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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

GABRIEL NOGUEIRA MAIA


Nasceu em agosto de 1979, em Belo Horizonte, onde vide. Cursou Direito e Letras na Universidade Federal de Minas Gerais. É servidor púbico no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.

 

 

MAIA, Gabriel Nogueira.  Feito diverso.  São Paulo: Chiado Editora, 2016.  112 p.  (Coleção Prazeres poéticos)  Impresso em Portugal.

 

EM TRÂNSITO

Ela diz “há lento”,
e esse lento sou eu.
Á lentidão sou propenso,
é como um fomento a minha duração.

Não vejo motivos para pressa,
as peças serão as que estão.
Não vejo motivo para pressa
nem preciso dela para a imperfeição.

Os dias também “correm lentos,
contraditória expressão,
como é também contraditório
este transitório coração.

 

OUTRO AVAL

Pra que tanto dedo em riste?
De que se acusam? Que triste!
Onde a tal fraternidade?
Isso é o desconforto do mundo.

 Acho que passamos da idade!)

De serenar, de acabar
com as guerras e todo o furor
belicoso, beligerante.
De delirante só quero o amor!

É melhor, de tal carnificina,
tirar a sina, que é seu mal,
e dar-lhe novo sufixo
e ficarmos fixos no carnaval.

Porque não briga quem celebra,
ou pelo menos o penso em meu canto.
E acabou falar de problemas,
falemos de novo o esperanto!

 

AGORA

Saí do Português,
o de muitas vogais,
e fui ao latim,
o dos ancestrais.

Perdi-a de “nunca” a “nunc”.
A qualquer momento.
O sol tá lá fora,
ou está a lua

(que também me melhora!)

O poetinha estava certo aaaté:
“Meu tempo é quando!”
e “alea jacta est”.

 

INCONSTANTE

O tempo está inconstante
como coração de mulher:
chove e me abrigo no carro,
racha o sol e não posso ir a pé.

Nessas horas sofre o pagão,
mais vale a quem tem fé.
Minha fé não tem regras,
regras são coisa de mulher.

A mulher sangre, é certo,
exceto quando fora da idade.
Um dia foi muito cedo,
amanhã será muito tarde.

Então dê asas ao desejo,
enquanto ele ainda lhe arde.
Espraie-se até os herdeiros,
deixe heranças sem calcular-se.

O cálculo atrapalha a vida,
que já mal se filtra,
se ele é renal.

Repito-me:
não fique mola encolhida,
só lhe pode fazer mal.
“hoje eu sei:
Só a mudança é permanente”,
não tem como pensar diferente!

(E ponto final.)

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2016

 

 



 
 
 
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