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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

JOSÉ EDSON DOS SANTOS

 

Nasceu em Macapá, no estado do Amapá, região amazônica brasileira e mora em Brasília desde 1974. É professor de artes cênicas no CEAN/ASA NORTE. Publicou em 1972 em Macapá, Xarda Misturada com José Montoril e Ray Cunha.Em 1978 participou da antologia organizada por Salomão Sousa, Em Canto Cerrado. Em 1980, publicou Águagonia. Ainda em 1980, Latitude Zero, com edição mimeografada por Paulo Tovar. Bolero em Noite Cinza foi publicado pela Da Anta Casa Editora em 1995.  Participou de muitas antologias, inclusiva da célebre 27 Porretas. Os poemas desta seleção são de Ampulheta de Aedo (Brasília: LGE editora, 2005, com o patrocínio do FAC/SC/DF).

 

O cultivo de uma postura maldita juntamente com o sestroso elogio à noite e seus personagens à margem das normas, imersos na singular atmosfera urbana brasiliense. Sem dúvida Zé Edson esmera-se em explorar estes temas e este clima.”  Francisco Kaq, Jornal de Brasília.

 

“Apesar de seu desterramento, o poeta José Edson dos Santos revela a veia telúrica e amazônica, mas em formatos urbanizados de criação. Linguagem célere, quase minimalista, entre o irônico e grotesco, de sua verve dramática e de black humour como em “Poética magra”: “No contracheque/ o sarcasmo do salário/ como mal-me-pague da educação popular/ / O que pode almejar o poeta/ professor ator/mentado do sonho/ pretextando outras manhãs/ com palavras por dizer/ ser um impróprio trocadilho?” Antonio Miranda

 

 

SANTOS, José Edson dos.  Ampulheta de Aedo.  Brasília, DF: L.G.;E. Editora, 2005.  102 p.  14X21 CM.  Apoio: Secretaria de Cultura – FAC.

 

BAÍA DE MACAPÁ

 

O rio é uma imensa

boca

circundada de ilhas

barrancos

barcos de partida

 

O céu é uma imensa

porrada na cabeça

 

Tu adentras geografias

porfias de aventura

 

a vida velho

parece um ioiô

 

sempre arranja um jeito

de voltar ao ponto de partida

 

Retorno à amplitude

desta baía desde menino

 

O rio deixa a boca aberta

nesta lembrança sem navio

 

água louco do destino

 

 

SERÁ A BENEDITA?

 

Bendito

alfazema em tua rua morta

 

O jambo floresce na alameda

enquanto cão uivo à lua

 

Cogito

tema que tua janela anteceda

canção da porta sem tramela 

 

NEFELIBATA 

Sonheteiro nefelibata na varanda

contemplo nuvens do impalpável

 

Filibusteiro da fragata argonauta

vejo longarina vida singrando

 

Timoneiro da tormenta solerte

fito porto da morte de soslaio

 

Sinaleiro Juno do arrebol ausente

olho mundo como nuvem de maio

 

 

PEIXE AO FORNO WALLY SALOMÃO

 

Pesque pague poeta

um peixe Walter Benjamim

tempere com sal, salsa-merengue

Gabriela Mistral em maio

acrescente Shoio, picardia

prapica ousadia e chicória

antes de levar ao forno

até torná-lo tonitruante

tosco tostadinho com aguardente

Depois de ajeitá-lo no prato

Servir no sarau cultural

da bovinocultura acadêmica

a carne perece fraca

mas o peixe continua fresco

 

 

SOBRE A COMIDA

 

Fazer frango com pequi

arroz e jiló   

 

é muito simples

coisinha tenra

 

é necessário além do zelo

uma pitada de amor e ternura

 

diz a sabedoria popular

tempero de comida

é a fome 

 

 

PRESERVAÇÃO DOS QUELÔNIOS

 

Flor do açaí

quando sol surgir na janela

destampe a panela

prepare tacacá

com tucupi

 

BIENAL DO B – A POESIA NA RUA, 2ª.  26 a 29 de junho de 2012.   Brasília: Açougue Cultural T-Bone, 2012. 130 p. ilus. col.  17x25 cm.  N. 06 454                                                  Ex. bibl. Antonio Miranda

                O Tempo pulsa breve 

                       
       à Fabrício Luiz Brito dos Santos      

                       
           
Toque a ternura do já sustenido
       nos orifícios do corpo dos sentidos

       O berimbau acalma santos e britos
       grito na paisagem serena da alma

       A Vida breve de repente
       sopra o vento do eternecimento

       O Tempo pulsa leve sentimento
       e o céu agradece com estrelas...

         

*

Página publicada e republicada em janeiro de 2023                  

 

 




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