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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

DILSON SOLIDADE LIMA

 

Nascido em Sertânia, Estado de Pernambuco, Dilson Solidade Lima é poeta, compositor e graduado em Letras Vernáculas pela Universidade estadual de Feira de Santana. É autor dos livros As Vestes do Vento, Inenigmática e Voos em Descuido (todos pela Scortecci Editora).

 

LIMA, Dilson Solidade.   As vestes do vento.  São Paulo: Scortecci, 2014.   127 p.   14x20,5 cm.          ISBN 978.85.366.3613.9   ex. bibl. part. Salomão Sousa.

 

Aqui, nesta poética coletânea denominada de Inenigmática, o poeta nos apresenta seu desvendamento em versos de límpido vislumbre, soando a sílaba exata e acendendo o facho das ideias a tantos apagado face à degradação conceitual e lírica do mundo.  / Sua verve percorrendo sinuosos caminhos temáticos e expandindo as portas do pensamento, abrindo-as à experimental leitura; fazendo  do leitor um verdadeiro cúmplice e coautor da obra, transmutando-a em cristalina matéria pura. Fonte: http://www.scortecci.com.br

 

Virá minha vez,
(oh Maquinista do Tempo)
em que só serei.

         FÊNIX SEMÂNTICA

 

Enquanto a solução espero (desencontrado)
vou entrando nestes meandros —
penetrando o vão destes milênios
(e mistérios) onde me arrastro como um Creso,
um Corisco condenado!

         Enquanto espero e exaspero escrevo
para que meus sóis não sejam de desassossegos,
para que o ainda há em mim não se apague:
chama última a arder no céu-azul-maçã da tarde
em meio a sonhos, amor, ainda verdes...

         Sim, ainda verdes! Verdes enquanto espero...
Espero enquanto e desespero e escrevo
enquanto Parmi Veder Le Lagrime soa a esmo
o carrossel do mundo segue e já não segue o mesmo...
Entre palavras, perpetuamente, me condeno.

 

         NO CÓRTEX

 

Tecla
o eclipse
desses dias
com a mesma
fome de antes

sem sonho
e sol
de poesia,
amigo só
dos instantes.

Clica
e desliga
o tempo (
catastrófico
cronômetro)

Mesmo
que teus dedos
não mais queiram
(quem dera)
decantar...

Conjuga-te
e inicia
os dias lindos
que desesperavas
ter.

 

         AS CANSEIRAS

 

Peço — qualquer dia —
minha carta de alforria

e saio deste mundo
pela porta dos fundos!

Nesta gula por nadas,
perdi-me na estrada...

 Mas um dia te encontro
— oh luz do iniludível!

 

         A GLÓRIA SEM DENTES DO DR. CHESKRUVSKA

 

Toco o ânus do mundo,
sinto seu esplendor protático
se dilatando, diluindo:
elétricos tentáculos
ultra nervosos.

Liquidificadores a salada batem dos átomos
onde báquicos cérebros basbaques
bebem do atlântico açúcar do homem até o talo.

Bebo um rabo de galo
e quedo, semântico,
nas avenidas sem sintaxe
onde a ordem é o esporro
das agudas garras agudas
de um deus semimorto
sem odes e ódios
(dádivas de bolso
) sexo aberto a projéteis,
trânsitos exalar.

Pairo, intrincado, à trincheira...
A cabeça pelos trópicos planetas...

Rememoro os hieróglifos atônitos
dos que amanheceram de suicídio
num dia de sol insípido
parindo a lua (
papiros craterizados ao acaso
)  sem fundo monetário
interirracional.

 

LIMA, Dilson Solidade.  Inenigmática.   São Paulo: Scortecci, 2014.   121 p   14x20,5 cm.  ISBN 978.85.366.3611.5    Ex. bibl. part. Salomão Sousa.

Estros amanhecidos, amadurecidos frutos de uma verve que se desenrola à fluidez das mais singelas coisas e que jamais descanse face à impassividade lírica do e dos tempos em seus des(encontros). Tal qual Schopenhauer, o mundo como representação da vontade quando explana, belamente, a vida.”  ÁLVARO RAZEC DO AMARANTE   

 

         CONFISSÕES A POLITANO

 

Não tive sorte
no amor,
não tive sorte
nas cartas /

não tive sorte
e a morte
sempre
me acompanhou

desde muito cedo
com seu medo
— estilete
esterilizante —

que a hora certa
aguarda
de nos pular
à garganta.

         PROJETO HUMANUS

 

Qual o crânio
que à frágil formiga pisa,
aos pássaros atira pedras/
com camundongos:
experiências
e ao cavalo, rédeas...

Assim a Morte
(edaz vizinha)
sobre o muro
da matéria vã

e nos alcança
quando a noite     
ainda é só manhã
mal resolvida...

Assim a Vida, roda da sorte:
que entre fracos e fortes
não há sol ou si menor!
Só a dor redime o homem,
este eterno devedor.

 

         TÁCITA TORMENTA

 

Como um vento à deriva
foi se atracando
e me chamando:
Vida! Vida!

Balsa perdida,
sereia da sorte
sem rumo e sem norte,
porto ou partida.

 Nau que naufraga
antes das águas
da tempestade e
que se esvai, cedo ou tarde.

 

Página publicada em março de 2017

        



 
 
 
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