Muita gente não sabe ainda, mas o poeta Antonio Miranda - heterônimo de Antonio Lisboa Carvalho de Miranda, que é o cientista da informação - é o próprio Barão de Itararé redivivo ou, se quisermos ser menos prosaicos, "recebe" de vez em quando o Barão para parcerias criativas. Muita gente anda esquecido de sua genialidade, mas o Barão de Itararé infernizou - com seus aforismos, "máximas e mínimas" de inspiração de escárnio e maldizer... a vida de muita gente que se levava muito a sério nos palanques daquela velha-nova república composta de nobres falidos e assumidos. Um verdadeiro "Boca do Inferno" como o seu antecessor Gregório de Matos. (Depois dele, francamente, só o Stanislau Ponte Preta, o Millor Fernandes... Hoje em dia, seria o Arnaldo Jabor???) Mas a "parceria" mediúnica de Miranda com o Barão - de quem herda agora o título de nobreza - é apenas na poesia.

Antonio Miranda exercita uma poesia eclética que vai da lírica à épica, da dramática à satírica e tomou o Barão de Itararé como guru, tirando-o do ócio (não se sabe se do Céu, do Purgatório ou do Inferno) e aqui vão sete exemplos da safra nova. Ainda inédita. Apresentada, por uma procuração virtual - não poderia ser de outra forma - pelo célebre Barão de Itararé . Aliás, para "coroar" o acerto, invocam o testemunho do não menos célebre Conde Affonso Celso, ufaníssimo, numa concertação monárquica extraordinária. Confirmem!!!

Para os devidos fins, atesto e dou fé: Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, gaúcho da fronteira, Barão de Itararé. Brasília, 21 de maio de 2003