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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FRANCISCO DE ASSIS PERES SOARES

 

FRANCISCO DE ASSIS PERES SOARES nasceu em São Luís, em 11 de agosto de 1961. É filho de Luiz Alfredo Netto Gu­terres Soares e Sônia Maria Peres Soares. Com "Terra caduca" participou do II Festival Universi­tário de Poesia Falada.

 

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Maranhão e Especialista em Metodologia do Ensino. Atualmente (2019) é Subsecretário de Estado de Minas e Energia (SEME). Tem experiência na área de Engenharia de Energia, Sistemas de Gestão Ambiental, Meio Ambiente, Cidades Sustentáveis, dentre outros temas.

 

NOVOS POETAS DO MARANHÃO.  São Luís: Edições UFMA, 1981.  79 p    ilus   15 x 22 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

TERRA CADUCA

 

Da natureza cibernética:
Os frutos autómatos.

As flores mecânicas da natureza cibernética.

A mãe natureza de proveta.

Os frutos, produtos da artificial inseminação

na natureza cibernética.

Os cantos dos abutres, sintetizados.

Os cantos mixados dos curiós.

Nascem os "Pés de Edifícios" multipiicando-se graças

às abelhas multiprogramadas IBM de tal.

As aranhas não tecem, arranham o céu que reflete como

um espelho côncavo o desespero dos que gritam 02-

A luz foi-se e ficou a foice das trevas, mas o sol

ainda brilha em outros planetas menos caducos.

A terra ja não mais vê pela luz pura do Astro Rei, vê

sim, pela luz dos homens sem luz.

0 orvalho destrói e corrói, como a chuva das más
nuvens á
cidas.

Até o odor plastificou-se:

"- Adquiram    logo, senhores, estamos vendendo

                                                        em promoção:

cheiro de amora, uva, rosa, terra molhada, do campo..."
...SÓ
não vendem o cheiro da ferrugem e o da morte
(São encontrados com abundância)

 

...E as rosas ainda existem?

 Ah! As rosas???

 

Ah! Rosas clonadas, muitiprocessadas.

 

Rosas caóticas, deste jardim infecundo, deste chão

                                                                    estéril.

És a rosa da agonia, radiativa, dos cogumelos

                                                            mistificados.

- Rosa podre, esquálida.

Juntas, são o caos desta época subnutrida, deste
século da velocidade, desta geração antropofágica.
Juntas, enfeitam os banquetes dos "Falsos Reis" que se
saciam na orgia dos seus espíritos nefastos submetendo

                                                              incultos robôs.

 

"Só, és a chaga eterna

 

do povo massificado, abatido

 

do povo maltratado, programado.

 

Es a cruz ébria da taverna

que não bebeu do vinho mal repartido
com   o povo subjugado."

 

— Rosa podre, Rosa do câncer ou canceRosa

 

Ah! Rosa Homem

 

 

 

Página publicada em setembro de 2019


 

 

 
 
 
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