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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



LISA ALVES

 

Nasceu no Brasil de 1981 na cidade de Araxá (MG). Estudante de Jornalismo, mora atualmente em Brasília (DF). Membro do Movimento Potencialista, acredita que a arte é o verdadeiro despertar da existência. Colaborou com sua escrita em projetos teatrais (Barão da Ralé - 2004), cinematográficos (O Templo do Deus Capital - 2005), políticos (Manifesto Potencialista -2001) e literários (Projeto 48 horas, Metamorfose de Monstros – em fase de publicação e Trilhas (Coletânea de blogueiros pela CBJE).

Escreve nos blogs: http://www.ladyproserpina.blogger.com.br

http://www.quartopoder.blogger.com.br/

 

 

Declarações Moribundas

ou

como as coisas nunca mudam de fato.

 

 

 

Éramos filhos de gerações – que não geravam ações, apenas a experiência de erros que não deveriam ser repetidos.

 

Éramos muitos: fardados, naturalistas, modistas e contra tudo que fosse dito proibido.

 

Éramos luz e trevas ao mesmo tempo – e ainda assim ajoelhávamos nas catedrais espirituais em busca de alguma salvação.

 

Éramos príncipes, plebeus e as vezes democratas que sacudiam as ruas com placas e faixas reivindicando alguma mudança na consciência coletiva.

 

Éramos trabalhadores e acreditávamos que a carga horária do dia nos tornaria a futura elite do país.

 

Éramos bárbaros – matávamos por comida e por um pouco de fogo e sexo

 

Éramos pré-colombianos, pré-greco-romanos, pré qualquer coisa escrita pela história oficial. – e ainda tiveram a ousadia de nos catequizar, estuprar e classificar nosso chão de Brasil Colônia.

 

Éramos revolução industrial: fábricas, camponeses em áreas urbanas, favelas crescendo, densidade demográfica, fome, miséria e falta de saneamento básico.

 

Éramos anarquistas, comunistas, populistas e fazíamos reuniões politico-intelectuais sem ao menos sentirmos no paladar o gosto do feijão requentado. (ou até a falta do mesmo)

 

Éramos padres e madres – rezávamos antes mesmo do sucumbir do sol e em noites enluaradas éramos insistentemente perseguidos pela voz do Demônio da Luxúria.

 

Éramos Ladys e gentlemans – freqüentávamos as melhores festas, fumávamos charutos contrabandeados e no final do mês nossos cheques especiais estavam estourados.

 

Éramos artistas marginais – escultores, pintores, escritores e compositores. Até o dia em que a Industria Cultural levantou uma cerca e transformou as grandes obras em linhas de produção.

 

Éramos leais militares – direita, esquerda, volver! Nossa marcha era conduzida pelo patriotismo, idiotismo e porquê não dizer: fascismo!?

 

Éramos a pequena burguesia – cidadãos médios, assalariados, diplomados, comungados e porquê não dizer: conformados!?

 

Éramos tudo isso – um bando de ações que mataram as gerações.

 

 

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Curtas de meus Longas

 

I

Eu queria o tempo necessário para a palavra mais certa encontrar.Contudo, descobri que não existe tempo necessário e nem a palavra mais certa.

Me vi diante da esfinge-homem e por não ter ousado decifrá-lo,ele nem se deu o trabalho de me devorar.

 

II

Sou a mesma figura que caminhou ao lado de ideais que sucumbiram ao tempo: assisti a Revolução Francesa apesar de ter nascido no Brasil de 1981. Fui agente comunista, embora nunca tenha comido criancinhas.

E agora sou um fruto capitalista:

apodrecido dentro do mercado.

 

III

Toda minha moral mente e

toda minha imoralidade é demente.

 

IV

Vivo dentro deste

sistema-cativeiro

e desejo morrer voando.

 

V

Sem planos ousados

eliminei

meu último ídolo:

"Extra, extra! Louca queima dinheiro em praça pública!"

 

VI

O Sistema

vendeu-me um

rémedio

contra a arte:

"O Trabalho dignifica o homem"

E a arte ofereceu-me

um antídoto

contra o Sistema:

"O Homem dignifica o trabalho"

 

VII

Não julgo atitudes

e nem ouso

questionar a mente

de um macaco irônico.

 

VIII

O descontrole social

aflora

minha liberdade mental

gerando

arte.

 

A crise mundial

aflora

minha filia nacional

gerando

bandeiras.

 

 

IX

Quando pintaram

o meu retrato

aos inimigos

esqueceram de retirar

minha máscara.

 

X

E se por um acaso perguntarem

sobre o meu paradeiro

informem a eles que estou cortando

caminho entre as pedras.

 

 

Página publicada em janeiro de 2008, enviada por Cassio Amaral.

 

 



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