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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESÍA ANARQUISTA
Coordinación de OMAR ARDILA
 

 

RAFAEL BELTRÁN LOGROÑO

 

Poeta español, que hizo varias composiciones combativas durante la Guerra Civil Española. Colaboró con algunos poemas para la CNTen 1936. También publicó en el semanario ácrata. Crisol.

 

TEXTO EN ESPAÑOL   -   TEXTO EM PORTUGUÊS

 

ANTOLOGÍA ANARQUISTA  poesía / siglo XX …/  Selección, prólogo & reseña de Omar Ardila.  Bogotá: Un Gato Negro Editores, 2013.  200 p.  ISBN 978-958-46-2490-1.    14 x 21 cm.  Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

EL NIÑO CAMPESINO

 

Le vieron desde el camino,

en aquel campo le vieron,

con un trozo de metralla

Clavado dentro del pecho.

Apenas su sangre era

roja fuente que en silencio

iba regando la tierra

de los campos de barbecho.

Eran sus manos morenas

como dos pájaros muertos,

sin vida para ser vistos,

sin alas para los vientos.

¡Ay, mi niño campesino!

¿Quién puso tanto veneno

en la mano del canalla

que ha desgarrado tu cuerpo?

¿Qué culpa tenías tú,

en ti, qué enemigo vieron,

si iba con tu taleguilla

cantando por el sendero

a levantar las alondras

de entre los surcos abiertos?

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda

 

 

O MENINO CAMPONÊS

 

Viam-no desde o caminho,

naquele campo o viam,

com um troço de metralha

Cravado dentro do peito.

Apenas seu sangue era

uma fonte vermelha que em silêncio

ia regando a terra

dos campos de pousio*.

Eram suas mãos morenas

como as dos pássaros mortos,

sem vida para serem vistas,

sem asas para os ventos.

Ai, meu menino camponês!

Quem pôs tanto veneno

na mão do canalha

que lastimou o teu corpo?

Que culpa tinhas tu,

em ti, que inimigo viram,

se ias com tua mochila

cantando pelo caminho

a despertar as cotovias

entre as valas abertas?

 

 

 

* período de um ano em que as terras são deixadas sem semeadura, para repousarem.

 

 

Página publicada em dezembro de 2018

 

 


 

 

 
 
 
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