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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


MARCOS LOSNAK

MARCOS LOSNAK

 

 

Formado em Jornalismo pela Universidade Estadual de Londrina, possui trabalhos publicados em vários jornais e revistas do país. Foi editor da revista de arte KAN entre 1988 e 1991. Publica semanalmente, desde 1991, resenhas de livros no jornal Folha de Londrina/Folha do Paraná.

 

Vea también: TEXTOS EN ESPAÑOL

 

 

Unhas Sujas de Terra

 

No fundo do olho do pássaro

um resto de nuvem

acena um melancólico adeus

 

Enquanto brincamos na floresta

o lobo afia seus dentes

nos seios de nossa mãe

 

Escolhemos ser alguma coisa

e não conseguimos suportar

aquilo que escolhemos

Escolhemos ser algo mais

e nem ao menos sabemos

o que é algo que é mais

 

O céu se despede das penas

entoa um vento quase cinza

e agora somos nós os coveiros

 

 

Amargo Trabalho

 

Daqui a pouco

a noite amanhecerá

com suas oito luas escuras

pingando lentamente nas narinas

o ar com conta-gotas

 

Daqui a pouco

o tempo enterrará seus pregos em nossa cabeça

martelando num ritmo cardíaco

com obsessão de insano

Veja você mesmo

sorrisos apodrecendo na fruteira

o inferno como sala de espera

o lúdico dissolvido em ácido

o mistério enterrado sem autópsia

a mágica virada ao avesso

ironizando as calorias de um bom emprego

 

 

Vazio

 

As margens distantes de um rio sem margens

A aurora pronunciando palavras com a boca cheia de chuva

 

Nenhuma formiga esmagada pelo latido do cão

Nenhuma abelha derrubada pelo som do trovão

 

O vazio é aqui

 

Espaço desocupado pelo frescor da alma

O silêncio dos dedos bebendo a água dos olhos

O ruído do nada despindo as vísceras

 

Vazio

 

O agora é um deserto

 

 

Contando os Dedos

 

Todos os acordos entre minhas mãos fracassaram.

Os dedos romperam os limites,

foram onde não deviam,

tocaram aquilo que não podiam.

As falanges esfolaram suas dobras,

afogaram suas fendas,

deixaram para os ossos o trabalho sujo.

A guerra brotou como sorriso,

desbotou como riso,

deixou pássaros sem pena,

cavalos sem couro.

Tudo sob uma chuva de sal e vinagre.

Os braços decepados

foram atirados em riachos aquarelados.

Precisaram aprender a nadar antes de engatinhar

sugando os seios dos ciscos das chuvas.

Os acordos foram rompidos como fita de inauguração.

Nenhum órgão disse nada,

nenhuma célula abriu a boca.

Os olhos se fecharam da manhã ao entardecer.

Tudo foi perdido.

Lágrimas e lamentos se tornaram um álbum de retrato.

Lâmpadas e sol,

coisas do passado.

 

 

Poemas extraídos da ANTOLOGIA DE POETAS LONDRINENSES  - 12 – Org. e produção de Christine Vianna. Londrina, Paraná: 2000  - ISBN 124.943-194-105

 

 

UM ESTRANHO JEITO DE LER OS VIDROS

 

As formas de teu rosto arrastando-se pela memória

roubando suavemente meu sorriso

como pássaros colhendo palha para o ninho

fio por fio até o fim

 

Nada mais que um lago esperando pela pedra

atirada pelas mãos de um menino de idade avançada

com as águas elevando as mãos aos céus

pensando nas formas das limas esquecidas sobre a mesa

 

A vida um estranho jeito de inspirar o céu e expirar o ego

como se cuspisse um caroço de tâmara

pequenos gestos cozinhando alegria no crepúsculo

quando o futuro arranha a vidraça

 

Lembranças esfregando dúvidas no rosto do dia

onde a consciência anoitece antes do sol

escamas protegendo a alma da lama

enquanto meus olhos rastelam um campo minado

 

Todos os órgãos pendurados em meus cabelos

todos os santos dormindo em minha cama

enquanto o frio dedilha a pele

sem dizer nenhuma prece


MEDUSA.revista de poesia e arte.  Curitiba - PR  Editor Ricardo Corona
         N. 3 - fev.-mar. 1999    Ex. bibl. de Antonio Miranda

 

 A noite como quadro negro

 
Os argumentos da solidão escrevem com giz
 todas as alternativas matemáticas na parede do quarto.
 Nenhuma colocação é refutada.
 Todas são escritas  com linguagem clara,
 exata e dolorida.
 Nada ocupa seu lugar por mais de alguns minutos.
 Nos caudalosos rio dos pensamentos
 os sentidos são um jogo de dados sob um véu,
 encobrindo as pedras
 ou sendo dilacerado por elas.
 Entre o nascer e o morrer do sol,
 um exército de sentidos decepa,
 com afiadas línguas,
 os raciocínios mais sólidos.
 Entre o nascer e o morrer da lua,
 os sentimentos mais fortes são esmagados
 pelas pesadas pegadas dos pensamentos.
 Nenhuma novidade se resolvessem trocar de período,
 a noite pelo dia,
 o dia pela noite.
 Mesmo assim as folhas do limoeiro esmagadas
 pronunciam verbos olfativos
 relembrando o último solo de violoncelo que sangrou nos   ouvidos.
 O pesado vazio azul inventando seu próprio alfabeto
 para escrever uma nova ética nos desequilíbrios da mente.
 Nenhuma frase articulada sobrevive em ventos.
 O agora é arrastado para uma vale onde o antes é nada,
 onde o depois é menos ainda.
 O resto,
 o instante,
 um ourives lapidando com arte
 a mais delicada das obras,
 aquilo que o pano molhado não consegue apagar da      parede,
 o êxtase do pequeno pulsar,
 um breve,
 um breve sentir.

 

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MARCOS LOSNAK

 

nació en Bauru, estado de São Paulo, en 1964. También es artista gráfico. En los años ’80 editó la revista K’na. Actualmente escribe guiones de historietas y reseñas para el diário Folha de Londrina. No há publicado libro hasta el momento. [Traducciones de R.J., revisadas por Ademir Assunção.]

 

 

Extraído de la revista

tsé=tsé
7/8 otoño 200
Buenos Aires, Argentina

 

p´gina em construção

 

UNA EXTRAÑA MANERA DE LEER LOS VIDRIOS

 

Las formas de tu rostro arrastrándose por la memória

robando suavemente mim sonrisa

como pájaros, llevando paja para el nido,

hilo por hilo hasta el fin

 

 

Nada más que un lago esperando la piedra

arrojada por las manos de un niño de edade avanzada

con las águas elevando las manos a los cielos

pensando en las formas de las limas olvidadas sobre la mesda

 

La vida una extraña manera de inspirar ele cielo y  expirar el ego

como si escupi un carozo de dátil

pequeños gestos cocinando alegria en el crepúsculo

cuando el futuro araña la lámina

 

Recuerdos restregando dudas en el rostro del día

donde la conciencia anochece antes del sol

escamas protegiendo el alma de la lama

en cuanto mis ojos rastrean un campo minado

 

Todos los huérfanos colgados en mis cabellos

todos los santos durmiendo en mi cama

en cuanto el frio digita la piel

sin decir ninguna súplica

 

 

 

Vacío

 

:

Las margenes distantes de un rio sin margens

 

La aurora pronunciando palabras con la boca llena de lluvia

 

Ninguna hormiga aplastada por el latido del can

Ninguna abeja derrumbada por el son del trovar

 

El vacío es aqui

:

Espacio desocupado por el frescor del alma

El silencio de los dedos bebiendo el agua de los ojos

El ruído de nada tirando las vísceras

 

Vacío

:

El achora es un desierto.

 

 

 

 

Página publicada em novembro de 2009 , ampliada e republicada em março 2010

 

 


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