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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JORGE DE SOUZA ARAÚJO

 

Baixa Grande-Ba, 1947. Doutorem Letras pela UFRJ. Professor de Literatura (UESC. UFRJ. UFBA, UEFS). Autor de "Eu nu e algumas curtas histórias" (1969) e "Os becos do homem" (1984).

O professor de Literatura Brasileira na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Jorge de Souza Araújo, de 68 anos, não precisou de dinheiro público, mas apenas do seu esforço solitário para criar o Instituto de Humanidades e Cidadania (IHC), que ergueu no modesto bairro Bela Vista, 450, na cidade de Santo Antônio de Jesus (a 185 km de Salvador), no Recôncavo baiano.

No local, disponibiliza um acervo de 30 mil livros, dois mil filmes, jornais, revistas e obras da literatura baiana, brasileira e estrangeira, como romances, poesias, contos, crônicas e memórias, e livros de psicologia, sociologia e história. O IHC pretende ser uma referência em estudos culturais e de pesquisa para estudantes do ensino fundamental e médio, acadêmicos e pesquisadores. 

 

 

ELEGIA

 

Houve um tempo em que amei muito Jane Fonda
não por acaso ou mito
que as horas não andam para brincadeira
nem por aquela boca gozosamente enrugada
de lábios lembrando o sabor da manga-espada
à sombra da árvore-mãe

 

Amei, sim, e densamente Jane Fonda

não ainda pelo corpo de mulher peixe

cintura destra e macia, rosto saliente

empinando alvíssaras no preto e branco das fotografias

 

Amei Jane Fonda por sua testa sem assombro

ensarilhando vísporas

contra engolidores de crianças famintas

índios desvalidos, multidão de enfermos e de órfãos

que ela acolhia em seu seio

- tão bonito, ó Deus!

 

Mas passou o tempo de amar a Jane Fonda
Passou o tempo de amar a Jane
Passou o tempo de amar
Passou o tempo

 

 

NESTA ILHA - IV

 

Nesta ilha

muito pouco muita

grande porém para meu passo em cheio

hora há que não caibo

(aliás, caber nem caibo em mim

                   este infinitamente sobrevivido)

 

Nesta ilha passeiam

caprichos de condes boquirrotos

e bancarrotas de nobres carcomidos

 

Nesta me ilho e dispo

da memória de 1 vez por todas

e estalo em grito

sempre mudo, nunca berro

 

 

 

POIESIS

 

A dor que dói desta cesura
de poema que se faz fazendo
e não madura nunca
é dor pior que a pior das dores

 

pois macera o lírico envergonhado
subjeto rejeitado
de riso afunilado
da morte: e fala

fala:

sofrer o poema é não amá-lo
antes tomá-lo em sua sombra
- perda ou plenitude -
no navegar da memória
na vertigem delírio messe
do olvido violento vai
da solidão sem remédio

 

 

 

 

Página publicada em janeiro de 2019

 


 

 

 
 
 
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