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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



LYERKA BONANNO 

Nació en Valencia, República Bolivariana de Venezuela, em 1981. Licenciada en Educación, Lengua y Literatura. Poeta y promotora cultural. Fue directora de la revista “La Tuna de Oro” y actualmente pertenece a su comité de redacción, así como también es miembro del comité redactor de la revista Poesía, ambas del Departamento de Cultura de la Universidad de Carabobo. Facilitadora de la Casa Nacional de las Letras “Andrés Bello” dentro del Sistema Nacional de Talleres Literarios.
Ha publicado: Cartas de Guerra, 2005 y participado de antologías.

TEXTOS EN ESPAÑOL TEXTOS EM PORTUGUÊS


Soporto más que mi peso

y los sapos me cantan la muerte
ya no tengo que buscar
he sido rápida
y una turba de oficios llenan la memoria
desatan los puntos de sutura

y ase desangra toda esta vida
que no ha dejado ningún secreto

***


No quiero dormir sin haber despertado
quedan los caminos
y todas las calles que aún no conozco
mi cuerpo también debe crecer

el ojo cuando se cierra se apaga
y hay tanta luz que no nace

se arruga el tiempo
y no hay crema que pueda alisarlos

***
 

Extraídos de la Revista de Poesía PROMETEO, nos. 81-82, 2008.
Memorias del XVIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESÍA DE MEDELLÍN

 

Extraído de
AMANECIERON DE BALA
Panorama actual de la joven poesía venezolana. Antología
Compiladores: Dannybal Reyes, Ricardo Zerpa Salazar, Yanuva León.
Caracas: Fundación Editorial El Perro y la Rana, 2007.
ISBN  978 9803 968328

 

ENTRE cremas y perfumes

creyendo que los olores mueren en frascos

me embalsamo en cada retoque

 

pero en la noche se pudre

el olor del día

y me veo desnuda frente al espejo del baño

que muestra los pelos y el rimel

irse por el albañal

 

 

ME CONTAGIO con tus enfermedades

escucho entre quejas

deseos de mejor vida

tus palabras que se clavan en la culpa

de los errores típicos de mis años

 

pido colar el café para que descanses

mientras busco en el agua caliente

alguna palabra de Consuelo

 

 

LA MIRADA no puede delatar la miseria

soy parte de la anécdota de vidas

y la mía un fracaso de oficio

 

llevo el cabello limpio

uñas postizas

habla postiza

vida postiza

 

y soy una superposición

de posturas postizas

que me convierte

en abono reciclable


DESPERTAR ante los espasmos
 y reconocer tanta falta

estoy harta de mí

aún así no me abandona la Idea
de que algo há estado bien

ya sea por mis manos
o mi boca

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda



        
Agüento mais que o meu peso
         e os sapos me cantam a morte
 já não tenho que buscar
         fui bem rápida
e uma turba de ofícios que  lotam a memória
desatam os pontos de sutura

e dessangra toda esta vida
que não deixou segredo de sutura


***

Não quero dormir sem ter despertado
restam os caminhos
e todas as ruas que ainda não conheço
meu corpo também deve crescer

 

o olho quando fecha se apaga
e há tanta luz que não nasce

o tempo enruga
e não tem creme que possa alisá-lo


ENTRE cremes e perfumes
acreditando que os odores morrem em frascos
me embalsamo em cada retoque

mas na noite apodrece
o odor do dia
e me vejo nua diante do espelho do banheiro
que mostre os cabelos e o rímel
ir-se pelo ralo


               
         ME CONTAGIO com tuas doenças
                   escuto entre queixas
                   desejos de vida melhor
                   tuas palavras que se cravam na culpa
                   dos erros típicos dos meus anos

                   peço para coar o café par que descanses
                   enquanto busco na água quente
                   alguma palavra de consolo


   O OLHAR não pode revelar a miséria
  sou parte a anedota de vidas
  a minha um fracasso de ofício

  trago o cabelo limpo
  unhas postiças
  falta postiça
  vida postiça

e sou uma superposição
de posturas postiças
  que me converte
  em adubo reciclável



                              
DESPERTAR frente aos espasmos
                   e reconhecer tanta falta

                   estou farta de mim

                   ainda assim não me abandona a idéia
                   de que alguma coisa vai bem

                   seja por minhas mãos
                   ou pela boca

==================================================

 

 

Colaboração (texto e foto) de Enrique Hernández-D'Jesús, extraído de UNIÓN LIBRE n. 256, 2015. Tradução ao português por Antonio Miranda.

 

BORRO
 

          Comecei a te apagar pouco a pouco
          iniciei pelas fotos

          depois guardei as cartas
          e enterrei cada lembrança
          guardando-as em cada lugar
          apaguei todos os espaços de nosso tempo
          agora os espelhos não me refletem     

 

 

CAMBIO

 

He cambiado tanto

que ya no estoy en mi

no hay restos ni vestigios de aquella

solo queda su arrebato y asombro al caminar firme

siendo

Y yo que no la quiero de vuelta

necesito dejarla viva en la memoria

para borrar el asombro

y seguir caminando firme

a algún lugar

 

          MUDANÇA

 

          Eu mudei tanto
          que não estou mais em mim
          não há restos nem vestígios daquela
         só resta seu arrebato e assombro ao caminhar firme
          sendo
          E eu que não quero de volta
          necessito deixa-la viva na memória
          para apagar o assombro
          e seguir caminhando firme


          para algum lugar

 

CANDADO

 

Soy el candado que no cierra nunca

en la bisagra me cuelgo

y dejo entrar y salir a conveniencia

un cerrajero alguna vez quiso cambiarme

y sólo consiguió el desnivel

la puerta oxidada

y un orificio sin sentido

Porque yo sé del resguardo

del cuidado

del deber

 

          CADEADO

 
          Sou o cadeado que não fecha nunca
          na dobradiça me dependuro
          e deixo entrar e sair a conveniência

          um chaveiro alguma vez quis trocar-me
          mas apenas conseguiu o desnível
          a porta oxidada
          e um orifício sem sentido
          Porque eu sei sobre o resguardo
          o cuidado
          o dever

 

CASTIGO

 

Mi padre me castigaba con los clásicos

Sabía cuánto los amaba

Y a diario imponía su penitencia

Entre un párrafo y otro

Aprendimos a amarnos desde las historias

las desavenencias siempre venían por las visiones

Un día ya los libros no estaban

papá los cambió por abarrotes

en mi casa hubo silencio

ese día no hubo castigo

no hubo palabras

y fue la primera vez

que no importó llegar a casa

 

 

          CASTIGO

 

          Meu pai me castigava com os clássicos

          Sabia quanto eu os amava
          E todo dia impunha sua penitência
          Entre um parágrafo e outro
          Aprendemos a amar-nos pelas histórias
          os desentendimentos sempre vinham pelas visões
          Um dia já os livros não estavam mais
          papai trocou-os por mercadorias
          em minha casa ficou o silêncio
          nesse dia não houve castigo
          nem mesmo palavras
          e foi a primeira vez
          que não importava ir para casa

 

 

Página publicada em julho de 2008; ampliada e republicada em julho de 2009; publicada e republicada em setembro de 2015.


 
 

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