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Imagem: http://www.academiamaranhense.org.br

 

VIEIRA DA SILVA


Armando Vieira da Silva -  Nasceu em São Luís do Maranhão, a 30-8-1887 e faleceu em 9-10-1940 -  Vibrações da Noite, 1907, Poesia, 1908, Vibrações da Noite, 1907. Poeta e escritor de forma castiça, autora de um belo soneto “Cigana”, muito divulgado no Maranhão.

 

 

RAMOS, Clovis, org.  Minha terra tem palmeiras... (Trovadores maranhenses)  Estudo  e antologia.   Rio de Janeiro: Editora Pongetti, 1970.   Ex. bibl. Antonio Mir

 
 

Noite. Lá fora, brilhando,
O céu de estrelas se arqueia
E eu sonho acordado, olhando
A Ofélia da lua cheia.

O manto azul me seduz
E ando por todo espaço,
Tomando banho de luz
Em cada mundo que passo

A minh'alma distraída
Dentro de um astro se encerra,
Sem se lembrar mais da vida.
Sem se lembrar mais da Terra.

E Rica desse tesoiro
Que essas paragens anima
Esbanjo mil versos de oiro
De sobre o trono da rima.

E numa alegria louca
De luz o céu regorjita.
Um verso me sai da boca
e Sirius perto palpita]

Pois nessa infinita altura
O amplo estojo dos sóis
Nunca teve essa ventura
De ouvir cantar rouxinóis.

Mas, sinto, de madrugada,
Que as estrelas se vão todas
Celebrando na alvorada
Brilhantes festas de bodas

Os astros todos fugindo
Me deixam tristonho assim,
Só Vênus ficou luzindo
Com os olhos fitos em mim.

Cintila como um brilhante
Cravado na concha azul,
E eu vivo dela distante
Vivendo neste paul.

A custo sufoco o choro
Procuro a paz do meu leito
Pensando num astro louro
Que inda brilha no meu peito.

 

 

A MULHER NA POESIA DO BRASIL. Coletânea organizada por Da Costa Santos.  Belo orizonte, MG: Edições “Mantiqueira”, 1948.  291 p.  14x18 cm.  Capa de Delfino Filho. 

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

CIGANA

 

“Era uma vez uma cigana”... um dia,
Laura pediu-lhe que lhe lesse a sina,
E ela, a cigana, de contente ria,
Ante a mãozinha delicada e fina.

Fita-lhe o olhar e, débil e franzina,
Linha por linha, atentamente lia;
Um futuro de rosas à menina,
Tudo o que Laura desejar podia.

E disse aos pais: “Três vezes, meus senhores,
Aquele ipê se cobrirá de flores,
Para a menina se cobrir de um véu”.

 

Laura riu-se e corou. E um ano corre,
Outro mais, e um terceiro... a Laura morre...
—Foi, com certeza, se casar ano céu!...

 

 

 

 

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Página ampliada em SETEMBRO

Página publicada em outubro de 2019


 

 

 
 
 
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