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ANTONIO MARINHO DO NASCIMENTO

ANTONIO MARINHO DO NASCIMENTO


É natural de São José do Egito, terra da poesia. Fruto de uma família de tradição poética, é filho de Zeto e Bia Marinho, neto de Lourival Batista, bisneto de Antonio Marinho, sobrinho de Otacílio e Dimas Batista, de Graça Nascimento e de Job Patriota (por emoção). Nasceu em 1987. Declamando desde os três e escrevendo desde os seis anos, lança aos dezesseis anos, seu primeiro livro: Nascimento. Reside no Recife e faz recitais por todo o Brasil.

Quem trouxe o jovem poeta a Brasília foi o organizador da FLIPORTO Antonio Campos, como atração durante o lançamento da Fliporto 2009 no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), quando o conhecemos. Aqui vai esta primeira mostra de versos do jovem talentoso e performático, que o público aplaudiu com entusiasmo.

Os poemas a seguir foram extraídos de seu primeiro livro – NASCIMENTO (Recife: Bagaço, 2003) que reúne os poemas do jovem poeta escritos do 6 aos 16 anos de idade.  Outros textos do autor estão em sua página web: www.antoniomarinho.com

 

NASCIMENTO, Antonio Marinho doNascimento.  Recife, PE: Bagaço, 2003.  104 p.  13,5x21 cm.  “Antonio Marinho do Nascimento “  Ex. bibl. Antonio Miranda.


DECRETO BATENDO O MARTELO...

 

Meus senhores de letras e de anéis

Por favor me escutem um minuto

E observem um momento este matuto

La da terra das feiras de cordéis

Onde a voz dos poetas menestréis

Tem a luz do improviso sobre-humano

Canta a dor, a tristeza, o desengano

Mas também canta o belo, a alegria

Canta a noite com a lua, o sol com o dia

Nos dez pés de martelo alagoano

 

São José do Egito é sem igual

Terra mágica que encanta o pajeú

No sertão que inspirou Zezé Lulu

E o freqüente trocar de Lourival

De Canção é a terra original

E de Job o poeta mais humano

Que no pé-de-parede mano a mano

Foram todos uns grandes campeões

De um duelo ilustrado de emoções

Nos dez pés de martelo alagoano

 

Um decreto por nos foi assinado

Onde diz que quem nasce neste chão

Se não escreve ou improvisa algum quadrão

Tem que ter pelo menos decorado

Algum verso que foi improvisado

Por Marinho que foi nosso decano

Ou saber algo de Rogaciano

Pra se um dia um amor for pelos ares

Tomar uma dizendo "SE VOLTARES"

Nos dez pés de martelo alagoano

 

PÁTRIA PUTA QUE ME PARIU

 

Eu fui parido de urna mãe que estupraram

Que estreitou-se no calor de muitos braços

E saciou os viajantes que tentaram

E conseguiram deflorar os seus espaços

 

Deu-se pra um, doou-se a outro, aos que chegaram

Ela rendeu-se ao cortejar dos seus abraços

E no seu ventre muitos homens descansaram!

E la ficou o envelhecer dos seus cansaços

 

Passou o tempo e minha mãe também cansou

Ia cuidar dos muitos frutos que gerou

De tantos país aventureiros e andarilhos

 

Mas era tarde e minha mãe se viu então

Já sem beleza, sem coragem, sem ação,

Prostituída pelas mãos dos próprios filhos

 

 

“É A PARTE QUE TE CABE NESTE LATIFUNDIO"

 

Quando Deus fez a terra ele ditou

Que nos íamos deixá-la bem cuidada

E que todas as vidas que criou

Teriam parte nesta obra dada

 

Terra que hoje de sangue é manchada

Pra repartirem o que Deus doou

Pois o "sábio pastor dessa boiada"

Adoeceu de ódio e não curou

 

Doença esta que é hereditária

Dizem que a cura é a reforma agrária

Com ela sim a terra é partilhada

 

Mas esta terra não requer reforma

Reformemos então o modo, a forma

Com o que o homem palmilha a sua estrada

 

 

A ARIANO SUASSUNA, MINISTRO DAS

RELAÇÕES EXTERIORES DO MEU REINO

 

Nas fronteiras além do meu Nordeste

Somos madeira que ninguém destrói

Nem serra corta, nem o cupim rói

Esta cultura de "cabras da peste"

É preciso porém que alguém proteste

E defenda este canto sobre-humano

Decretando um "estado" soberano

Onde o pinho é o símbolo ARMORIAL

Garantindo a meu povo um pedestal

E pra isso nos temos Ariano

 

 

Página publicada em julho de 2009

 

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