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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ADRI ALEIXO

Adriana Aleixo Neto usa o pseudônimo de Adri Aleixo como assinatura poética. Nasceu em Conselheiro Lafaiete em 08 de outubro de 1975. Formada em Letras, pela UEMG escreve poemas desde a juventude e arrisca alguns contos de vez em quando. Adri vive dos arroubos da música, literatura, cinema e teatro. Possui textos publicados em jornais locais e no espaço virtual  Pétalas Poéticas. Des.caminhos, seu livro de poemas pela editora Patuá, em 2014.

 

Poemas extraídos do SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MINAS GERAIS, Edição 1357, da Secretaria de Estado da Cultura.


          CALEFAÇÃO

          Os pés cansados:
          cadafalso, candelabro.
          Pisar minúcias
          nas costas, o mundo
          os filhos nos braços.

          E você diz que a mulher deve ter pés delicados.


          LÍQUIDA

          As pedras
          que deixei pelo caminho
          desenharam a curva do rio.


          FOTOGRAMA

          É um rito
          um silêncio
          um grito
          e não há mais vento.
          Há um alicerce de palavras me perdendo.


          FEBRE

          Neste momento são elas, as células,
          uma a uma cravando
          existência.
          Qualquer dia desses
          devo nascer.

          Há um alicerce de palavras me perdendo.


          CIRCE

          rotos
          tortos
          plantados
          enfileirados

          porque toda reta se curva
          e desenha a asa de borboleta

          PÁTRIA

          alguns avistam
          outros pisam
          mas há aquele
          que flutua

e tateia-lhe
os contornos.


DOS ABSURDOS


Absurdo é ter nascido pronta
e rotulada.
Eu é que não volto para a vida que me deram.
Eu me árvoro.

 

A FLOR E O AUTODIDATA

                    Para Jean-Paul Sartre

Qual é mesmo o nome daquela flora, ele perguntava.
Quero catalogar, ele insistia.
Em ordem alfabética, completava.

A mim, basta saber que ontem
era semente.


FRAGMENTO QUÂNTICO

A flor decide
abrir-se
e a pedra
escolhe
a hora do voo.

 

 

TRINTA ANOS-LUZ. Poetas celebram 30 anos de Psiu Poético.  Aroldo Pereira, Luis Turiba, Wagner Merije, org.  São Paulo: Aquarela Brasileira Livros, 2016.  199 p.  16x23 cm   ISBN 978-85-92552-01-5  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

          ANTEPARO
         
          Sob o desgosto dos dias
          há de resistir alguma ternura

          desenhos à têmpera
          um resto de pratos
          um gozo ao poente

          Ou a sua palavra
          que inunda.

 

 

          DELTA E ESTUÁRIO

 

          No começo era gota
          depois, aquela água toda
          e um raro movimento de pedra
          inscreveu-se no silêncio

          então veio o fim
          pétala: antera, carpelo e pés

          mas parecer pétala e ter sido gota
          alguma vez
          me parece suportável.

 

 

          FLOR DE LÓTUS

 

          Os deuses da paisagem
          flor
          fruto
          fada
          sussurram renascimentos

          enquanto gentes
          passam incólumes, sendo palavra
          ou caderno de apontamentos.

 

 

          CLEPSIDRA

 

          É boa a rasura da cama
          aquela torneira aberta na sala
          encharca
          e quase mata
          entre  letras e luas
          é mais fácil controlar
          a goteira
          do quarto.

 

 

          HIATO

 

          Não vê, amor
          as estrelas também deambulam
          eu sei
          é um jorro, um hiato, um flanar de pétalas
          basta olhar
          entre nós, você vê desertos
          eu procuro
          só encontro mar.

 

 

          RE.VOADA

 

          São muitas luas e todas as dores
          demora, eu sei.

          Está no amplexo das conchas
          ou no chão de todas as coisas

          o teu pousar em minhas cores.

 

Página publicada em fevereiro de 2016; ampliada e republicada em julho de 2016.

 


 

 

 
 
 
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