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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



EUGÉNIO DE CASTRO

(1867-1900)
 

Eugénio de Castro e Almeida, nacido en Coimbra, Eugénio de Castro llegaría a ser allí uno de los pioneros y mentores del Decadentismo - Simbolismo en Portugal, con la revista Os Insubmissos (1889) y la publicación de Oaristos, cuyo prefacio se volvería una especie de manifiesto del movimiento. Ligado a los seguidores franco-belgas de éste, pero también al “modernista” latinoamericano Rubén Darío, su poética se reinvidicaba del “estilo llamado decadente”, proclamando la “libertad del ritmo”, el uso de los “raros vocablos”, de las “rimas raras” y de la aliteración, así como nuevas cesuras del alejandrino, objeto de polémica con sus êmulos de la revista Bohemia Nova. Su vasta obra posterior  -  de Horas (1891) a Belkiss (1894), Silva (1895), Constança (1900), Éclogas (1920), Últimos Versos (1938), etc. se caracteriza, después de la fase simbolista inicial, por una progresiva evolución hacia un neoclasicismo, incorporando la poesia tradicional y aún el folklore. Destáquese también su inclinación dramática, patente sobre todo em Constança, que retoma el mito de Inês de Castro.
 

TEXTO EM PORTUGUÊS TEXTO EN ESPAÑOL

 

A EPIFANIA DOS LICORNES

 

(fragmento)

 

                   Hossanah! Glória a Deus nas

                   Alturas, a Deus que deu vista a

                   quem não via. E nunca a Lua

                   me pareceu tão de prata!

 

Vejo duas noviças num quartel:

No azul epitalâmico, entre palmas,

Enlaçam-se em ditongo as DUAS ALMAS,

Longe do Mundo bárbaro e cruel...

Dalmaticadas de alvo brocatel,

Mitradas de ouro, vão cruzando, calmas,

Ao som do ascior de ressonâncias almas,

Seus olhares num monograma fiel.

Da Cidade do Mal aumenta o estrépito.,

Numa rubra hematipse, o Sol decrépito

Golfeja sangue pelo céu grisalho...

Turíbulo da Tarde, um lago fuma,

E, na sua assunção, a LUA é uma

Branca Primeira-Comunhão num Talho...

 

                   Bárbaros: uma voz de cetim

                   Branco chamou por mim. Todo

                   Vestido de linho, vou para a

                   Torre do Conceito Puro. Fia –

                   mante de Golconda engastado em

                   zinco: hoje sou o Beato e o

                   Mago. Não tenteis compreender –

                   -me: não me compreenderíeis.

                   Fazei clangorar o olifante das

                   Paixões ruíns. Serei surdo. É

                   vinda a hora, muito esperada, do

                   Livramento.

                                                       

 

(Horas, 1891)

 

 

UM CACTO NO PÓLO

 

         Julguei que se tinha levantado um obelisco no meio da praça;

e que o obelisco dava uma sombra azul; e que tinham acendido um

fogãono quarto húmido; e que tinham dado alta no doente.

 

Julguei que nascia o sol à meia-noite; e que uma boca muda me falava; e que esfolhavam lírios sobre o meu peito; e que havia uma novena ao pé do jardim da Aclimação.

 

Uma boca muda me falou; mas o obelisco, de tênue que era, não de sombra; e o fogão não aqueceu o quarto húmido; e o doente teve uma recaída.

 

E o clawn entrou, folião, na Igreja; fez jogos malabares com os cibórios e os turíbulos; e tornou a nevar; e após os brancos etésios, soprou o mistral forte.

 

E na alcova branca entrou a Dama expulsa, cujo corpo é d´âmbar e cera e todo recendente de um matrimónio aromal de mirra e valeriana,a Dama dos flexuosos e vertiginosos dedos rosados.

 

E seus cabelos de czarina eram claros como a estopa e finos como as teias de aranha; e seu ventre alvo, de estéril, era todo azul, todo azul de tatuagens.

 

E a Educanda fugiu do Recolhimento; e com a Dama expulsa passei a noite em branco; e a noite foi toda escarlate.

 

E no dia seguinte, em vez dos sacros livros, que de ordinário me deleitam, li Schopenhauer, e achei Arthur Schopenhauer setecentas vezes superior a todos os doutores da Igreja.

 

 

                                                           (Horas, 1891)

 

 

TUA FRIEZA AUMENTA O MEU DESEJO

 

Tua frieza aumenta o meu desejo:

Fecho os meus olhos para te esquecer,

Mas quanto mais procuro não te ver,
Quanto mais fecho os olhos mais te vejo.

Humildemente, atrás de ti rastejo,
Humildemente, sem te convencer,
Enquanto sinto para mim crescer
Dos teus desdens o frígido cortejo.

Sei que jamais hei de possuir-te, sei
Que
outro, feliz, ditoso como um rei,
Enlaçará teu virgem corpo em flor.

Meu coração no entanto não se cansa:

Amam metade os que amam com esprança,
Amar sem esprança é o verdadeiro
amor.

 

 

MADRIGAL

 

Deus fabricou o grande céu ... Depois,
para alegrar a escuridão terrestre,

com perícia divina e mão de mestre
Deus fabricou três sóis.


Um deles anda a vaguear nos céus,
e os outros dois,
ó flor estremecida,
são para mim a luz da minha vida,
e são. . . os olhos teus!

 

 

 

 

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL

Traducción de Rodolfo Alonso

 

 

LA EPIFANÍA DE LOS UNICORNIOS

(fragmento)

 

                            ¡Hossanah! Gloria a Deus en las

                            Alturas, a Dios que dio vista a quien

                            no veia. ¡Y nunca la Luna me pareció

                            tan de plata!

 

Veo dos novicias en un cuartel:

En el azul epitalámico, entre palmas,

Se enlazan en diptongo las DOS ALMAS,

Lejos del Mundo bárbaro y cruel...

Dalmatizadas de albo brocatel,

Mitradas de oro, van cruzando, calmas,

Al son de ascior de resonancias almas,

Sus miradas en un monograma fiel.

De la Ciudad del Mal crece el estrépito;

Em hemoptisis rubia, el Sol decrépito

Chorrea sangre del cielo grisáceo...

Incensario en la Tarde un lago fuma,

¡Y, en su asunción, la LUNA es una

Blanca Primera Comunión de un Tajo!

 

                   Bárbaros: una Voz de satén

                   blanco me llamó. Todo vestido de

                   lino, voy hacia la Torre del Concepto

                   Puro. Fui el Flojo y el Negligente y el

                   Diamante de Golconda engastado en

                   zinc: hoy soy el Beato y el Mago. No

                   intentéis comprenderme: no me

                   comprenderías. Haced clamorear el

                   olifante de las Pasiones ruines. Seré

                   sordo. Há llegado la hora, muy

                   esperada, de la Liberación.

 

 

                                               (Horas, 1891)

 

UN CACTO EN EL POLO

 

                   Creí que sehabía levantado um obelisco místico em médio de

la plaza; y que el obelisco daba uma sombra azul; y que habían encendido

un fogón en el cuarto húmedo; y que habían dado de alta al enfermo.

 

         Creí que nacía el sol a medianoche; y que una boca muda me hablaba; y que deshojan lirios sobre mi pecho; y que había uma novena al pie del jardín de aclimación.

 

         Una boca muda me habló; pero el obelisco, de tenue que era, no dio sombra; y el fogón no calentó el cuarto húmedo; y el enfermo tuvo una recaída.

 

         Y el clown entro, jaranero, en la Iglesia; e hizo juegos malabares com los Copones y los Incensarios; y volvió a nevar; y, después de los blandos etesios, sopló el mistral fuerte.

 

         Y en la alcoba blanca entró la Dama expulsada, cuyo cuerpo es de ámbar y cera y todo fragante de un matrimonio aromal de mirra y valeriana, la Dama de los flexibles y vertiginosos dedos rosado.

 

         Y sus cabellos de zarina eran claros como la estopa y finos como las telas de araña; y su vientre albo, de estéril, era todo azul, todo azul de tatuajes.

 

         Y la Educanda huyó del Recogimiento; y con la Dama expulsada pasé la noche en Blanco; y la noche fue toda escarlata.

 

         Y al dia siguiente, en vez de los sagrados libros, que de ordinário me deleitan, lei Schopenhauer, y encontré a Arthur Schopenhauer setecientas veces superior a todos los Doctores de la Iglesia.

 

 

 

 

Textos extraídos de la obra POETAS PORTUGUESES Y BRASILEÑOS DE LOS SIMBOLISTAS A LOS MODERNISTAS; organización y estúdio introductorio: José Augusto Seabra.  Buenos Aires: Instituto Camões; Editora Thesaurus, 2002.  472 p. ISBN 85-7062-323-2

 

Agradecemos ao Instituto Camões a autorização para a publicação dos textos, em parceria visando a divulgação da literatura de língua portuguesa em formato bilíngüe na web.

 

Página publicada em março de 2008.


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