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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bento de Figueiredo TENREIRO ARANHA

 

Nascido na vila de Barcelos, na então capitania de S. José do Rio Negro, Amazonas, a 4 de setembro de 1769 e falecido a 25 de novembro de 1811. Foi Alferes de milícias e diretor da vila de Índios de Oeiras.

 

Autor de  Obras poéticas. Para, 1850, publicação póstuma.

 

 

SONETO

 

Se acaso aqui topares, caminhante,

Meu frio corpo já cadáver feito,

Leva piedoso, com sentido aspeito,

Esta nova ao esposo aflito, errante...

 

Diz-lhe como de ferro penetrante

Me viste, por fiel, cravado o peito,

Lacerado, insepulto e já sujeito

O tronco feio ao corvo altivolante;

 

Que dum monstro inumano, lhe declara,

A mão cruel me trata desta sorte;

Porém que alívio busque à dor amara,

 

Lembrando-se que teve uma consorte

Que, por honra da fé que lhe jurara,

À mancha conjugal prefere a morte.

 

 

 

SONETO

Passarinho que logras docemente
Os prazeres da amável inocência
Livre de que a culpada consciência
Te aflija, como aflige ao delinquente;

       

        Fácil sustento e sempre mui decente
Vestido te fornece a Providência;
Sem futuros prever, tua existência
É feliz limitando-se ao presente.

Não assim, ai de mim! porque sofrendo
A fome, a sede, o frio, a enfermidade,
Sinto também do crime o peso horrendo...

Dos homens me rodeia a iniquidade,
A calúnia me oprime, e, ao fim tremendo,
Me assusta uma espantosa eternidade.

 

 

 

Bento de Figueiredo TENREIRO ARANHA

Extraído de SONETOS BRASILEIROS Século XVII – XX. Colletanea organisada por Laudelino Freire.  Rio de Janeiro: F. Briguiet & Cie., 1913.

 


OLIVEIRA, Alberto dePáginas de ouro da poesia brasileira. Rio de Janeiro: H Garnier, Livreiro-Editor, 1911.   420 p.  12x18 cm Ex. bibl. Antonio Miranda

Inclui os poetas: Frei José de Santa Rita Durão, Claudio Manuel da Costa, José Basílio da Gama, Thomas Antonio Gonzaga, Ignacio José de Alvarenga Peixoto, Manoel Ignacio da Silva Alvarenga, José Bonifacio de Andrada e Silva, Bento de Figuieredo Tenreiro Aranha, Domingos Borges de Barros, Candido José de Araujo Vianna, Antonio Peregfrino Maciel Monteiro, Manoel de Araujo Porto Alere, Domingos José Gonçalves de Magalhães, José Maria do Amaral, Antonio Gonçalves Dias, Bernardo Joaquim da Silva Guimarãaes, Francisco Octaviano de Almeida Rosa, Laurindo José da Silva Rabello, José Bonifacio de Andrada e Silva, Aureliano José Lessa, Manoel Antonio Alvares de Azevedo, Luiz José Junqueira Freire, José de Moraes Silva, José Alexandre Teixeira de Mello, Luiz Delfino dos Santos, Casemiro José Marques de Abreu, Bruno Henrique de Almeida Seabra, Pedro Luiz Pereira de Souza, Tobias Barreto de Menezes, Joaquim Maria Machado de Assis, Luz Nicolao Fagundes Varella, João Julio dos Santos, João Nepomuceno Kubitschek, Luiz Caetano Pereira Guimarães Junior, Antonio de Castro Alves, Luiz de Sousa Monteiro de Barros, Manoel Ramos da Costa, José Ezequiel Freire, Lucio Drumond Furtado de Mendonça, Francisco Antonio de Carvalho Junior, Arthur Narantino Gonçalves Azevedim Theophilo Dias de Mesquita, Adelino Fontoura, Antonio Valentim da Costa Magalhães, Sebastião Cicero de Guimarães Passos, Pedro Rabello e João Antonio de Azevedo Cruz.      

 

 

(A' Maria Barbara, assassinada, porque preferiu a morte
à mancha de adultera)

Se acaso aqui topares, caminhante,
Meu frio corpo já cadáver feito,
Leva piedoso com sentido aspeito
Esta nova ao esposo aflito, errante...

Diz-lhe como de ferro penetrante
Me viste, por fiel, cravado o peito,
Lacerado, insepulto, e já sujeito
O tronco feio ao corvo altivolante;

Que dum monstro inumano, lhe declara,
A mão cruel me trata desta sorte;
Porém que alívio busque à dor amara,

Lembrando-se que teve uma consorte,
Que, por honra da fé que lhe jurara,
Á mancha conjugal prefere a morte.                             

 

 

 

Página publicada em junho de 2009; ampliada e republicada em novembro de 2017



 

 

 
 
 
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