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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto e biografia: www.aflag.com.br

 

 

ROSARITA FLEURY

 

(1913 - 1993)

 

Natural da cidade de Goiás, Goiás, nascida em 27 de outubro de 1913

Faleceu em Goiânia, em 14 de março de 1993

Filha de Heitor Moraes Fleury, primeiro Juiz de Direito de Goiânia, e Josephina Caiado Fleury, fez seus estudos no Colégio Santana, na cidade de Goiás, onde terminou o Curso Normal. Prosseguiu os estudos no Colégio São José de Formosa e no Colégio Santa Clara, de Campinas, onde completou sua formação com os cursos de piano, pintura e trabalhos manuais. Posteriormente, terminou os cursos de secretariado, contabilidade, filosofia e extensão musical.

Poetisa, escritora e biógrafa, foi a idealizadora desta Entidade – a Academis de Letras e Artes de Goiás —e sua co-fundadora, juntamente com Ana Braga e Nelly Alves de Almeida. Em 9 de novembro de 1970, em Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado de Goiás e na qualidade de primeira Presidente, deu posse aos 40 membros da Entidade. Exerceu a Presidência da AFLAG por 23 anos consecutivos, embora, de dois em dois anos, colocasse o cargo à disposição das confreiras, realizando as eleições, de acordo com o estatuto da Casa. Participou com trabalhos de todos os anuários da Academia. A Revista da AFLAG nº 1 - 1993/1997 presta-lhe homenagem póstuma, com discursos e trabalhos de confreiras e amigas. Deixou inúmeras palestras e entrevistas gravadas no MIS - Museu de Imagem e Som da AFLAG.

CULTURAIS - Iniciou-se na literatura na década de 20, com poemas e jograis que foram publicados no jornal A Voz do Povo, na Revista Oeste e em outros periódicos da época. Seu poema Retalhos circulou em publicação especial no dia do Batismo Cultural de Goiânia, 1935; São João, poema, recebeu um prêmio da Academia Goiana de Letras, em 1940; e o poema Goiânia foi também premiado pela Academia Goiana de Letras, em 1942. Recebeu inúmeras medalhas, diplomas e troféus. Cedeu seu nome a bibliotecas de escolas estaduais na capital e no interior e a vários auditórios. Pertenceu à Associação Goiana de Imprensa, à Academia Goiana de Letras, à União Brasileira dos Escritores - Seção de Goiás, à Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes e ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, onde é Patrona da Cadeira nº 48. A Câmara Municipal de Goiânia, também prestou-lhe justa homenagem, concedendo-lhe o título de Cidadã Goianiense, na década de 70.

Além das obras publicadas, cuja relação encontra-se abaixo, deixou inéditos uma coletânea de poemas, Flor de maracujá e treze crônicas especialmente escolhidas para comporem o livro Crônicas domésticas. Trata-se de escritos que já haviam sido publicados em jornais locais, como o jornal Cinco de Março, o jornal Folha de Goiás e O Popular. Figura em várias antologias, tais como: A poesia em Goiás, de Gilberto Mendonça Teles, página 117, editora UCG, 1983; Enciclopédia Brasil e brasileiros de hoje, de Afrânio Coutinho; Ensaistas brasileiras, de Heloisa Buarque de Holanda e Lúcia Nascimento Araújo; Súmula da literatura goiana, de Augusto Goiano e Álvaro Catelan; Notas de um leitor de província, de Oscar Sabino de Freitas, 1991, Secretaria do Estado de Cultura; Análise e conclusões, de Nelly Alves de Almeida; Síntese da história literária em Goiás, de Antônio Geraldo Ramos Jubé; Dimensões do efêmero (ensaios e notas literárias), de Ney Teles de Paula, página 158/9, Goiânia, Editora Oriente, 1976; Escritores de Goiás, de Mário Ribeiro Martins, página 172, 523/4, Rio de Janeiro, Master, 1996; Feitio de Goiás, de Stella Leonardos, página 119/20, Goiânia, Ed. da Universidade Católica de Goiás e UFG, 1996.

Obras publicadas:

1958 - Elos da mesma corrente, romance, Prêmio Júlia Lopes de Almeida, 1959, da Academia Brasileira de Letras, que, pela primeira vez, agraciou um escritor goiano; 1973 - Leodegária de Jesus, estudos; 1973 - Heitor Moraes Fleury, biografia; 1974 - Alberto Santos Dumont, estudos

1977 - Jarbas Jayme, biografia de um historiador; 1979 - Eurydice Natal e Silva, biografia; 1981 - Altamiro de Moura Pacheco, biografia

1983 - Sombras em marcha, romance.

 

 

 

FERREIRA, Sônia.  Chuva de poesias, cores e notas no Brasil Central – história através da arte.  2ª. edição revista e melhorada.  Goiânia: Kelps, 2007.  294 p.  ilus. col.         (antologia de poemas de autores do CECULCO – Centro de Cultura da Região do Centro-Oeste)   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

S Ã O  J O Ã O

 

Fragmento)
Meu São João glorioso
do tempo idoso de minhas avós.
Bandeira novinha, bonita,
enfeitada com topes de fitas, cheinhos de nós.

 

Cercado de enfeites,

na ponta do mastro listrado de cores,

lá estava São João, brilhando, oleado,

o mesmo São João,

cabelo anelado,

vestido de couro,

carneiro na mão.

 

É noite fechada.

No pátio do Engenho Santa Tereza,
há dança animada.
De tudo tem lá!

Moleque brejeiro, assando batatas,

comendo pipocas,

saltando fogueira.

Tem negro cantando,

tem negro tocando, sapateando,

enquanto a mulata,

torcendo as cadeiras,

torcendo, torcendo o corpo roliço,

suada,

cansada, de tanta canseira.

Tem traque baiano e tem busca-pés.

Tem fósforo de cor e chuva de prata

soltando balões

que sobem ligeiros,

fugindo ao surdo estrondar dos rojões.

 

E, enquanto no pátio os negros batucam,
lá dentro da sala,

no meio das luzes de tanta candeia,
Siá Moça, contente,
se lembra que a sorte marcou casamento

E a sorte não mente!

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019

 


 

 

 
 
 
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