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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

JUAN ZORRILLA DE SAN MARTÍN

(1855 - 1931)

 

 

Juan Zorrilla de San Martín asistió a varios colegios jesuíticos en Hispanoamérica (Santiago, Santa Fe y Montevideo). En su primer libro de poesías, "Notas de un himno" (1876), se deja notar claramente la influencia del poeta posromántico español Gustavo Adolfo Bécquer. Este libro, típico de su tiempo, refleja la tristeza y el patriotismo que imbuían al poeta, y le sirve para establecer el tono que va a tomar toda su obra posterior.

 

Durante su vida ocupó varios cargos diplomáticos, incluyendo el de ministro de asuntos exteriores en Francia, Portugal, España y el Vaticano. En 1878 publica, en el periódico católico El bien, su famosa "La leyenda patria" que le acarreará una indudable fama que le seguiría y culminaría hasta llegar a Tabaré (1886), su obra cumbre.

 

Juan Zorrilla de San Martín fue conocido principalmente, como se ha dicho, por su largo poema épico, Tabaré. El poema consta de seis Cantos y describe los trágicos amores entre una joven española y un joven mestizo charrúa.

Fuente:  www.los-poetas.com 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução de Solon Borges dos Reis

 

SAN MARTIN, Juan Zorrilla de. Tabaré.  Con ilustraciones de Ulpiano Checa y Sanz.  Montevideo?: Barreiro Y Ramos Editores, 1971.  233 p.  ilus. 20x27 cm.  

 

De “TABARÉ”

 

(fragmento)

 

 

Vós, que amais os impossíveis,

os que viveis a vida da idéia,

os que sabeis de ignotas multidões

que povoam os espaços infinitos;

 

os que escutais queixumes e palavras

onde o silêncio reina,

e algo mais que a idéia do inverno

vos sugere o rodar da folha seca.

 

Escutai o acorde arrebatado

ao rumor misterioso da selva,

a voz daquela noite sem aurora

que difunde sua sombra em minha legenda.

 

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TABARÉ

LIBRO SEGUNDO – CANTO SEXTO

Tras los bosques de acácias de las islas,
se esconde el sol; en las más altas ramas
deja un toque de luz anaranjado,
y polvo de oro em las dormidas aguas.
Tiemblan en los vapores, al perderse,
de los cuerpos las líneas esfumadas;
cruzan, hacia las islãs, las bandurrias,
los cisnes,  y los patos, y las garzas,
que, ya a lo largo del bruñido río,
casi rozando el água, se adelantan,
o forman, en la altura que atraviesan,
simétricas y largas caravanas.
El Uruguay se envuelve en su neblina;
llega al nido en silencio la calandria;
buscando su nocturno alojamiento,
aletea la tórtola en las ramas,
los flexibles y esbeltos sarandíes,
en su alfombra de juncos y espadañas,
abrigan al dormido camalote,
cuyas hojas se extienden sobre el agua.
Cual sobre los abismos reflejados,
en la orilla, los sauces y los talas
sobre un cielo proyectan las cabezas,
y en outro cielo las raíces bañan. 

 

TABARÉ

LIVRO SEGUNDO – CANTO SEXTO

Tradução de Manoelito de Ornellas


Mais além das acácias, pelas ilhas,
O sol se esconde e, na mais alta rama,
Deixa um  toque de luz alaranjada,
É uma poalha de ouro à fora da lama.

Oscilam nos eflúvios, ao perder-se,
Dos corpos, as imagens esfumadas;
Às ilhas voam os socós cinzentos,
Rosadas colheireiras, cisnes brancos,

Que ao longo do brunido azul do rio,
Quase roçando a água se aventuram,
Ou formam, nas alturas que atravessam,
Simétricas e largas caravanas.

O Uruguay se encapuça de neblina.
E em silêncio a calhandra chega ao rio;
Buscando seu noturno esconderijo
Arrulha a pomba-rola sob as armas.

Os esbeltos e débeis sarandis,
Na sua alfombra de juncos e espadanas,
Acalentam o sono do aguapé
cujas folhas preguiçam sobre as águas.

Qual sobre dois abismos refletidos,
Na margem, as taleiras e os chorões
Por sobre um céu projetam as cabeças
E noutro céu afundam as raízes.

 

TABARÉ

        (Fragmentos – Tradução livre)

TRADUÇÃO de ANTONIO MIRANDA:


        Heróis sem redenção e sem história,
        sem túmulos e sem lágrimas;
        estirpe lentamente submersa
        na infinita solidão arcana;

        lume expirante que apagou a aurora,    
        sombra desnuda morta entre as sarças,
        nem as manchas sequer
        de vosso sangue nossa terra guarda.

        E ainda vivem os jaguares amarelos!
        E ainda seus filhotes mamam!
        E ainda brotam os espinhos que morderam
        a pele cobreada da extinta raça!

        Heróis sem redenção e sem história,
        sem túmulos e sem lágrimas;
        indômitos lutasteis... Que é que eras?
        Heróis ou tigres? Pensamento ou raiva?

        Como o pássaro canta numa ruina,
        o trovador levanta
        a trêmula elegia indecifrável
        que através das árvores resvala.

        Quando sinto-os passar pelas trevas,
        e tocar com as asas
        sua cabeça, que entrega aos embates
        do vento secular das montanhas

        sombras desnudas quer passais de noite,
        as pálidas revoadas,
        gotejando sangue que, ao tocar o solo,
        como selvagem imprecação estala:

        eu os saúdo ao passar. Fosteis acaso
        mártires de uma pátria,
        monstruoso engenho a quem feroz a gloria,
        para beijá-lo, o coração arranca?

        Sois do abismo em que a noite afunda
        confusa ressonância;
        um grito articulado no vazio
        que morre sem nascer, que a ninguém chama;

        mas algo sois! O trovador cristão
        lança, úmido de lágrimas,
        um ramo de laurel no vosso abismo...
        porque mártires fosteis de uma pátria!     
 

 

  

JOIAS DA POESIA HISPANO AMERICANA,  org.  ORICO, Osvaldo.  Lisboa: Livraria  Bertrand, 1945.  229 p.  12x19 cm.  “ Manuela González Prada “ Ex. bibl. Antonio Miranda

 

Obs. Não se trata de uma edição bilíngue, textos apenas em português.

 

VINTE ANOS

 

Sabes que são vinte anos, ó minha alma,

vinte anos que passaram sobre mim?

Vinte anos—uma esplêndida cabeça

cheia de sonhos, glórias e festim;

a alma cheia de fogo, de alegria,

e uma ou outra tristeza juvenil;

o elmo cheio de Pátria, de esperanças,

e todo o coração... cheio de ti.

 

 

Página publicada em abril de 2008. Ampliada e republicada em dezembro de 2008; atualizada em julho de 2015.

 


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