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SEBASTIÃO CORRÊA

(1911 - 1938)

 

Poeta maranhense.

 

 

HOMEM

 

Quantos milhões de séculos viveste?

A Atlântida esqueceste, e, hoje, andas triste,

Comungando a ilusão que não pediste,

Na sentença da dor que mereceste!

 

Como aquele filósofo ateniense,

Interrogas as tímidas estrelas...

Para quê? - ninguém sabe compreendê-las.

Vence a luz a distância; e o homem, que vence?

 

Que me dirás das lâmpadas divinas?

- Meu vendedor de lágrimas, das ruínas

Do teu sonho forjaste um pensamento!

 

E andas pálido e triste, procurando

O que há milênios vem te acompanhando:

A vida - abençoado sofrimento!

 

 

SE ASSIM FOSSE...

 

Se a dura sorte me apontasse, um dia,

Outro destino, a mim, outra ventura,

E me arrancasse desta vida escura,

Outra seria, então, minha alegria.

 

Se o coração de quem meus passos guia,

Compreendesse a extensão desta amargura,

Talvez sentisse a mesma desventura

Que às vezes sinto, em transes de agonia.

 

Se essa visão querida, que meus olhos

Viram, tivesse o coração humano,

Um coração que conhecesse o amor,

 

Certo, me não teria entre os abrolhos,

Nem eu padeceria o desengano,

No exílio escuro a que me trouxe a dor. 


REMINISCÊNCIA 

À hora pensativa da tarde,

Quando é quietude a terra e o céu miragem,

Quando, na voz do vento, a alma de Schubert

Soluça uma elegia,

Irmã das sombras, solitária e fria,

Vem a Saudade me falar de ti.

 

Recordo... Era no outono... As folhas amarelas,

Trêmulas e tímidas, bailando,

Fugiam no amplo cenário da tristeza...

Tuas mãos níveas

Tive-as

Entre as minhas mãos,

Num triste adeus, quando a noite

"Com seu cortejo de monstros", veio

Nos separar,

E ai de nós! nunca mais

Nos pudemos encontrar!

 

À hora pensativa da tarde,

Quando, na voz do vento, a alma de Schubert

Soluça uma elegia,

Que embala a terra e os céus,

Eu bendigo a Saudade

Que me fala de ti, que me transporta

Ao coração de Deus.

 

                            (Reminiscências/Obra Póstuma/1990)

 

 

Página preparada por ZENILTON DE JESUS GAYOSO MIRANDA,

publicada em junho de 2008.




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