| 
                    
                      A. DE SOUZA BANDEIRA
                         Antônio  Herculano de Sousa Bandeira (Recife, 13 de abril de 1813— Recife, 30 de  novembro de 1884) foi um jurista, advogado e professor brasileiro. Formado  pela Faculdade de Direito de Olinda em 1838, tendo sido contemporâneo de  Teixeira de Freitas (turma de 1837) e de Cândido Mendes (turma de 1839). Foi  catedrático da Faculdade de Direito do Recife. Membro do Partido Liberal,  deputado provincial entre 1848 e 1849 e, posteriormente, deputado geral da 12ª  legislatura, simpatizante da Revolução Praieira. Foi também coordenador e  editor do livro Reforma eleitoral - eleição direta, que reunia textos de  autores como o general José Inácio de Abreu e Lima e defendia a reforma  eleitoral, que consistia na extinção do colégio eleitoral e eleição direta dos  membros da Câmara dos Deputados. Em  1878 foi diretor da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco. Foi  casado com Maria Cândida de Sousa Bandeira (Lins de Albuquerque em solteira),  falecida aos 49 anos, em 23 de fevereiro de 1882[4], filha de Cândida Esméria  Lins de Albuquerque e de Diogo Soares de Albuquerque, e, portanto, irmã de  Manuel Clementino Carneiro da Cunha, que governou as províncias da Paraíba, do  Amazonas e de Pernambuco. Seu filho João Carneiro de Sousa Bandeira traçou seu  perfil biográfico no livro Evocações e outros escritos. O famoso escritor e  poeta Manuel Bandeira (1886-1968) era seu neto. Seu filho Antônio Herculano de  Sousa Bandeira Filho governou a Paraíba e Mato Grosso. Faleceu  por conta de uma hemorragia cerebral e seu corpo foi sepultado no Cemitério de  Santo Amaro, em Recife. Foto  e biografia extraídos de https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Herculano_de_Sousa_Bandeira
 
 POETAS E PROSADORES. COLETÂNEA DE  AUTORES MODERNOS. Leitura progressiva paa uso dos cursos secundários.por  Francisca de Basto Cordeiro.   Rio de  Janeiro: Estabelecimento de Artes Gráficas C. Mendes Júnior, 1934.  176 p.
     VERSOS AO MANCHEGO  CAVALEIRO               A  meu irmão Luiz
 Eu sou mais infeliz que tu, meu D. Quixote
 Eu também sou um triste e magro cavaleiro
 mas eu não tenho esporas nem chicote,
 nem  armadura coruscante
 nem  o fiel escudeiro
 Sancho  Pança... nem Rossinante...
 
 A febre medieval nossa frontes escalda
 e entrevemos em sonho vaporoso,
 nimbada de ouro e de esmeralda :
 a  Dulcinéia de Toboso
         Por  nosso Deus é nossa Damanos  juramos vencer...
 À hora crepuscular em que o ocaso se  inflama,
 caricatos  cruzados desalentos,
 partimos  a combater
 moinhos  de vento...
 
 A ler livros, perdemos o juízo
 e as nossas faces maceradas,
 nossas figuras alquebradas
 merecem  compaixão...a
                 Trazemos,  no entanto, o paraísodentro  do coração.
     Página publicada em julho de 2020
 |