OLIMPIO PEREIRA NETO
Biografia original:
Nasceu a 29/04/36, em Orizona, Goiás. Membro da UBNE/GO e Casa do Poeta de Brasília. Professor do 1º. E do 20. Graus.
Publicou “Um Lugar no Mapa” (ensaio). “A 3ª. Pessoa depois de ninguém” (versos). “O Sapeca” (contos). “Naialice” (romance). Edições independentes esgotadas
Informação atual sobre o Autor:
(1936-2020)
O escritor goiano-brasiliense Olímpio Pereira Neto, 84 anos, morreu, no último domingo, por complicações da covid-19. Ele estava internado há uma semana e, devido à idade avançada, não resistiu. Olímpio nasceu em 1936, na cidade de Orizona (GO). Filho de Florentino Vieira Pereira e Dorcelina Pereira, o escritor foi casado e morava com a família no ParkWay. Ele deixou filhos, netos, bisnetos e trinetos, que não puderam prestar homenagens durante o enterro, devido ao perigo de contágio pelo novo coronavírus.
Formado em letras pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Olímpio era titular da cadeira n; 16 da Academia de Letras de Orizona e da cadeira n; 20 da Academia Taguatinguense de Letras. Além disso, é o autor de cerca de 15 obras como: Orizona: cidade e campo; Um lugar no mapa e Lendas e contos do Planalto Central, entre outras. Também fundou, ao lado de colegas, o Sindicato dos Escritores do DF.
O escritor fez parte de inúmeras coletâneas e antologias de contos em Goiânia, Brasília, Orizona e outras cidades do Brasil. Sempre visando incentivar novos profissionais, Olímpio foi fundador da Bolsa de Publicações Olímpio Pereira Neto que apoiava escritores orizonenses a publicar trabalhos e obras, assim como historiadores e genealogistas. Em 2019, Olímpio foi homenageado por colegas durante a 35; edição da Feira do Livro de Brasília.
Gustavo Dourado, escritor e presidente da Academia de Letras Taguatinguense, foi amigo pessoal de Olímpio há mais de 40 anos. Ele considera a morte do escritor uma grande perda para o DF. ;Olímpio viu Brasília nascer. Quando era menino, andava por essa região com o pai, quando tudo ainda era cerrado. Por isso, conhecia essa cidade como ninguém;, afirma. ;Nas obras, Olímpio resgatava as lendas do DF. Era um historiador, professor, pesquisador e escritor fantástico, diz Gustavo.O presidente da Academia de Letras Taguatinguense diz que pensa em dar o nome de Olímpio à cadeira que ele ocupava na Academia. Gustavo informa ainda que Olímpio deixou obras inéditas para serem publicadas. ;Além dos 15 livros que ele escreveu, há outros, nunca publicados, que estão em poder da academia. A escrita dele retratava o sertão goiano de Orizona, Goiás Velho e Luziânia e desvelava os caminhos dos bandeirantes e pioneiros.
Texto e foto: https://www.correiobraziliense.com.br/
ANTOLOGIA DE POETAS DE BRASÍLIA. Rio de Janeiro, DF: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985. 140 p. Coordenação editorial: Christina Oiticica.
[Este exemplar foi doado por Carlos Edmundo da Silva Arnt, que tem seu poema na p. 27, para a biblioteca da Caixa Econômica, de Brasília, em 1985. A empresa se desfez do acervo e este exemplar foi para a livraria “sebo” de nosso amigo José Jorge Leite de Brito, que por sua vez nos doou um lote de livros para ajudar na montagem de nosso Portal de Poesia Ibero-americana, em 2021. A editora explicava: “Se você é um autor novo e quer editar seu trabalho, fale com a gente.”, na intenção de promover a criação literária entre os jovens.
ANTENA DO MUNDO
Neste século de crescer,
Tudo cresce sem parar.
As ciências se desdobram
Para o mundo se desdobrar.
As distâncias são tão curtas,
Que chega a ser um disparate.
Na órbita dos espaços-satélites,
Já colocamos o “Brasil-Sate”.
Hertz descobriu o auxílio do rádio,
Do telégrafo, do telefone e do “radar”
que teleguiam os aviões no espaço,
Os submarinos e os navios no mar.
América do Sul, Brasil:
Grande estação a irradiar:
Sua rede transmissora,
Faz o mundo nos admirar.
Panamericanismo e Brasília,
Fizeram seu raio aumentar...
Pois, do páreo com os povos
Brasileiro a viver e lutar.
PEREIRA NETO, Olimpio. A Terceira pessoa depois de ninguém. Goiânia: Editora Gráfica Oriente, 1971. 206 p. 12 x 16 cm
Ex. bibl. Antonio Miranda
Prezado Olímpio:
Para abrir o seu livor, em lugar de um prefácio, acho oportuno
colocar aqui estas palavras de Goryhe, no seu O Fausto:
"Por que vós, homens, quando falais de algo, em seguida dizeis:
isto é bom, isto é mau. Com isto haveis explorado as conexões íntimas da ação; sabeis com segurança por que acontecer.
Naturalmente se soubésseis isto, não emitiríeis vossos juízos
tanta ligeireza".
O PROFESSOR PRIMÁRIO
Pioneto
O professor primário
Co´a voz adocicada,
Partilhlha a memória,
Instruindo a garotada.
Alunos! estudemos...
Façam logo os deveres.
Deixem lá fora o mundo,
Cuidem dos afazeres.
Porque a glória do mundo,
Também da nossa gente,
Sempre foi e será
O mestre competente.
A voz do professor,
Sempre quer ser ouvida.
Quer na paz, quer na guerra
Não será esquecida;
O PROFESSOR
Pioneto
Alunos! Tragam os objetos
Venham à escola aprender:
No livro a lição é vida,
No caderninho escrever,
Na lição do dia aprenderão
O caminho para a nobreza
No papel com a caneta,
Saber é nossa defesa.
O saber é como a luz
Que para nós não vem do sol,
Provém do mestre Divino,
O mais rico e puro arrebol!
Dele nos veio a missão
Que manda, sempre ensinar...
A ler o filho do homem,
A Êle e à Pátria amar.
Qual camponês o dia inteiro,
A preparar a terrar sã
O professor também prepara,
As gerações do amanhã.
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Página publicada em fevereiro de 2021
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