POESIA GOIANA 
                Coordenação  de SALOMÃO SOUSA  
                    
                    
                  
                  Foto:   https://www.maysabrao.com.br 
                    
                    
                  VITOR  FRANCISCO DULLENS SANTOS 
                    
                  Nasceu aos 24.09-1966  em Catalão, Goiás, Brasil. 
                    Cursa (em 1988) o 5º. Ano de Direito na Universidade Federal de Uberlândia, MG.  
                    É poeta, contista, compositor e folclorista.  
                    
                    
                  
                  PALAVRA DESCALÇA. Melhores trabalhos do 1º.  Concurso de poesia Gregório de Matos.  Encantado, RS: Edições Muiraquitã, 1988.  125 p.      15 x 21 cm     Ex.  bibl. Antonio Miranda   Doação do livreiro Jose Jorge Leite de Brito,  em 2021.  
                     
                   
                  
                    BREVE GREVE 
                       
                      Breve pensamento 
                        um lapso de momento 
                        para refletir que taylorismo 
                        é terrorismo 
                        camuflado 
                        numa beleza de trabalho 
                        se produz 
                        se martiriza 
                        à sedução do titular 
                        mas há de se parar e pensar 
                        sair do vácuo 
                        fugir do inócuo 
                        despojar os fardos 
                        que mal nos alimentam 
                        só nos arrebentam 
                        somos hormonizados robotizados 
                        semi-qualificados 
                        substituídos 
                        chega de mito do rito 
                        você viu 
                        é insensatez 
                        neste vasto Brasil 
                        querer ser burguês| 
                        não há vezes de ninguém 
                        não há reses de ninguém 
                        que chibata que corta 
                        me arrebata a aorta 
                        de tanto ser equino 
                        não rumino mas afino 
                        quando eles de alguma forma 
                        me tocam o couro 
                        me compram por ouro 
                        ao meu peso esquelético 
                        já não aguento me atento 
                        forço a porta disponho-a torta 
                        corro dos defeitos 
                        persigo direto direitos 
                        em faixas       
                        com fome 
                        sem gazes e gases 
                        passo penúrias 
                    por fim estou só 
                      rodeado 
                      enlouquecido pelos apupos 
                      escutu-os 
                      perscruto 
                      num heroico e aplaudido gesto 
                      me manifesto 
                      por medo da sorte 
                      às frestas da morte 
                      com acendo de dedo 
                      cheio de receio agora 
                      quando me dão uma chance 
                      de começar tudo de novo. 
                       
                      
                   
                  * 
                    
                  VEJA  E LEIA outros poetas de Goiás em  nosso Portal: 
                    
                  http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/goias/goias.html  
                    
                  Página publicada em julho de 2021 
                
  |