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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AMÍLCAR DÓRIA MATOS
(1938-2010)

 

Amílcar Dória Matos nasceu no Recife, Pernambuco, em 24 de janeiro de 1938. Bacherel pela Faculdade de Direito do Recife. Jornalista, escritor. Membro da Academia Pernambucana de Letras.

 

Mestrado em Direito Comparado na Southern Methodist University, Dallas, Texas, USA. Curso da Escola Superior de Guerra.

 

Assessor de Comunicação da Sudene. Secretário Executivo do Conselho Deliberativo da Sudene por 10 anos. Coordenador de Cooperação Internacional da Sudene.

 

Como jornalista foi colaborador do Jornal do Commercio do Recife e trabalhou na sucursal recifense de O Estado de São Paulo.

 

Publicou: "Os Olhos da Insônia" (contos), "Os Doze Caminhos" (romance), "A Chama Suspensa" (romance), "A Trama da Inocência" (novela). "Joaquim Nabuco" e "Nordeste, um desafio para todos nós" (ensaios).

 

46 POETAS, SEMPRE.  Organização: Almir Castro Barros.  Recife: Edições Bagaço, 2002.  145 p.  20x21 cm.  ISBN 85-7409374-2  Poetas pernambucanos contemporâneos, poesia pernambucana.  Col. A.M. 

 

          INTERLÚDIO

Precisamos de datas no interlúdio:

foi antes ou depois de fevereiro?

foi em dezembro que acordamos cedo

e andamos a pescar peixes avaros?

e que setembro aquele de qual ano,

quando a gramática exibiu vogais?

 

Perguntas básicas, questões vitais:

saber qual eixo onde pendemos fios

que podem destrinçar o nosso rio.

 

Pois de outro modo, sem o calendário

dos recorrentes focos da existência,

sofremos coordenadas discrepantes,

flutuamos em naves sem velames,

morremos de lembranças arbitrárias.

 

Neste interlúdio que nos cinge agora,

os signos de um outrora se misturam

aos futuros enigmas delirantes

pelo horizonte que nos fez amantes.

 

 

 

(IM)PERMANÊNCIA

 

"Il n'y a pas de mort ... Il y a seulement

moi... moi qui vais mourir".

(André Malraux)

 

 

Cessado o olhar, o mundo faz-se escuro,

enxerga o luto o corpo, e suas luzes

desbordam-se nas trevas sobre os muros

" a linfa borbulhando sobre as urzes.

 

Mas fica o mundo, sempre fica o mundo,

com seus arranha-céus e tornozelos,

e suas babilónias e foguetes,

e os aparelhos, coxas e carunchos,

ê os apetrechos do vaivém diário,

e as cataratas de olhos e os saltérios,

e as salamandras e os escaravelhos,

e a atroz vegetação dos cemitérios,

além da sanha humana perdulária.

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2013

 

 

 

 
 
 
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