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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LUIS CORTÉS BARGALLÓ

 

Poeta y editor. Estudió Ciencias y Técnicas de la Información en la uia, la maestría en Letras Mexicanas en la uia y la unam; realizó estudios de Música en el cnm.

Ha sido coordinador de los talleres de poesía de la uabc y la uam-a; de las colecciones Clásicos Americanos (con Héctor Valdés), Libros del Salmón, Series de poesía de Joan Boldó i Climent Editores, serie de poesía de Ediciones Toledo, Hotel Ambos Mundos y de la colección Teoría y Práctica del Arte, editada por el conaculta. Miembro del consejo de redacción de El Zaguán, Amerindia, El Cuento, Atonal, Alforja Revista de Estudios Budistas. Productor y conductor del programa “El Rock y Otras Pistas” de Radio unam. Perteneció al grupo de rock Las Plumas Atómicas y al grupo de jazz Atrás del Cosmos (dirigido por Henry West).

Colaborador de Cartapacios, Casa del Tiempo, Crónica Dominical, Debats, Dosfilos, Hojas, La Cultura en México, La Gaceta delfce, La Jornada Semanal, Revista de la Universidad, Sábado, Tierra Adentro, Trafalgar Square, entre otras. Becario del Fideicomiso para la Cultura México-usa y miembro del snca a partir de 2001.

Fuente de la biografia: Catálogo biobibliográfico de la literatura en México   -

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

POESIA SEMPRE  - ANO 9 – NÚMERO 15 – NOVEMBRO 2001.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2001.  243 p.  ilus. col.  Editor Geral: Marco Lucchesi.   Ex.bibl. Antonio Miranda

 

Trad. Arnete de Almeida Faria

 

 

Se jogaram n'água com a garganta angustiada pelo pranto. Cruzaram os despojos pavorosos da espuma, caíram de frente, ficaram como pedras.

Depois os homens chegaram para morrer entre os montículos
de seixos e o princípio da areia suja, os matagais engoliam
o lodo salitrado, os despojos esfarelaram o latão com os restos
de uma última refeição.

Os túmulos em conchas como pedras, luzes azuis, brancas,
negras onde picavam os pássaros. Pelicanos que alçaram
voo com asas majestosas.

Passavam pelo poente os pescadores japoneses com seus reboques
e seus isopores, pescadores com botas de borracha branca. Seus barcos apontavam para o norte, por um caminho de ilhotas carcomidas pelo esterco abrasador das almas.

 

 

 

Num deserto de imagens, eu disse alma? Já falei do
coração? Acaso sabemos onde estão? Ou só, como
num saxofone ou contrabaixo a sós, no tremor e nos
harmónicos da oração, os encontramos de passagem?

(Pensemos naqueles que não têm uma alma para salvar, por isso suas almas flutuam nos primeiros rasgos de luz; almas imortais
soldadas às carapaças azuis do caranguejo, tecidas com âmbar
nas algas cinabrinas, almas mercuriais que vão e vêm com
o bando de corvos, almas como gotas de lodo cinza e réstias de
medusas, almas interrompidas na manhã que o sol arrasta em seu carro espectral.)

 

 

Página publicada em março de 2019

 

 

 

 


 

 

 
 
 
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