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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

RONILSON DE SOUSA LOPES

 

 

Nascido em Carolina – MA, passou sua infância na cidade de Goiatins no Estado do Tocantins. Licenciado em Filosofia pelo Instituto Santo Tomás de Aquino – ISTA. Possui Pós-Graduação em Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia pelo Centro Universitário Barão de Mauá.

Atualmente é professor de Filosofia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - IFAM Campus Lábrea.

É o autor do Livro Contos do meu sertão pela Editora o Lutador, do livro de cordel O Fofoqueiro e de vários outros folhetins de cordel.

 

 

 

PROVÉRBIOS DA LAMA. Antologia poética. Organização Rodrigo Starling.   Belo Horizonte:  Starling, 2020.    204 p.   ISBN 978-85-990511-3-5    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

NO MEIO DA FLORESTA


Há, no meio do caminho,

Do fogo queimando a Amazônia,

0 destino da onça pintada que quer viver

Contrário àquilo que sonha o hábil agricultor,

Que empreende com imenso desejo de enriquecer.

 

Há, no meio do caminho,

Do fogo queimando a Selva,

0 ninho da ave que almeja a espécie perpetuar

Oposto ao motosserra do ambicioso madeireiro

Que desmata com imensurável vontade de prosperar.

 

Há, no meio do caminho,

Do fogo queimando o serrado pantaneiro,

Um pé de pinho, de Ipê de imenso lenho

Diversão de garimpeiro que polui as águas com mercúrio

Danificando o oxigénio, poluindo as águas a cada biénio.

 

Falta, no meio do caminho,

Do fogo consumindo a floresta,

Um tino que guie a mulher e o homem

Com ética, respeito, alteridade e sabedoria...

Em nome da vida de todos os seres que consomem

 

 

 

  • STARLING, Rodrigo, org.   Cem Poemas: Cem Mil Sonhos. – Homenagem aos 50 anos da               Passeata dos Cem Mil:  maior manifestação popular contra a Ditadura Militar no P aís. Belo Horizonte: Starling, 2018.    176 p.  No. 09 814
    Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda


    AURORA

    Vai nascer a aurora,
    Mas o sol ainda não raiou.
    As veias abertas, o sangue derramado ainda não cessou.
    Mas não há quem faça eu calar a minha voz,
    Nenhum de nós, cem mil de nós...
    Não diga que é em vão a morte, a humilhação de João, de
    José... de Edson Luiz.
    Ah como eu desejo, como eu sonho e esmurro o inimigo na
    escuridão.
    Vai nascer a aurora,
    Mas o sol ainda não raiou.
    Caminho com meus pés descalços pelos pedregulhos em
    em busca de melhores dias...
    Meus sentimentos à revelia não encontram compaixão
    Meus olhos rasgam a escuridão a procura de um novo
    rosto, com mãos limpas se olhos de paz.
    Meu povo chora emudecido,
    Eu sei.
    Vai nascer a aurora,
    Mas o sol ainda não raiou.
    Trago, em meu ventre uma criança.
    Sonho, com ânsia, o dia em que ela irá nascer...
    Porém, a todo instante vejo meu corpo desfalecer...
    Ela não tem quarto enfeitado, nem berço ou mesmo festins,
    mesmo assim, trago-a dentro de mim...
    ...E quando ela nascer, linda como o amanhã... ela é o
    amanhã... vou erguê-la nos meus braços com os olhos
    repletos de sua luz e vou bradar seu nome:
    LIBERDADE.      

 

 

ALFORRIA

Que alegria,
Forjou-se a carta de alforria,
De agora em diante sou cidadão.
Agora, vamos nós nos libertar.
(...)
Porém, é apenas uma carte,
Ela não ensina nada sobre os caminhos que devemos
trilhar.
Eu, que não sei como ser livre, apenas imaginei como
seria...
Não sei, de fato, por onde andar.
Abriu-se a estrada, mas não sei como me guiar,
Sinto-me como um passarinho
Que acabou de criar asas e voou do ninho,
E não sabe que rumo tomar.

Agora , é proibido proibir, diz Caetano, a partir de uma frase
que leu nos muros de Paris.

Ah! Doce liberdade: cuidado, cuidado!
Canta a ave de mau agouro, porque quem não saber ser
livre, na sua má fé, costuma encontrar um pai para lhe
doutrinar.

Liberdade, liberdade... Dei-me assas que eu quero ousar.

*
Página ampliada e republicada em maio de 2025.

 

 

Página publicada em setembro de 2020


 

 

 
 
 
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