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Foto: http://chamarteblogspotcom.blogspot.com/
BRENDA MARQUES PENA
Jornalista, poetisa, fotógrafa e baterista da banda Cáustica. Presidente do Instituto Imersão Latina, com mestrado em Literatura e outros sistemas semióticos pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Nasceu e vive em Belo Horizonte (MG), onde trabalha na Rede Minas Cultural e Educativa. Integra o Coletivo Contorno, as bandas Cáustica e Ablusadas, o grupo Corpo Língua de performance cênica e o núcleo de pesquisa em dramaturgia do Galpão Cine Horto. Atualmente pré-doutoranda, é Mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, cursando disciplinas de doutorado em Linguagens do CEFET-MG.
JUEGOS FLORALES / JOGOS FLORAIS. Montevideo: aBrace editora, 2011. 253 p. 13 x 18,5 cm. ISBN 978-9974-673-21-2 Ex. bibl. Antonio Miranda
Girassol
Quem sabe teu caminho seja tão diferente do meu
Quem sabe nossas forças se façam na distância
E nossos corpos não se toquem mais
Nem mesmo nossas peles se aqueçam
Quem sabe a tua casa não seja mais no meu lar
E em teus ombros não encontre mais segurança
Porém na Lua e nas constelações dos céus
Te vejo mais belo que o pôr-do-sol
Teus cabelos pretos brilham ainda que na escuridão
E teus olhos me fazem ver que há poesia sem tudo:
No ar, no suspiro e até no meu silêncio...
Girasol
Quizá tu caminho sea tan distinto del mío
Quizá seamos más fuerts distantes
Y nuestros cuerpos no se toquen más
Ni tampoco nuestras pieles se encienden
Quizá tu dasa no sea más mi hogar
Y en tus hombros yo no encuentre más seguridade
Pero en l aluna y en las constelacioanes de los cielos
Te veo más hermoso que la puesta del sol
Tus cabelos negros brillan incluso en la oscuridad
Y tus ojos me hacen ver que hay poesía en todo:
En el aire, en el suspiro y hasta en el silencio...
NÓS DA POESIA. – volume 2. Org. Brenda Marques Pena. São Paulo: All Print, 2009. 119 p. Ex. bibl. Antonio Miranda
Sertão Aeioua no Arraiá
Que mistérios guardam o sertão de cada um?
A secura da alma tem respostas que vão além
Ritmado com as lembranças da sede de alguém
O sertão absorve o choro saudoso do lugar algum.
Quem conhece a caatinga dos caboclos lá já foi
O olhar pensante dos sertanejos transtornados
Das Rosas distribuídas por Guimarães sem boi
Diadorim é bússola quebrada dos apaixonados.
Dança de roda cobre o arraial dessas veredas
Onde só o criador do Grande Sertão é capaz
De ouvir o vento aeiour um pouco de paz
Nas almas em redemoinhos de labaredas.
CENA poética 8 , incluindo contos. Editor: Rogério Salgado. Belo horizonte, MG: RS Edições & Baroni Edições, 2022. 200 p.
14 x 21 cm Ex. bibl. Antoni Miranda
Poema Swift nada Soft
O que Maiakovski tem a ver com a invasão dos russos?
Ontem tomei um Moscow Mule em um brinde à paz!
Afinal para esta guerra um poeta morto nada faz
Mas todos sofrem com o ditador e seus abusos.
Bloquearam a for de transferência internacional
Praticada por tantos bancos pra tentar frear o fogo
Mas não conseguem parar esta matança irracional
O homem continua a ser para o homem um lobo.,
Enquanto vemos a morte na Ucrânia de civis
Finge não ver nada o presidente do meu país
Está preocupado apenas com os negócios
Afinal o genocida é um dos seus sócios.
A desculpa agora é que com guerra
Tem que invadir áreas Indígenas
Plantar mais ódio por essa Terra.
Quem com esta cena não se indigna
Corrobora com esta realidade patética
E colabora para cresce esta erva maligna.
CENA POÉTICA 10 - POESIA & PROSA. Adircilene Batista; e outros. Belo Horizonte, MG: RS Edições,
2024. 216 p. Exemplar da biblioteca de SALOMÃO SOUSA
Olhos Dilatados
Quem foi que disse
Que o céu era vermelho
Quem foi que lhe falou
Que meu medo era azul?
Não há cores mais
Nem som na pedra
Dos duros corações
Mas labirintos demais!
Quem conta segredos
Desfaz alguns medos
Mas cria outros mitos
Que chama de êxitos
A estrada é caricatural
Pro andante intercultural
Que ouviu tanta história
Escrevendo sua trajetória.
Tudo instante
Não existem mais palavras
O que cobre as montanhas
É o silêncio depois do ruído.
A rolha impede explodir
O líquido daquele espumante
Que a gente queria dividir.
Nenhuma espuma sobrou
Nem sons para degustar
Só lembranças apagadas.
Falta espuma na garrafa
Mas as ondas trazem
As brumas da serra.
Escrevo com a terra
O que faltou lhe dizer
No apagar das letras.
Janela de Ventania
A casa da janela do meu cotidiano
Não diz nada de quem nela está
Os passos e seus sons
Não criam sapateado
As árvores e seus ganhos
Significam apenas sombras
Mas o vento passa
E o ar que ele traz
Expõe a leveza
Do desejo de voar...
*
Página ampliada e republicada em dezembro de 2025.
Página ampliada e republicada em outubro de 2022
Veja e Leia outros poetas do Estado de Minas Gerais:http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html
Página publicada em fevereiro de 2020;
Página ampliada em dezembro de 2020
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