um banho, coloco o nosso perfume

Entro no quarto e deito-me à relaxar

Mas tua foto sorri na cabeceira da cama

Deixando-me nervosa a me desequilibrar...

 

A noite adentrou na madrugada

E a cidade lá fora continua nublada

Há muito a saudade só atormenta

Roubando-me a paz, deixando-me insone

Fazendo-me zanzar para lá e para cá

Deixando-me inquieta pelos cantos da casa

Nos recantos que há...

 

Insisto em escrever, tento ler

Aquietar-me...desisto!

Retorno às ruas, passeio, atravesso avenidas

Dobro esquinas, caminho nas calçadas...

 

 

VEJO-TE

 

Vejo-te no ontem

No hoje, no amanhã

No dia a amanhecer

No entardecer a surgir

Adentrando o anoitecer

E na madrugada a nascer

 

Vejo-te em meus sonhos

Na solidão e na saudade

No suspiro dos amantes

Na mais simples amizade

Vejo-te também nos trejeitos

De toda a gente passante

 

Tu és minha obsessão

Perseguindo-me aonde vou

Na terra, no céu, no mar

Vejo-te em qualquer lugar

Seja dia, tarde, ou noite

Estás sempre em meu olhar

 

Vejo-te no domingo e na segunda

Da terça à sexta, também

Já no sábado, que alegria

Reservo-o bem guardado

Somente para ficar em casa

Vendo-te nas fotografias

 

Vejo-te tanto, e em tantos lugares

Nos dias, meses e anos

Que nem dá para sentir saudade

Mas quando sonho contigo

Vejo-te ao meu lado, lá longe

No horizonte da minha mocidade!

 

 

LÁPIS DE COR

 

Enquanto risco e rabisco

Vou multicolorindo minha dor

Acariciando-a com palavras

E sentimentos de amor

 

Gosto de rabiscar com o preto

E depois riscar sobre o bordô

Assim, sem desconfiar

Vou expondo minha dor

 

Um multicor de sentires

Dispostos igual um leque

Rediviva, a lembrança volta

Daquele menino-moleque

 

Na caixa dos lápis de cor

Vieram todos encantados

E quando testei, um a um

Surgiu o arco-íris dourado

 

Na ponta desse tal arco-íris

Vislumbrei algo se mexendo

Reconheci um anjo-de-sol

Sorrindo e cheio de dengo

 

Deslumbrada, fiquei a olhar

Àquela imagem no céu

Mas, de repente despertei

Foi só um sonho de papel...

 

Página publicada em dezembro de 2007.




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