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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

POESIA GOIANA
Coordenação de SALOMÃO SOUSA

 

        

 

EDIR GUERRA MALAGONI

Nasceu em Anápolis, Goiás. Terminou o curso de Direito em 1966. Delegada concursada. Fez dois anos de especialização na Academia de Polícia do Estado de Goiás. Foi membro de Grupo de Escritores Novos — GEN.
Atualmente alimenta o blogue: www.facebook.com/veniedir.guerramalagon 

        

NASCENTE, Gabriel. A Nova poesia em Goiás: antologia dos poetas goianos.  Goiânia, GO: Oriente, 1978.  384 p.  13,5x18 cm.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

         PRENÚNCIO DE POEMA

se ele nunca mais vir
ficarei com a poesia

farei tetos cor-de-rosa
irei a regiões de festa

se ele nunca mais vier
encherei a vida de coloridos

buscarei pedaços de nuvem
para fazer vestidos de baile

arrancarei do céu todas as estrelas
e me divertirei ao jogá-las no ar

farei bonequinhos chineses
e cantarei músicas de carnaval

se ele nunca viera
irei para a terra de tomás morus

farei colares de flores

e brincarei em ilhas encantadas

tocarei piano bem alto
e andarei pela escócia soprando gaita

se ele nunca mais vier
não ficareis triste nem chorarei
vou dançar rumba

tango
e até rock and roll

mas
se ele nunca mais vier
sairei gargalhando pela vida em fora
até quebrar-me em gritos sem ecos

                            ("Tardes do nada", 1965)

 

         AOS RESTOS DA PRIMAVERA

a última floração de janeiro
esqueceu sua cor nas madrugadas
e pendurou sonhos nas árvores

a saudade mesma
passou nas ruas frias
e encontrou vozes do passado

os sorrisos saíam de nuvens
e alcançavam pássaros azuis
na última floração de janeiro
nenhuma sombra agora
porque a saudade
voltava aos idos

a última floração de janeiro
como a última vez de nós dois
falou adeus no limite da hora

ninguém a viu
e ele existiu
em flores vermelhas beijando o céu
para morrer depois
sem explicação

(como a tua ausência)

                  ("Tardes do nada", 1965)         


          DESPEDIDA

Partirei
como os que nunca existiram.

Como gesto interrompido,
ou noite que não amanhece.

Mas deixarei
na sutileza das estrelas,
o pisar brusco
e os olhos marejados

Deixarei
às rosas,
que dançam ao vento,
a minha eternidade.

Partirei tão simplesmente,
que todos pensarão
num voar de pássaros,
em manhã de sol.

                   ("Poemas do gen", antologia de poetas goianos, 1966)

 

Página publicada em junho de 2017

        



 
 
 
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