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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://www.google.com/

 

 

ANNE MAHIN

 

 

Anne Mahin nasceu em Cambuquira (MG), mas reside no balneário de Guarapari (Espirito Santo) há 36 anos. Seus textos já foram publicados em jornais, coletâneas e revistas literárias no Brasil e em Portugal. Graduada em Pedagogia e Letras, com especialização em Literatura, lecionou, durante dez anos, nos ensinos fundamental, médio e superior. É membro da Academia Contemporânea de Letras, SP, e da Academia Guarapariense de Letras e Artes. Pela Chiado Editora, publicou os livros Asas do silêncio (poemas e prosa póetica, 2018) e O que se esconde do sol (contos, 2019). Amarelo do ipê, seu próximo livro de poesia, encontra-se em fase de revisão.

Biografia: http://ruidomanifesto.org/quatro-poemas-de-anne-mahin 

 

 

 

IMAGENS LITERÁRIAS: a realidade e o sonho. Antologia 2020 – UBE – PB: autores    paraibanos e convidados.  Poesia – Contos – Crônicas – Artigos.    Organizadores: Ana Isabel de Souza Leão – José Edmilson Rodrigues – Luiz Augusto Paiva.   Itabuna, Bahia: Mondrongo, 2020.  224 p.  13,5 x 23 cm. 
ISBN 978-65- 86124-22-4  Obra publicada sob a chancela da União Brasileira de Escritores – UBE, Subseção da Paraíba. Ex. bibl. de
Antonio Miranda.

 

 

HISTÓRIA DE MENINO

 

Vai, menino, que o tempo não espera;
apressado, ele corre e, de repente, voa,
deixando todos os teus sonhos para trás
e, no teu peito, uma saudade que ecoa.

 

Vai, menino, que a chuva boa cai.
Inteiro, permite, dela, te encharcar.
Um dia, tudo seca, não chove mais,
na alma e tampouco no olhar...

 

Vai, menino, que o vento sopra,
trazendo sementes de fruta e flor.
Colhe antes que os grãos da vida,
tão maduros, germinem em dor.

 

Vai, menino, que a história tem fim,
e o amanhã esconde o brinquedo.
A alegria viva que carregas contigo
cede, dá lugar ao tédio e ao medo.

 

 

 

POEMA-SAUDADE

 

Não sei, meu amor, o que faço
com a saudade que tenho de ti,
que tanto me atormenta.

 

Ah, meu amor, tu não sabes
como passo, dias e noites,
com essa dor a sentir.

 

Ela invade minh´alma,
devasta o coração
e me consome inteira.

 

Dor!

Dor extrema!

 

Se não morro de saudade,
se me salvo,
é porque a transformo
em poema!

 

 

 

 

ATO COMPLETO*

 

Eu me cansei

do que é quase,

do que é sempre metade,

do que ficou por um triz.

 

Eu me cansei
do talvez, da incerteza,
do que só insinua
e não define, não diz.

 

Quero a clareza do verbo,
o ato completo,
o sentimento aberto,
revelado, inteiro.

 

Quero, pois, o que vale,

de tudo, a pena,

o risco de ser, bem ou mal,

verdadeiro.

 

 

*Poema musicado pelo compositor paulista Jorge Orlando Gomes.

 

 

 

GRAVE SAUDADE

 

Se a folha ressequida cai no outono,
e vai sembora o claro dia ao sol-pôr;
se murcha no jardim a bela flor,
e o amor pleno se vê em abandono...

 

Se do amanhã as horas não têm dono,
e a chuva e o vento abrandam o calor;
se o tempo ágil desbota toda cor,
e o poeta inspirado perde o sono...

 

Se tudo tem fim, foge, desvanece,
por que a grave saudade nunca passa,
inda que aos céus se eleve aflita prece?

 

Inda que a Deus se peça a última graça?
No peito, é dor que insiste, permanece,
e, cruel, a minha alma envolve, enlaça.

 

 

 

 

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Página publicada em janeiro de 2021


 

 

 
 
 
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