Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


JOAQUIM PALMEIRA

JOAQUIM PALMEIRA

Quem é Joaquim Palmeira?  Um pseudônimo? Um heterônimo? O responsável pelo mistério é o poeta e performer Wilmar Silva, que nos entregou um exemplar da 2ª edição de ”Estilhaços no Lago de Púrpura” (Belo Horizonte: Anome Livros, 2007), em edição primorosa (ver a capa que ilustra esta página, acima). É apresentado como tendo nascido a 30 de abril de 1965, nos cerrados do Rio Paranaíba... E com uma obra poética que já invadiu livrarias e sites na internete. Seguem os três primeiros poemas do livro citado (escritos em estado de êxtase, conforme confessa o autor em dedicatória). 

1.

eu quebrado por você sou estilhaços no lago de púrpura/
lá entre nós e calos, sou esta enxurrada que invade
eu/ aquele que vem com faunos de flautas e flechas
sou o mesmo wilmar silva de mil diamantes nos olhos
e mesmo que haja asas de arribação na mira da boca:
o que faço com esta língua na mina de sangue/
vem agora um ouriço com vestígio de godiva,
e/sou este cavalo com escamas nas crinas
e cascalho para cavalgar um corpo distante/
mais que esta noite com centelhas de semens
que nascem entre meus dedos de sonhos/ eu

2.

/ eu que venho com um ramalhete de espinhos na carne
derramo lâminas e facas nos olhos dos pés.
ainda sim/ serro um pássaro/ de asas nos braços
coiote eu/ eu hiena nascer de um rio sem margem.
piscoso envenenado de tanto mergulhar na terra
eu perdido no escuro da madrugada atrás de você
um ermo eu: uma ave ferida no ermo eu:
apenas um caçador alcança a lontra no dorso
sou eu este que vem armado de flechas e dardos/
para uma flecha presa no umbigo a minha língua
para um dardo derretido na virilha a boca de beijos


3.

esta boca de onde nascem feros e falos/ e lábios
que cortam os rumos da cintura, púbis, pênis,
mais que lançar minhas coxas e meu  pescoço/ sonho
caçar as mulas que habitam pântanos  nas orelhas
para dizer um potro de pedra mais que medra
é todo campo que rumina nos campos do abandono:
longe um lobo eu no escuro/ um lobo eu faminto
distante, mais distante que a distância de nós,
mesmo com um rio com mil poços e mil peixes
sou este que brame no desespero de cigarra
um grito com aquele cricri e depois/ pára

 

Página publicada em janeiro de 2009

 


Voltar para o Topo da Página Voltar para a Página de Minas Gerais

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar