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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA GOIANA
Coordenação de SALOMÃO SOUSA

 

Foto: www.aflag.com.br

 

HELOISA HELENA DE CAMPOS BORGES

 

Natural de Goiânia, Goiás, tomou posse em 14 de dezembro de 2000

Licenciada em Letras Modernas, Francês, pela Universidade Federal de Goiás, em 1970. Recebeu o grau de Mestre em Letras e Lingüística, área de concentração Teoria Literária, pela UFG, 1986. A dissertação apresentada, O romance em Goiás, ainda está inédita. Realizou curso de aperfeiçoamento para professores brasileiros de francês, em Sèvres, na França, em 1984, nas seguintes áreas de concentração: língua, literatura e civilização francesa. Realizou, também, estágio de aperfeiçoamento para professores de francês como língua estrangeira, na Université Laval, em Québec, no Canadá, em 1987, na área de concentração: língua francesa. Recebeu a comenda Chevalier dans l’Ordre des Palmes Académiques, em 1998.

ATIVIDADES CULTURAIS - Professora, tradutora, poetisa, crítica literária, foi coordenadora da área de francês do curso Letras Modernas - Francês, no período de 1991 a 1993. Foi Presidente do Comitê Administrativo da Aliança Francesa em Goiás, em 1997 e início de 1998. Pertence aos quadros da União Brasileira dos Escritores - Seção Goiás. Seu discurso de posse como membro da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás encontra-se publicado na Revista da AFLAG nº 2 1998-2001. Possui inúmeros trabalhos de crítica literária e tradução, publicados em revistas da Universidade Federal de Goiás e em jornais goianos e seu nome é verbete em dicionários da literatura goiana.

Obras publicadas: Livros:

•        1997 - Quinquilharias, poesia, Goiânia, Kelps (esgotado)

•        2003 - Muitas luas, poesia, Goiânia, Kelps.

 

 

VOZES DE AÇO.  XXI  Antologia Poética de Diversos Autores.  Homenagem ao Acadêmico Antonio Carlos Secchin. Organização, Montagem e Editoria  Jean Carlos Gomes. Volta Redonda, RJ: PoeArt Editora, 2019.  102 p.  ilus. fotos. p&b e col. 15x 21 cm.
ISBN 978-65-5031-008-0   Inclui textos e fotos de poetas brasileiros contemporáneos de varias parte do Brasil.

 

SAUDADE ANTECIPADA

 

Quase o relógio soou.
Seriam dezoito as horas.

 

No beijo, senti o adeus.
Com o olhar, reverenciei.

 

Partíamos.

Ele mais do que eu.

 

No avião, chorei nossa dor.

 

Inchados os olhos,pouca a voz,
em vez de travesseiro, pedi lençol

 

e embrulhei a saudade
na ausência antecipada

 

dos casos compridos
segredos trocados
lembranças vivas
vindas de um tempo

 

quando

 

tal como o dia

 

também ele
amanhecia.

 

 

 

AMEDRONTAMENTO

 

Silenciosamente

o vulto inconfundível

escapou-me da ternura

 

e a vida se repetiu
mais uma vez
cortante.

 

Caladas as palavras
embaçado o brilho do olhar
só restou uma névoa tensa
de onde se evolou um cavalo a trotar...

 

Ah! se esse meu cavalo aladose for

e não mais voltar...

 

 

 

COLETÂNEA VIAGEM PELA ESCRITA.  Vol. V.  Homenagem ao acadêmico Carlos Nejar.  Volta Redonda, RJ: Gráfica e Editora Irmão Drumond, 2019.  106 p.  15 x 21 cm.  Apresentação por Jean Carlos Gomes.  Inclui além da antologia de poetas, textos sobre Nejar escritos por Alexei Bueno, Anderson Braga Horta, Antonio Carlos Secchin, Antonio Miranda, Antonio Torres, Geraldo Carneiro, Luiz Otávio Oliani, Nuno Rau e Angeli Rose.

 

         ACALANTO

         Te aquieta, minh´alma!
Sossega.

         Por que a ansiedade,
por que tamanha aflição?

         Ah! se tu pudesses lembrar confiada
de que és para além das ausências
para além da escuridão...

         Te aquieta, minh´alma.
Sossega.

         Por que do susto tão grande,
por que do sono perdido?

         A! se tu pudesses lembrar continuado
de que és sentimento e mais que
sentimento, comunhão...

         Te aquieta, minh´alma.
Sossega.

         Tu bem sabes de que nada,
nada preenche abismos.
Então, para quê?

         Te aquieta, minh´alma.

 

                  A PALAVRA BRANDA

                   Quanto mais viva a fome
a palavras branda eu peço.

                   Com palavra branda
vou longe sem sair de perto.

                   Ando mares, luares,
distâncias guardadas,
jardins secretos.

                   Com palavra branda
não me lembro dos vazios,
dos desacertos contundentes.

                   Com palavra branda
sem demora
volto a ser quem fui

                   E me sorrio serena
das águas cristalinas
memória.

 

ANTONIO ALMEIDA

BRITO, Elizabeth Caldeira, org.  Sublimes linguagens.  Goiânia, GO: Kelps, 2015.   244 p.  21,5x32 cm.  Capa e sobrecapa. Projeto gráfico e capa: Victor Marques.  ISBN 978-85-400-1248-6 BRITO, Elizabeth Caldeira, org.  Sublimes linguagens.  Goiânia, GO: Kelps, 2015.   244 p.  21,5x32 cm.  Capa e sobrecapa. Projeto gráfico e capa: Victor Marques.  ISBN 978-85-400-1248-6

Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Heloisa Helena de Campos Borges

Presidente da Academia de Letras e Artes de Goiás


"Só é capaz de renascer
quem viver na bagagem
da vida."

 

 

       OS MENINOS DO
SETOR PALMITO

Os meninos do Palmito
hão de ser eternamente meus.

Eu os traguei de corpo e alma.

Lembro-os suados,
recendendo a sabão de barra,
pés quase no chão,
cabelos pregados,
unhas mal cuidadas.

Mesmo assim, os abraçava,
Sonhava-lhes as Letras.

Desde que os guardei,
para sempre os transpiro
— prova e revelação —.

Será que também os infestei?
De alguma maneira, os contaminei?
Aguei-lhes, em tempo, a esperança?
Ajudei-os a insistir?
Ensinei-os a resistir?
Nunca?
Não?

 

 

 

       LEITURA

Abri um livro e ouvi o tempo.
Tanta coisa zunindo ainda.
Às vezes bala, às vezes vento.
Barcos a gemer sem mar.

Tempo é sempre atento.
Remenda, salta, vai longe.
Carrega de essência
Homem,
Mundo,
a História,
que ora chora, ora canta,
esconde, pragueja, transtorna,
vem, passa e vem e....
e quem disse que passa?

Muito encanta a História,
Muito dói a História.
Tanto peso. Tanto sonho.
Sol e sal.



TRAVESSIA


Passou o pé de chinelo,
passou o vento lá fora,
passou o tempo, senhora,
passou o rumo de outrora.

       Passou a paixão de dentro,
e passou a morte de fora,
passou o amor dos corpos,
passou a busca das horas.
Passou o rei, a devassa,
passou o santo, a escória,
passou o trato, a espora,
passou o ontem, o agora.
Passou o mundo, bem sei,
passou o terço e a lei,
passou o traço e o laço,
passo o sinto e o faço.
Passou o forte e o fraco,
passou o que não convém,
passou o pano no lápis,
passou o apito do trem.



ECLESIASTES

       Se tudo tem seu tempo, seu instante,
se o novo nunca vem, não acontece,
se a vida é rede que o destino tece,
ninguém vai desamar o relutante.

Se o sempre para sempre se fará,
tudo o que se vê é lei, não erra,
se não existe acaso sobre a terra,
nunca o sertão o mar encontrará.

Prisão humana lúgubre, infernal,
angústia eterna de uma aceitação,
nascer, plantar, morrer... jogo fatal,

cadeia a soluçar repetição.
À noite ou sob o sol, sempre tormento
e a vida vai correndo atrás do vento.

 

 

 

       HIATO

Fala e silêncio,
silêncio e fala.
Falas com o silêncio,
com o silêncio,
no silêncio falo.
No silêncio da fala
ou na fala do silêncio,
queres de mim,,
quero de ti,
a parte desta voz
que se cala,
mas traduz,
em serena calma,
o que não é silêncio,
nem tampouco fala.

 

 

 

       CANTIGA

Já sei que passa da hora,
já sei.

Mas a noite...
o claro da luz crescendo...
o soluço noturno do pássaro ao longe...

Saudade, saudade,
termina por mim esta canção.

 

 

XII COLETÂNEA SÉCULO XXI.  Homenagem ao poeta José Inácio Vieira de MeloEditor Jean Carlos Gomes — PoetArt Editora.  Volta Redonda, RJ: Gráfica Dumond, 2022.  100 p.  
ISBN 978-65-86744-43-9         Ex. bibl Antonio Miranda

E POR QUE NÃO?

Não era noite, mas não era dia
não tinha sol e muito menos lua
acalentava a minha alma tão nua
este sossego que ao redor havia.

Soprou o vento uma canção madura
veio com ela este lembra intenso
mais que vontade de cantar ternura
voltou em mim aquele encanto imenso.

Nem foi preciso o vento transportar
sorrisos, gestos, pois se repetiam
trazendo à vida o sonho de voar

para bem longe, lá onde estariam
agrado e fala sempre tão gentis,
talvez só ideal, mas eu feliz!

 

*

 

VEJA e LEIA outros poetas de GOIÁS em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/goias.html

Página ampliada e republicada em abril de 2022

Página publicada em junho de 2021

Página publicada em maio de 2019; AMPLIADA em novembro de 2019

                    

 


 

 

 
 
 
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