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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARLY VASCONCELOS

 

 

Marly Sales Vasconcelos nasceu em Fortaleza no dia 5 de julho. Bacharel em Direito e ltcenciada em Letras pela Universidade Federal do Ceará, ministrou conferências e aulas de Literatura Brasileira e Literatura Infantil na UFC.

 

Poetisa que possui "o toque mágico e simples dos grandes poetas, com sua

linguagem própria que chega e conquista o leitor, também apaixonado" (Fagner).

 

Colaborou com os jornais O Povo e jornal de Cultura da UFC e com as revistas Pássaro, e Revista da Academia Cearense de Letras. Publicou os seguintes livros de poesias: Agua insone, 1973; Cãtygua proençal, 1985; Sala de retratos, 1998; e Azulcobalto,2002, (obteve classificação especial na categoria Literatura Juvenil, no Concurso Nacional de Literatura João-de-Barro, Belo Horizonte). Romancista, publicou em 1982 o livro Coração de areia, o qual recebeu Menção Honrosa do Prêmio Graciliano Ramos, da União Brasileira de Escritores, Rio de Janeiro.

 

O celebrado poeta cearense Francisco Carvalho também teceu expressivos comentários sobre a poetisa: "De 1973 a 1985, Marly Vasconcelos publicou apenas dois livros de poemas. Isto foi o bastante para colocá-la entre o reduzido grupo daqueles que fazem da poesia um exercício permanente de beleza e de aceitação das nossas fragilidades existenciais".

 

Ingressou na Academia Cearense de Letras no dia 22 de março de 1990, ocasião em que foi saudada pelo romancista João Clímaco Bezerra. Ocupa a vaga deixada  pelo escritor Nertan Macedo, cadeira número 7, cujo patrono é o jurisconsulto Clóvis Beviláqua. Foi a primeira a tomar posse no Palácio Luz como sede da academia. Pertence à Academia de Letras e Artes do Nordeste.     Fonte: http://www.academiacearensedeletras.org.br

 

 

RETRATOS

 

Alguma coisa antiga habita a página.

A morte do cão com sua lealdade

um trem apagando a noite

o domingo mais triste, .

a lembrança de um amor na pétala da dalza.

Coisas que o tempo não desfolha

e nos engasgam.

 

MARLY. SALA DE RETRATOS. FoRTALEZA: UFC/ CAsA JosÉ DE ALEN - FoNTE: VASCONCELOS, .(COLEÇãO .ALAGADIÇO Novo, n. 6).

 

 

 

Extraído de

O SACO – 4º. CADERN0 – No. 4 – SETEMBRO – 1976. p. 9
Revista mensal de cultura. Fortaleza, CE: OPÇÃO  Editora Promoções e Publicidade Ltda.
 

 

 

         BAILADO

        

         Que venham os pavões
e substâncias diáfanas, livres,
nas areias sejam jatos de vida.

        
Que venham os pavões
e como chamas em equilíbrio
aos pares levitem.

        

         Que avence esse bando de aves
de carne malva
e faíscas.

 

        

         YEMANJÁ

 

         Antiga como a vaga
adornada de brumas e carne clara
atravessas o porto despida de veneno.
Fosforescentes peixes habitam a ardência de teu seio
e o coral de tua mão.
Tomba a chuva sobre a maresia de teus cabelos
e na inquietude do vento
recolhes os náufragos que ficaram cegos

         e varrendo os destroços do veleiro
caminha contra a cerração.

 

 

         GALOPE

 

         O cavalo corre na estrada
e rumores de aço estalam nos arreios.
Tambores ressoam sob seus cascos
e uma baba cheia de amargura
cobre seu flanco suado
de tempestades e fúrias.
Das sombras escapam tramas.
Densa e espessa a noite é escura.
E encrespando as crinas onde dormem cigarras
ele segue abismos,
caminhos rubros.

 

REVISTA DA ACADEMIA CEARENSE DE LETRAS.  FORTRI NIHIL DIFFICILE Divisa de Beasconsfield. Ano CXVII – N. 73,  2012.  Fortaleza, Ceará: edições Demócrito Rocha, 2012.  344 p.  
Ex. bibl. de Antonio Miranda

        Ciganos

ao Francisco Carvalho

Feitos de ânsias e velocidades
parecem profanos
com seus punhais de prata,
metais que tilintam.
Nuvens errantes que acompanham a lua,
bebem a liberdade, bebem o sonho
e embriagados com o riso forte
festejam o frio

***

Vivi a primavera, o outono
o holocausto, a angústia.
Aguardo ainda o toque do clarim.

              A longa espera é maior que o dilúvio.

***
       A longevidade desce no arquipélago,
       luzente é teu nome que não finda.

       Bebeste na taverna hinos, tercetos,
       enquanto a areia na ampulheta caía.

       Um dia cantarás para mim
       a estrofe de uma canção renascentista.

       ***

             Vivi a primavera, o outono
             o holocausto, a angústia.
             Aguardo ainda o toque do clarim.

             A longa espera é maior que o dilúvio.

 
*

Página ampliada e republicada em janeiro de 2023.

Página publicada em junho de 2018

           

 

 


 

 

 
 
 
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