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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MARY-OAK DE VILLARIS

 

Ma. Manuela da Encarnação Oliveira (Manuela Oliveira),

 

Mary-Oak de Villaris de assinatura literária) nasceu em Lourenço Marques (Maputo), capital de Moçambique, na África Oriental, a 6 de Fevereiro de 1950, filha de pais portugueses.

Desde muito cedo demonstrou preferência pelos livros, que sempre foram os seus melhores companheiros.

Aos doze anos, com o despontar do primeiro amor, surgiu-lhe o impulso de versejar. Sua infância, juventude e maternidade (três filhos, dois rapazes e uma moça) tiveram como cenário os estertores da sociedade colonial. Isso fê-la amadurecei" prematuramente e crescer, em consequência de importantes perdas materiais.

Em 1976, após vários percalços, foi-lhe dado escolher entre emigrar para o Canadá ou para o Brasil. Optou por este último, na esperança de ver crescer seus filhos a falarem a língua portuguesa. Ama, portanto, de paixão, tudo o que se refere à sua origem lusitana, com destaque para o atavismo ancestral que a liga fortemente, por linhagem, tanto materna, quanto paterna, às montanhas do Norte de Portugal, perto da Galiza.

E, assim, Africana por nascimento. Celta por raiz e Brasileira por opção, sem nunca esquecer de ser Lusitana.

Professa carreira bem sucedida na engenharia portuária, de que já

atingiu altos patamares, mas socorre-se do equilíbrio que lhe é transmitido pela mescla de misticismo e natureza romântica que a caracteriza. Daí o facto de ter tido, ao longo de sua vida, a necessidade de escrever, tanto em prosa quanto em verso.

Entre seus mais preciosos sonhos está o de volver a terras ibéricas onde seus antepassados e descendentes ainda vivem.

 

 

 

ELOS DE POESIA.  Coletânea de poemas de autores de língua portuguesa.  Camarata,  Portugal: 2005.  210 p   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Dos nove poemas do livro acima, adiantamos quatro:

 

 

 

Metamorfose

 

Humana eu nasci, Amazona me tornei

Antes era breu, penhasco...à frente o nada.

Do alto, melancólica, verdes e cerrados vales contemplei.

No vermelho coração a pena...germinava missão ansiada

 

Aos Céus ergui olhos vazios, buscando alívio prá minha dor Atrás de mim, espirituais tesouros que, insana, abandonara Pela paixão do Senhor das Trevas, cruel mas sedutor...
Das carregadas nuvens, afinal a resposta brotara!

 

Penas atrozes teria de superar, persistente

Luz Divina...Ancestral, protetora. me surpreendia

E, assim, singrava...carne rasgada, em agonia...

 

Alucinógeno sagrado, a insuflar-me ânimo, entorpecente Enquanto cortante aresta, na trilha possível, me reesculpia.

Não era mais gente...Amazona eu renascia!

 

 

 

 

Estávamos tão perto e nem sabíamos!.

 

Amoreiras...entardecer nesta minha Lisboa...
Cidade do meu sempre, dona do meu passado!
Ando a vagar por estes corredores...à toa...
e sinto-te como em outra dimensão, acobertado

 

pelas brumas da indiferença...nem sabes de mim! Amoreiras...paro, deslumbrada pelo brilho dos cristais. Sonho...perco-me na fantasia do fulgor lapidado
e pergunto-me se vale a pena...quero muito mais!

 

Quero parar de contemplar, excluída, o filme sem fim
da vida que corre do outro lado do espelho vão.
Nem a toco, é-me vedada...em mim estéril vazio

 

Algures sinto... quase o bater do teu coração...
onde estás?...nem te enxergo! ...e me arrepio
pois sei que estás perto...tão próximo de mim!

 

 

 

 

Poema Incompleto

Foi uma tarde que começou linda

E pousou sobre mim, dardejando asas de brisa

Brisa forte, inebriante... que te trouxe

Quase correndo, impulsivo, feito criança.

Jornal preso no braço - olhos brilhantes...esperança?...

...que, para tomar as rédeas, logo jogaste

no cavalo de fogo em que me raptaste.

Julguei saber a que ia...apenas almoçar contigo.

Tensa, confusa, com intenções de te arrancar

Do peito uma promessa... também meu castigo

Expirava agora, no horizonte, a tarde, a incendiar....

Olhava-te através da névoa que me toldava

Como se do centro do mundo se tratasse

Tuas frases soltas, longe, muito longe...escutava

Ansiando, naquele instante, que o mundo acabasse...

 

 

 

 

Sou Eu

 

Parecia o mar, porque era eu, em minha essência
Teu corpo astral de sátiro acabo de reconhecer
Em outra era... ilha nublada, mar revolto, feroz
Eu e tu, encontro magoado d outra vivência

 

Parecia o mar, sábio parceiro, na praia atento
Porque do seio profundo do reino de Iemanjá
Voltava eu, à tua procura... perguntei ao vento
E ele disse-me que mergulhasse, partisse já

 

Da praia do reino de Pã onde fomos tão venturosos

 

Então eu vim, doce esperança, sonhos ansiosos
Mar em fora... imolado coração de vestal, traída
Pela força arrasadora de um amor pleno e fatal

 

Por ti, sátiro... por ti ansiando, sem dó seduzida.
Aqui estou, saída da espuma, com sabor a sal
E sei que és tu... o mesmo sorriso da despedida!

 

 

 

 

 

Página publicada em setembro de 2020

 

 

 


 

 

 
 
 
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