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 ANTONIO CAMPOS     Filho do escritor Maximiano Campos, da Geração  65 de autores pernambucanos,  Antonio Campos nasceu em 1968, no Recife,  onde se bacharelou em Direito em 1990, sendo hoje advogado especializado em  Direito Empresarial e Direito do Entretenimento. Além disso, é presidente do  Instituto Maximiano Campos - IMC (www.imcbr.org.br),  sociedade civil voltada a valorização da cultura brasileira, especialmente dos  valores literários, com ampla atuação em Pernambuco e no Nordeste.   Publicou os seguintes livros: Mensagens (2002); Pense S. A. (2002); O Grande Portal (20Q3); Direito Eleitoral - Eleições 2004 (2004); Viver é Resistir (2005); além da plaquete A Arte de Advogar (2004). Também organizou obras como a coletânea Pernambuco, Terra da Poesia (2005) e Panorama do Conto em Pernambuco.   Co-fundador do Instituto de Direito Privado  da Faculdade de Direito do Recife, Antonio Campos pertence a várias entidades  culturais e profissionais, a exemplo da União Brasileira de Escritores - Seção de  Pernambuco; da Associação de Imprensa de Pernambuco, onde é conselheiro; da  Academia de Artes e Letras de Pernambuco; e do 2° Conselho de Contribuintes da  Receita Federal. Na área literária, tem se destacado como curador da Festa  Literária Internacional de Porto de Galinhas - Fliporto, uma das mais bem-sucedidas  iniciativas do País nesse campo de atuação.   DePORTAL DE SONHOS
 São  Paulo: escrituras; Recife:
 IMC – Instituto Maximiano Campos, 2008
 ISBN 978-85-7531-293-3
     A LUTA   Amigos,  esta luta é um castigo,  não quis  nada além da solidão  que mora  e vive em paz comigo.   Em duas  lutas estou envolvido,  e a mais  difícil e árdua é mesmo comigo,  aquela  sem escolta e guarda, sozinho prossigo.   Amigos,  nada de riso amargo,  palavras  vãs, revides e desagravos,  só a paz  serve, e isso não trago.   Não a  trouxe, porque a perdi  Na chama  de inquietos medos e sonhos,  o que de  melhor havia em mim, consumi.   Amigos,  sendo guerreiro derrota  em todas  as batalhas, guerras e lutas,  não  retiro a armadura e o orgulho   de ser  apenas alguém que,  sem  ressentimento e mágoas, sabe a  distancia entre o tudo e o nada.       O ANIVERSÁRIO   Neste  dia de aniversário,  recordo  e lembro, no embalo  das  velhas amizades, o peso  da gasta  palavra saudade.   Carrego  além do corpo  a danada  mania das lembranças,  na busca  de salvar do tempo  reinos e  sonhos da infância.   Por  isso, triste,  busco as  fugidias alegrias,  insisto  e teimo na teimosia  de  querer viver antes e além dos dias.
 Modifico, transformo e faço
 o meu  próprio calendário,  que o  tempo também se inventa  apesar  do seu indomável itinerário.       A SAFRA   Na solidão  e na tristeza, Melhor é  ficar calado.
 Um dia, virá a palavra,
 e o tempo correrá
 ao nosso lado.
 
 Então, colheremos a safra:
 o sofrimento domesticado.
 
 
 
 MANHÃ DE DOMINGO
 Manhã  cheirandoa fruto maduro.
 Nascendo como um
 girassol se abrindo.
 Manhã do Recife, manhã de domingo.
     Página publicada em outubro de 2009       
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