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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

MAURO LUNA

 

Mauro Luna nasceu no dia 27 de julho de 1897, na cidade de
Campina Grande.

Iniciou os estudos no Colégio São José do Prof. Clementino Procópio, onde fez o curso primário. Em 1916 foi redator do seminário "A Razão", órgão oposicionista local. Em 1920 fundou o "Instituto Olavo Bilac", externato que funcionou até o ano de 19343. Em 1924 reuniu e publicou em volume todos os seus versos sob o título "Horas de Enlevo".

Foi também redator do semanário "Voz da Borborema" e professor do curso secundário dos ginásios Imaculada Conceição e Pio XI.

Em 1943 é convidado a tomar parte como membro na Academia Paraibana de Letras, indo ocupar a cadeira cujo patrono é Irineu Jofili, renomado historiador paraibano. Empossado, por procuração, não chegou a fazer porém o elogio do patrono marcado para 15 de dezembro de 1943, por ter falecido no dia 23 de novembro daquele ano.

Publicou: "Horas de Enlevo" — poesia — Ed. T. Barros & Ramos Campina Grande — Paraíba — 1924.

 

PINTO, Luiz.  Coletânea de poetas paraibanos.  Rio de Janeiro: Ed. Minerva, 1953.  155 p.  16.5 x 24 cm.     Ex. bibl. Antonio Miranda

 

O PAU D'ARCO DA DIVISA

Velho pau d'arco altivo! Eu te contemplo a inquieta
Vida na solidão! És o remanescente
De uma flora gentil, que, de encantos repleta,
Teve os beijos da aurora e o triste adeus do poente..

Mas, a selva tombou! Somente tu, somente,
Resistes, na altivez dessa expressão de atleta!
— Nem te amolga o rigor do vendável furente,
Nem o clima te abate a compleição ereta.

Não és, só, um tristonho, anoso e obscuro marco,
Um fantasma qualquer, ó meu velho pau d'arco,
Mas, de antigos heróis, a fúlgida expressão!...

Sentes, talvez, de um mundo extinto, a agra saudade!
E sofres só! e embora assim, na adversidade
Floresces, perfumando a própria solidão...

 

 

O PAU D'ARCO AMARELO

Sobranceiro, a ostentar o fúlgido diadema,
Ei-lo, saudando o sol, na vastidão deserta!.. .
— Quem já viu, no escampado, um mais formoso poema,
Tão lindo que do artista as emoções desperta ?. . .

Emblema da ansiedade e da beleza emblema,
Árvore secular, de flores recobertas,
Embora ante a intempérie, algumas vezes trema,
Tem nas flores gentis, uma divina oferta!...

E quando o astro da noite, em êxtase flutua,
O pau d'arco recebe os ósculos da lua,
Balançando, de manso, a cabeleira em flor...

Na sua coma ondeante, abriga a passarada...
E põe, na insipidez da terra abandonada,
Uns resquícios de sonho e uns sussurros de amor!.. .

 

 

Página publicada em agosto de 2019


 

 

 
 
 
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