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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VIRGILIO BRIGIDO FILHO


Virgilio Brigido - Filho do Coronel Raymundo Vossio Brigido dos Santos e D a Pacifica de Medeiros Brigido, nasceu na povoação de Santa Cruz, da comarca de Uruburetama, a 24 de Abril de 1854. Pelo lado materno pertence á familia Azevedo e Sá. Genro do Commendador Felício de Souza Brandão, que foi empregado d'Alfandega do Rio de Janeiro e falleceu victima de um desastre de automóvel a 31 de Julho de 1913. Cursou humanidades no Seminário Episcopal e no Lyceu de Fortaleza, e matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, obtendo em 1880 o gráo de bacharel em sciencias jurídicas e sociaes. Dotado de vivo amor ás letras, fez parte de diversos grémios literários e escreveu para revistas creadas na-quella capital, ao lado de Clóvis Beviláqua, Martins Júnior e Pedro de Queiroz. Foi professor de geographia no Atheneu do Rio Grande do Norte e de allemão no Lyceu do Ceará. Em 1879 publicou um volume de poesias sob o titulo Cantos do Amanhecer. Nomeado em 1884 promotor de Fortaleza, tomou parte no renascimento literário do Ceará, na phase brilhante do Libertador e da Quinzena. Publicou em 1888 os Traços Biographicos do General Tibarcio, na occasião de inaugurar-se a estatua do grande general cearense. Esse estudo foi transcripto no Álbum Imperial de S. Paulo, n.o 4.°, Fevereiro de 1907. Em 1900 e 1912 foi eleito deputado federal pelo Estado do Ceará. Em 1902 fundou no Rio de Janeiro o Correio Mercantil, que, aliás, teve pouca duração. Alem dos trabalhos citados, publicou : —Discurso pronunciado nas exéquias solemnes do Conselheiro José Bonifacio de Andrade e Silva no dia 30 de Outubro. Fortaleza, Imp. na Gazeta do Norte, 1886, pequeno folheto de 10 pp. —Ligeiras considerações sobre as lutas de 1824. Publicado na “Revista do Instituto do Ceará”, anno de 1888. —O Pessimismo. Conferencia feita no Instituto do Ceará. Está publicada na respectiva “Revista”, anno de 1889. —Discurso proferido sobre a secca do Ceará na sessão da Camara dos Deputados de 22 de Novembro de 1901, Rio de Janeiro, 1901, Typ. do Jornal do Commercio, de Rodrigues & C.a. —Mineral resources of Ceará, Brazilian Mining Re-view, 1, 93—94, Rio de Janeiro, July, 1903.

 

HORA AFLITA [Virgílio Brígido Filho]

 

Vêm os dias de angústia; os mais amenos

Passaram... hoje a sorte que intimida

Põe nos meus olhos calmos e serenos

Uma ansiedade quase irreprimida.

 

Mas isto passa. Todos mais ou menos

Passam por isto: acalma-te, querida!

A vida é grande e somos tão pequenos

Que encontraremos um lugar na vida.

 

Ah! tu bem sabes! todo o mundo sabe

Que é natural que atrás desta parede

O pão nos falte e todo o vinho acabe.

 

— Tudo nos falta, mas não nos consome,

Quem tem água nos olhos não tem sede,

Quem tem beijos na boca não tem fome.

 

 

 

BRIGIDO FILHO, Virgilio.   Horto de nevoas. Versos de Virgilio Brigido Filho. Imagem do poeta no fronstispício.   O autor é cearense (1864-1913). O exemplar em nosso acervo não capa nem folha-de-rosto e não sabemos onde, quem editou e quando.. Não encontramos nada na internet... quem tiver mais dados, favor enviar-nos!!! Col. A.M. 


TEIA DE ARANHA

 

Ora os fios prendendo, ora os fios soltando,

a aranha laboriosa está sonhando.

— Não te orgulheças tanto, aranha tecedeira,

não te orgulheças! Olha que se fazes

este oirdume de sedas e de gazes

que brilha e tremeluz desta maneira;

olha que, se consegues, dia a dia,

com teus dedos esguios e grotescos

tecer os arabescos

destes fios de sol na minha gelosia;

se na prisão em que te poz Minerva

tu, vaidosa Arach.né, contróes, proterva,

a calma Via-Lactea do teu sonho,

na qual teu corpo, num espasmo de ancia,

serenissimo e tristonho,

brilha como uma estreita na distancia;

se realizas o sonho em que tu, tão pequena,

tão vaidosa e tão serena,

passeias gravemente, lento e lento,

como orgulhosa desse teu talento,

—é porque, salteadora, em tua teia

vives roubando a inspiração alheia...

Lembra-te bem que as Tendas do teu leito,

a finíssima trama em que repousas,

o teu sonho de luz... é tudo feito

do sangue pallido das maripozas...

Toma cuidado, aranha sibyllina,

o teu castello ha de tombar em ruína!

 

Página publicada em maio de 2013


 

 

 
 
 
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