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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




ALEXANDRE PILATI

Nasceu em Brasília, em 3 de fevereiro de 1976. Professor de literatura brasileira, poeta, redator, ghost-writer, doutourando em literatura.

Poeta do coloquial e arcimboldesco, às vezes escatológico, sempre auto-biográfico, militando no dissenso. Um aleXandre com X encruzilhado, que só Freud implica... 

                                                           Antonio Miranda

 

TEXTOS in ITALIANO


ALEXANDRE PILATI

 O poeta  e crítico Alexandre Pilati no I Simpósio de Crítica de Poesia, organizado pelo TEL/UnB, durante a I BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA DE BRASILIA, de 3 a 7 de setembro de 2008.

quebra do decoro rudimentar

“saio de meu poema
como quem lava as mãos”
cabral falou tirando a cera do meu ouvido

“tenho apenas duas mãos”
sussurrou sob seu túmulo drummond

quisera gritar tudo isso
com palavras feitas de miçangas
num outdoor do setor comercial sul

mas estaria contente
apenas com fato matemático
(porém cheiro de plumas e flores)
de conseguir pagar todas as dívidas que contraí

 

luta de classe mídia (ou “sem livros e sem fuzil”)

minha alma
é DIET
- um pote de yogurt –
100% FAT FREE

minha alma 
é SALE
- uma justa mini-saia blue-jeans –
50% OFF

minh´alma calma combate
praticando ações edificantes

- com minha revolta de meia-volta –

minh´alma avança contra os trovões
no escaldante verão
de um dia gelado de shoppingcenters

 
internet

arredia-te
antes que um dia
de noite
(acredite!)
a rede te enrede
e te enrabe


 
merchantagem

-o que é poesia?
uma moça iluminada pelo vermelho do semáforo
com uma puta cara de santa
que me olha todo dia atrás do vidro com jeito de
me ama ou me deixa
leva dois e paga um
me ajuda parcelando sem juros no cartão de crédito ou
no cheque

de vez em quando deixo ela entrar
e ouço pela fresta quente do meio dia que abro:
min dá dois real aí que é preu comprá a lua e as estrela

 
auto-atestado

tenho a mesma idade de David Beckham

em criança aprendi a respeitar os mais velhos e a ter
vergonha deles
tomei alguns antibióticos, analgésicos, usei supositórios,
fantasiei aventuras
senti dores no corpo, tive uma infecção intestinal e
ganhei concursos literários na escola
fraturei o perônio, não acredito em duendes e nada
disso mudou o fato de que

tenho a mesma idade de David Beckham

nunca repeti o ano, mesmo sendo um aluno mediano
que lia pornografia e filosofia
tenho calças jeans da moda compradas em liquidações
de lojas de departamento
atendo ao telefone com cordialidade fingida quase
sempre, pois odeio telefone
dirijo com destreza impressionante e tenho horror à
canalha, o que me faz lembrar que

tenho a mesma idade de David Beckham

perdi a virgindade, fiz discursos, chorei algumas vezes
e falo da doméstica como se ela integrasse uma raça
paralela
chorar é cada vez mais difícil, agora que tenho mais
escravos e acesso rápido à www
compadeci-me dos desesperados, dos pobres, das
prostitutas e de meus CD´s e livros
nunca transei com uma puta ou cheirei cocaína mas,
mesmo inconscientemente, sei que

tenho a mesma idade de David Beckham

assisto ao futebol, à novela, ao jornal, ouço Chico e
Caetano e sou latino-americano
adoro praia e luxo, odeio gerúndios e loiras oxigenadas,
jazz e axé music
me acho normalmente mais inteligente que os outros
mesmo sabendo que sou uma besta como qualquer um
sinto-me mais limpo que o porteiro e o tumulto febril
da cidade e do cyberespaço parecem sempre me
anunciar que

tenho a mesma idade de David Beckham

creio-me brasileiro, possua uma dívida com a receita
federal e meus ideais sempre estiveram à esquerda
não jogo lixo pela janela do carro nem de casa, uso
cinto de segurança e aliança
já acreditei em Deus e no PT, hoje comporto-me bem à
mesa e isso é tudo que me basta
tenho fé no cinema nacional e assino revistas semanais
que me lembram de que

tenho a mesma idade de David Beckham

já dei jóias de presente e não sou afeito a escândalos,
mesmo sendo desabusado e cínico
sou ateu e li literatura: Drummond, Cabral, Dostoievski,
Gullar, Machado, Kafka, Rulfo, Brecht, Beckett, Neruda
nada disso basta para quem mora na asa sul, no plano
piloto, perto do eixo sul
pois sempre sinto a iminência de um terremoto capaz
de me revelar outra vez que

tenho a mesma idade de David Beckham

ando temeroso pela rodoviária às duas horas da tarde
de uma véspera de feriado
nunca vou às cidades satélites e condeno o trabalho
voluntário e o jejum
meu carro é um balão de ar condicionado singrando
ruas da capital federal às 7:00 am
prefiro a macumba à igreja evangélica para tentar
esquecer que

tenho a mesma idade de David Beckham

saberia usar como ninguém uma metralhadora se
morasse no Oriente Médio
não jogo videogame e condeno filmes violentos, mas
isso não me impede de às vezes tomar água com gás
já tive o nome negativado durante cinco anos, mas a
dívida expirou e hoje posso enganar qualquer um
grudo as melecas que retiro do nariz embaixo de minha
mesa de trabalho, onde há um aviso dizendo:

tenho a mesma idade de David Beckham

sou professor e utilizo numa boa o sistema urbano de
transportes coletivos
uma bala pode a qualquer segundo estourar em meu
peito ou em minha têmpora
e nunca terei sido entrevistado, não terei causado
loucura em ninguém, nem sequer matado alguém que
merecesse morrer
também não terei salvo nenhuma vida ainda que
queime 80% do corpo
mas sempre saberei que

tenho a mesma idade de David Beckham
 

cozinha completa

- tá tudo desarrumado aqui viu, coisinha...
- meu nome não é coisinha não. é clarinete.  
- ôôôô, desculpa, é só jeito de falar só...  
{ah, se você coubesse no microondas!!!


Poemas extraídos do livro sqs 120 m2 com dce; pop up poemas. Brasília: ntc Comunicação Expressa,  2004.  62 p.


PILATI, Alexandree outros nem tanto assim.  Rio de Janeiro, RJ: 7Letras, 2015.  78 p.            14X21 CM.   ISBN 978-85-421-0336-6  “ Alexandre Pilati “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Esfinge

 

sobre o pó que sobra de mim,

não será inútil teu cavalgar

imóvel, imenso, labirinto?

 

este rosto de lua e púrpura

que alça sobre meu palor

a sintaxe da neblina?

 

à felina espinha tentacular,

arco-íris de uma só cor,

desperto decifro devoro desespero?

 

 

Essência aparência

 

a voz que vem de dentro

de um cómodo da casa

abandonado

ou da carne

e de suas oportunidades

 

é mínima

é diminuta

 

pequena mesmo e canta

sofrimentos e grita

gestos de desejos proibidos

 

"Filha interrompida,

de onde vem

este musgo, este cristal?

Daqueles violinos

espectrais que já naufragaram?

Sonhos perdidos?" O cheiro

de carvão trombeteia

 

negro e rasteiramente

 

o trabalho sussurra:

"Aderi

com tudo

a todas as coisas mortas"

 

PILATI, AlexandreAutofonia. Guaratinguetáa, SP: Editora Penalux, ?2017.  86 p.   14x21 cm.  N. 978-85-5833-268-2.    Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

 

 LÂMINA-SÓ

 

 — Um poema?
 — Feito a fé de Kafka...
 — A fé de Kafka?
 — Sim, “uma guilhotina, tão pesada, tão leve.”
 — ...
 — E pronto para fazer desabar num átimo os mais sólidos
                                                                  pontos de vista.

 
 
GOLPE DE DADOS

 

 A noite é leve
 a noite é púbere
 a noite (e se tempo)
 breve de ar
 flutua
             até
 que o destino (ou o diabo)
 lança de longe peras, caroços de pêssego,
 nódulos de dor e perigo e pedras no seu peito
 macio de noite, de feminil areia, de princesa negra;
 glóbulos de peso de planeta, de massa de relâmpago.

         Rasga-nos, então, suja e incendiária
         pelas costas (mas necessária, material),
         outra face da vida, em lâmina velha,
         cega e branca,
         enquanto buscávamos,
         na lua, nas estrelas, na luz, no breu,,
         cheirar os cabelos da felicidade.

 

 

 EFEITO

 

 homem comum
 composto de rastros, surtos, traças e paina
 espelhado no asfalto, quadro de cotidiana
 agonia e faina, o só destino da matéria civil:
 não sabe dançar, não sabe carpir, nem ser Charles Chaplin
 — é pedestre e balança sonhos, graças e taras
 vida em crepúsculo e desejo coletivo.

 ao trocar olhares com o vira-lata esquivo
 que se deita nobre sobre as pedras sujas de uma esquina pânica,
 enxerga-se dentro de si, enerva a força de fome
 intensa em dentes que, sem sorriso na agenda,
 podem fazer ferir, sangrar, sorrir, cantar de dor
 como quando de uma febre gotas de vida caem
 e fecundam a modorra gasta com ritmos de novo
 sol e calor, piedade, medo, vontade.

 efeito:
 a insistência contra ignomínia
 a intermitência
 casual da morte.

 

 

 DESEJO DE SETEMBRO

 

 que assim fosse
 outra vez
 meu coração

 a mera ameaça
 de chuva
              basta
 para a grama secretar
 sua verde obsessão

 

 

 

TEXTOS in ITALIANO

 

INCONTRI CON LA POESIA DEL MONDO. ENCONTROS COM A POESIA DO MUNDO. Antologia poética bilíngue. Italiano – Português.  Antologia poética bilíngue. A cura di Vera Lúcia de Oliveira; Paula de Paiva Limão.  Perugia, Italia: Edizioni dell´Urogallo / CILBRA – Centro di Studi Comparati Italo-Luso-Brasiliani, 2016.  242 p. Em colaboração com o Programa de Pós-Graduação em Literatura, Universidade de Brasília.   ISBN 978-88-97365-41-9

 

ALEXANDRE PILATI  é nato a Brasilia, Brasile, 1976. É poeta, crítica letterario e insegnant da letteratura presso l´Universidade de Brasilia. Há publicato i libri di poesia sqs 120m2 com dce (2004), prafóra l(2007) e e outros nem tanto assim (2015).

Le poesie di Alexandre Pilati sono state tradotte in italiano da
Claudia Valéria Lopes.

        
       Meu coração

        é uma espelunca
        embrulha-se
        e engulha-se

        engula-se!

        como uma foto
        de satélite
        impreciso e impressionante
        meu coração

        só símbolo
        só sim
        só

        meu coração
        bijuteria.

 

                                Il mio cuore

                           é una spelonca
                           s´accartoccia
                           e si stucca

                           s´ingozzi!

                           come una foto
                           satellitare
                           impreciso e impressionante
                           il mio cuore

                           solo símbolo
                           solo si
                           solo

il mio cuore:
bigiotteria.

 

       Luminária

       esta lua de inverno
         cárie na boca do sertão
         na escuridão torta e estatelada
         é o nosso pobre sol de Maiakóvski

                   rodela de prata
                   vintém terrorista
                   detergente
                   proletária

         solta lá no céu é só uma gravura na sala de estar periférica
         um desagravo — desagregado satélite

                   ofuscada e fraca parece que pisca
                   mas luminará para toda a eternidade!

         que ela brilhe mais que a fome, que a seca e que a morte
         !que ela seja o lema que me leva!

         vá prafóra proesgoto
         o oco negro que me chama
         do shamisem de chamas de Times Square!

 

                   Luminaria

             questa luna d´inverno
                   carie nella boca del sertão
                   nell´oscuritá storta e próstata
                   é il nostro poveiro sole di Maiakovski

                             rondella d´argento
                            centesimo terrorista
                            detergente
                            proletária

                   sciolta lassú cielo e solo um´immagine nel salloto perifrrico
                   uno sgravo — disgregato satellite

                            offuscata e fiacca sembrfa lampeggi
                            ma illuminerà per tutta l´eternità!

                   che essa brilli più dela fame, dela siccità e dela morte!
                   !che essa sia il motto che mi porta!

                   viaddaqui, allofogna
                   il vuoto nero che mi chiama
                   dallo shamisen di fiamme di Times Square!

 

         A Pasolini

                          “con te nel cuore,
         in luce, contro te nelle buie viscere”
                                        P. P. Pasolini

         dou-te meu colo,
         fênix friulana, nunca de Bologna

         quero tua boca e tua língua
         numa Roma dividida em duas
         metades da morte
         (a medíocre alegria de haveres burgueses)
         (o subproletariado felando a mercadoria)

         ao pé de Gramsci, um arrepio de Wordsworth
         e, é claro, as fontes! é claro, as cartas, o cárcere!#

         com tuas cinzas unto-me para o mundo
         sinistro e sem par, sem pai — cazzo!

         teu corpo rebrilha numa praia daqui ou de marte
         massacrado para sempre
         teu corpo rebrilha em pele vermelha dentro de mim
         testemunha para sempre

         a paixão fica por mil, mais velha — secreta — e de novo virgem

         sinto muito,
         não existe mais carne que possa como a tua
         (povero straccio di coscienza)
         fazer o mundo tingir-se outra vez de infâmia e de aurora

 

                   A Pasolini

                          “con te nel cuore,
          in luce, contro te nelle buie viscere”
                                        P. P. Pasolini

                   ti do il mio collo,
                   fenice friulana, mai di Bologna

                   voglio la tua boca e la tua língua
                   in una Roma divisa in due
                   metà dela morte
                   (la mediocre alegria degli averi borghesi)
                   (il sottoproletariato che succhia la merce)
                  
                   ai piedi di Gramschi, brividi di Wordsworth
                   e, è ovvio, le fonti! è ovvio, le lettere, il cárcere!

                   con le tue ceneri mi u ngo per il mondo
                   sinistro, senza compagno, senza padre — cazzo!

                   il tuo corpo risplende su uma spiaggia di qui o di marte
                  massacrato per sempre
                   il tuo corpo risplende in pelle rossa dentro di me
                   testimone per sempre

                   la passione a mille, più matura — segreta — e di nuovo vergine

                   mi desplace,
                   non existe più carne che possa come la tua
                   (povero straccio di concienza)
                   fare il mondo tingersi un´altra volta d´infamia e di aurora
                 

       Ocaso

       talvez ali
         no infinito ângulo
         onde a lenta tarde esparge
         seus intensos dedos de mênstruo
         sobre a crise e o sistema que se expandem;

         talvez, só talvez,
         nos esparsos becos o lusco-fusco
         ilumina em breves suspensos minutos,
         onde presto se esconderão nódoas e escarros
         desprezos vesperais  algo dirão com ima língua dos esquecidos.

          (fetiches negaceiam,
         encena-se o sempre monstro
         — será de volta frustra
         promessa a noite?)

         é então que amalgamam-se no pré-tom da noite
         sujeito, objeto, escravo, senhor; sujeita-se
         o eu a esfacelar-se em difuso corpo e letreiros.

         é então que se escreve um poema que busca
         a mimese dos vazios, o canto eloquente
         do silêncio louco que estrui teu nome

         — o nome do outro —

         em cada vácuo da terra anciã e cansada
         mas cujo ventre esbulhado ainda é capaz
         de atra violência: de ânsias e tempestade.

 

                   Occaso

              forse li
                   nell´infimo angolo
                   dove il lento pomeriggio sparge
                   le sue intense dita di mestruo
                   sulla crisi e il sistema che si spandono;

                   forse, soltanto forse,
                  negli sparsi vicoli che il crepuscolo
                   ilumina in brevi minuti sospesi,
                   dove presto si nasconderanno macchie e sputi
                   desprezzi vesperal qualcosa diranno con la língua ima
                                                                            dei dimenticati.

                   (feticci adescano,
                   si sceneggia il sempre mostro
                   — sarà un altra volta frusta
                   promessa la notte?)

                   è allora che si amalgamano nei pre-toni dela notte
                   soggetto, oggetto, schiavo, signore; si assoggetta
                   l´io a scheggsiarsi in diffusi corpi e insigne.

                   è allora che si scrive un poema che cerca
                   la mimesi dei vuoti, il canto eloquente
                   del silenzio pazzo che distrugge il tuo nome

                   — il nome dell´altro —

                   in ogni vácuo dela terra anziana e stanca
                   il cui ventre spogliato ancora è capace
                   di atra violenza: di ansie e tempesta.

 

         Garça    

       forma-linha
               
isenta do caos
         eis a graça entre desgraças
                     branca entre o verde
         das garrafas de guaraná
                     no raso do Lago
                     Paranoá

         estranhada dos eco-problemas
         como um poema pós-utópico
         ela finca sua magra e bela pobreza
                   sua magra e bela bandeira
                   de puro mastro

         infensa ao futuro e ao presente, mas não ao passado
         sua frágil altivez é...

         ...é o que deu pra arranjar
         para corrigir um pouco o curso
                                               e o ranger

         da destruição
         que chamamos civilização

 

                   Airone

              forma-linea
                                 esente dal caos
                   ecco l´airone tra le disgrazie
                                 bianco tra il verde
   
             
delle bottiglie di guranà
                                 nal raso del Lago
                                 Paranoá

                   estraneo dagli eco-problemi
                   come un poema post-utopico
                   lui infila la sua magra e bela povertà
                                 la sua nagra e bela bandeira
                                 di puro palo

                   avverso al futuro e al passato, ma non al presente
                   la sua fragile alterigia è...

                   ... è ciò che si è potuto arrangiare
                   per correggere un po`il corso
                                                     e lo stridere
                            dela distruzione
                            che chiamiamo civilizzazione
              
                                              

       

 

Página ampliada e republicada em setembro de 2008. Ampliada e republicada em julho de 2015. Página ampliada em abril de 2018. Página ampliada em setembro de 2019

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