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MIRIAN CALORETTI CASTILLO

 

 

 

Mirian Jesús Caloretti Castillo

Barranco, Lima, 1965.

Magister en Investigación y Docencia Universitaria. Periodista con experiencia en Gestión Pública y Coaching. Escritora y poeta. Doctoranda de la Universidad Cesar Vallejo.

 

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL  -  TEXTO EM PORTUGUÊS

 

 

 

 

VARGAS, José Guiilllermo, compilador.  Las Voces Encantadas.  Lima: Maribelina – Casa del Poeta Peruano, 2016.   246 p.   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

 

EQUIVALENCIAS

 

Cuando alguien ama
inventa, recrea su infinitud
sosiega los instantes
de sus arrebatos

 

cuando se develan las intensiones

la plática sobra

los húmeros se abren

a los besos castos

 

cuando el deseo ansioso
con su vara tímida explora el sacrosanto
fugan los rayos de la luna ignota
mágicos destellos se descorchan

 

cuando se fermenta la matriz

al sumo exacto, se desentraña el cenáculo

bulle el mar a lo ancho

substrae su madroño y epicarpios

 

cuando se espurrean los dones
grafenos cristalinos se atizan

 

Insignes en la contienda
gozan en el ocaso

 

 

 

EL  ARTE  DE  ANDAR

 

Andar metros y kilómetros
contar aventuras y escaladas
de los Andes o el Himalaya

 

subir peldaños, escaleras
círculos ascendentes

o rodar en zigzag

 

bucear en laberintos
y hoyos negros

 

discurrir por la línea
de menos a más;
en la dialéctica de niños
subir y bajar

 

descubrir

que un zapato no vale solo
que no anda más el que tiene
piernas largas

 

ni conoce mejor el mundo
el que porta más medallas

 

llega quien aprende de sus errores
y ve más cerca las cumbres
aun en las profundas hondonadas

 

¿Qué es andar?

Arte, sonido, fuego

caricias de viento

y polvo revoloteando

a transformados seres humanos.

 

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

 

EQUIVALÊNCIAS

 

Quando alguem ama
inventa, recria sua infinitude
sossega os instantes
de seus arrebatos

 

quando se desvelan as intensões

a conversa sobra

os úmeros se abrem

aos beijos castos

 

quando o desejo ansioso
com sua vara tímida explora o sacrossanto
escapam os raios da lua ignota
mágicos brilhos desbotam

 

quando se fermenta a matriz

ao sumo exato, se desentranha o cenáculo

        ferve o transversalmento o mar

substrai os madronhos e os epicarpos

 

quando se esporam os dons
grafenos cristalinos se atiçam

 

Insígnes na competição
gozam no ocaso

 

 

 

 

A  ARTE  DE  ANDAR

 

Andar metros e quilômetros
contar aventuras e escaladas
dos Andes ou no Himalaia

 

subir degraus, escadas
círculos ascendentes

ou rodar en ziguezague

 

mergulhar em labirintos
e buracos negros

 

discorrer pela linha
de menos a mais;
na dialética das crianças
subir e descer

 

descobrir

que um sapato não vale sozinho
que não anda mais oquem tem
pernas longas

 

nem conhece melhor o mundo
o que ostenta mais medalhas

 

chega quem aprende de seus erros
e vê mais perto dos cumes
ainda nos vales profundos

 

Que é andar?

Arte, som, fogo

carícias do vento

        e pó pairando

sobre os  seres humanos transformados.

 

 

 

 

Página publicada em novembro de 2020


 

 

 
 
 
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