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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: www.jornalopcao.com.br

 

MARIA FÉLIX FONTELE

 

é jornalista e escritora. Foi secretária-adjunta e coordenadora de Comunicação Social do Governo do Distrito Federal, além de primeira coordenadora de Comunicação Social da Câmara Legislativa do DF. Atuou como repórter, chefe de reportagem, editora e colunista em diversos veículos de comunicação - entre eles Jornal de Brasília, Jornal do Brasil e Correio Braziliense - e em assessorias de imprensa. Editou revistas e publicações nacionais na área de gestão pública. Como escritora, participou de algumas antologias poéticas. Em 1992, venceu o Concurso de Poesia da revista Xicóatl, de Salzburgo (Áustria), com o poema "Retrato". 

FONTELE, Maria Félix.   Versos que me habitam. Rio de Janeiro, RJ: Confrariado Vento, 2018.  128p. 12 x 18 cm. ISBN 978-85-063-7   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

         RETRATO

Vejo-te fragmentado
No canto noturno da sala
A recompor pedaços da vida
A tecer o tempo com o fio
De tua membrana fria

 

Lá no fundo
No limiar da arte
Estão meus avós, antepassados
Amores perdidos na curva da estrada
Restos presos ao papel

Então vislumbro casarões
Velhos casarões empoados
Escravos das noites negras
A luz dos jacarandás
Pedrinhas diáfanas do rio
Caminhos de minha memória
Portas de meu infinito

 

 

SER(TÃO)

                a Cecília Meireles

 

Um pensamento me vem
Como brisa oceânica
Salvar-me da angústia
E da solidão de ser

Nada é tão profundo
Humano e efémero
Do que chorar e rir
Pelas dores do mundo

As vezes o choro não é triste
Nem mesmo o riso é alegre
Tudo é apenas existência
Estado de espírito, um grito

 

 

O VENDAVAL DE NIETZSCHE

 

Nietzsche, o ateu
Ergueu-se das profundezas
Rompeu a barreira
Do tempo e me avisou

Vem aí um vendaval
De proporções universais
Um sopro arrebatador
De corações e mentes
Único e definitivo

Nem rezas, nem encantos
Nada impedirá o vento profano
Indiferente a velas e santos
De cumprir sua missão

Em segundos eu me vi
No olho do furacão
Ouvi gritos e murmúrios
Senti o instante da imortalidade
E a nossa (in)capacidade de amar

 

 

Página publicada em junho de 2019

 

 

 


 

 

 
 
 
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