EDUARDO PINTO

(Eduardo Daniel de Figueiredo Pinto Pessôa)

Nasceu na Paraíba a 16 de junho de 1879. Bacharel em Direitopela Faculdade de Recife, turma de 1903.  Desempenhou diversos cargos públicos notadamente os de Inspetor do Tesouro e Diretor Geral da Instrução Pública, tendo sido político e jornalista militante no Estado.

PINTO, Luiz.  Coletânea de poetas paraibanos.  Rio de Janeiro: Ed. Minerva, 1953.    155 p.   16.5 x24 cm    Ex .bibl.  Antonio Miranda

        Á U R E A

        Princeza! os olhos teus são dois diamantes raros
Ou dois astros do Céu brilhando em noite escura,
Enquanto que tu´alma é feita de ternura
E a mesma côr possue dos mármores de Páros!...

         Teus lábios de romã — duplos judeus avaros —
Guardam em tua boca — auroreal clausura —
Dois rosários gentis de pérolas, de alvura
Das espumas do mar — esses teus dentes claros

         Si falas junto a mim, si ao lado meu suspiras,
A tua voz parece um harmonioso côro
De bandolins do Céu e de encantadas liras...

         E, uma vez que, só tu imperas no meu peito:
Hei de cingir-te à fronte uma corôa de ouro
Deste mesmo metal de que teu nome é feito!...

PINTO, Yvone de Figueiredo Ferreira.   Paraibanos ilustres.    São Paulo, SP: Bok2 Edições, 2020.   410 p.   14 x 21 cm. 
ISBN 978-85-923219-2-5         Gentileza do Rev. Hakusan Kogen

       Princeza! Os olhos teus são dois diamantes raros
Ou dois astros do ceu brilhando em noite escura,
Enquanto que tu´alma é feita de ternura
E a mesma côr possue dos marmores de Páros!...

Teus labios de romã — acrisola judeus avaros
Guardam em tua boca auroral clausura
Dois rosarios gentis de perolas da alvura
Das espumas do mar — esses teus dentes claros

Si falar junto a mim, se ao lado meu suas juras
A tua voz parece um harmonioso côro
De bandolins do Ceu e de encantadas lyras...

E, uma vez que, so tu imperas no meu peito.
Hei de angar-te à fronte uma corôa de ouro
Deste Mesmo metal do que o Teu nome é feito.

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Eduardo Daniel de Figueiredo Pinto. Nascido na Paraíba em 10 de
Junho de 1879.  De "Sonetos Brasileiros" Coletanea de Laudelino
Freire – Rio, 1914.

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Página ampliada e republicada em novembro de 2022

Página publicada em julho de 2019