| 
                   Foto:  seshat.co 
                    
                  ANGELA GARCÍA 
                    
                  Medellín (Colombia) 1957. Poeta y  traductora. Co-fundadora del Festival Internacional de Poesía en Medellín.  Directora del documental “Tres preguntas y un poema” sobre poesía sueca. Dirige  actualmente “El día mundial de la poesía” en Malmö. Es miembro del Centro de  Escritores del sur de Suecia. 
                    
                  TEXTOS EN ESPAÑOL   - TEXTOS EM PORTUGUÊS 
                    
                  
                  LA OUTRA. REVISTA DE POESÍA+ ARTES VISUALES + OTRAS LETRAS  8.  Año 2.  julio – septiembre 2010. Director  general; José Angel Leyva.    México,  DF  -    ISSN 1305 5143     
                     
                   
                    
                         POEMAS SOBRE O  SILÊNCIO        
                    
                  
                            GALA DE SOLEDAD 
                            Un sorbo de licor oferecido por la  noche 
                      me  inunda las pupilas. 
                             Con  la luz de las velas 
                      algo  se quema y me aroma. 
                             En  las llamas ascienden y evanescen 
                      rostros  de historia reciente. 
                             Hilos  de seda llevan mi cintura hacia lo callado: 
                      seda  negra sobre la albura del papel. 
                             Ni  en el humo reposa lo que vive, 
                      añejo  vino de la noche. 
                      
                             * 
                      Tomo  la palavra 
                      pero  los láabios inmóviles reposan em el sueño. 
                             Silencio 
                      latido  que ampara la callada expansión de la raó\ 
                      pasaje  de la savia. 
                             Silencio 
                      onduloso  movimento de aguas em los vientres 
                      en  los lechos de la sangre 
                      carnoso  entramado de cuencos secretos. 
                             Silencio 
                      quieta  cigarra em la inminencia 
                      del  canto de la tarde. 
                             Reposo  del viento 
                      previo  a la polifonia del alba 
                      espantando  sombras. 
                             Voz  esquiva a los oídos 
                      que  mi lengua gusta 
                      enciende  el rosa pálido 
                      del  paladar con andorcillo cini de piñuela, 
                      rescata  mi boca de la mudez. 
                             Temblor  en la fruta del silencio. 
                      Adoración. 
                      
                             * 
                      PALABRA 
                        sigilosa huella de sangre 
                          en  las calles del siglo. 
                             Para  sanar la acecha el corazón. 
                             Que  los ojos tengan luz para esa brizna 
                      que  la herida sea el indicio de la palavra. 
                      
                             EL PUENTE 
                            El  cisne 
                      no  extrajo la cabeza del agua 
                      durante  el tempo 
                      que  tomó el tren 
                      en  atravesar el lago. 
                      
                             ADIVINANZA 
                            No  es espuma a pesar de ser esponjosa. 
                      Hace  silencio como si no lograra salir del sueño, 
                      su  raíz. 
                      Aunque  parece una manta es fría. 
                      Aunque  es fría la cobija. 
                      Aunque  es de agua no moja. 
                      Llega  aun bajo los rayos del sol. 
                      Cae  aunque el viento del norte la mantenga em vilo. 
                      Todo  el ápice del romero le contrasta. 
                      Sólo  cuando está vieja, 
                      empieza  a croar bajo las botas. 
                   
                            
                    
                  TEXTOS EM PORTUGUÊS 
                    Tradução de Antonio  Miranda 
                    
                                       POEMAS  SOBRE O SILÊNCIO           
                  
                           Gala de Solidão         
                            Um  gole de licor espesso oferecido de noite 
                      inunda  minha pupilas. 
                             Com  a luz das velas 
                      algo  se queima e me perfuma. 
                             Nas  chamas ascendem e evanescem 
                      rostos  de história recente. 
                             Fios  de seda levam minha cintura até o reservado, 
                      seda  negra sobre a altura do papel. 
                             Nem  no vapor repousa o que vive, 
                      vinho  antigo da noite. 
                             * 
                              
                             Tomo  a palavra 
                      mas  os lábios imóveis repousam no sonho. 
                             Silêncio 
                      latejo  que ampara a cala expansão da raiz 
                      paisagem  da seiva. 
                             Silêncio 
                      ondulante  movimento de águas nos ventres 
                      nos  leitos de sangue 
                      carnoso  vigamento de profundos segredos. 
                       
                      Silêncio 
                      cigarra  quieta na iminência 
                      do  canto da tarde. 
                              Repouso do vento 
                      anterior  à polifonia da alvorada 
                      espantando  sombras. 
                             Voz  esquiva aos ouvidos 
                      que  minha língua gosta 
                      acende  o rosa pálido 
                      do  paladar com ardor de abacaxi, 
                      resgata  minha boca da mudez. 
                             Tremor  na fruta do silêncio. 
                      Adoração. 
                      
                             Palavra 
                      sigilosa marca de  sangue 
                        nas  ruas do século. 
                            Para  sanar a espreita do coração. 
                            Que  os olhos tenham luz para essa brisa 
                      que  a ferida seja o indício da palavra. 
                              
                            VERDE desdobrado 
                      É a primavera de matizes perfeitos 
                        espalhando  sua doçura no ar. 
                             Verde  desdobrado  sinfonia de luz 
                      enquanto  as notícias soam 
                      espalhando  sinistra incerteza. 
                             Verde  airoso fugitivo 
                      agora  em minha pupila 
                      e  em meus dedos. 
                             E  a ele hoje, a força natural. 
                      Serei  musgo. 
                      
                             A Ponte 
                            O cisne 
                      não  retraiu a cabeça da água 
                      durante  o tempo 
                      que  o trem tomou 
                      em  atravessar o lago. 
                      
                            Adivinhação  
                            Não  é espuma apesar de ser esponjosa. 
                      Faz  silêncio como se lograsse sair do sonho, 
                      sua raiz. 
                      Embora  seja fria coberta 
                      Embora  seja de água não se molha. 
                      Chega  ainda sob os raios de sol. 
                      Cai  embora o vento do norte a mantenha 
                      em  suspenso. 
                      Tudo  o emudece em branco. 
                      Só  o ápice do romeiro o contrasta 
                      Apenas  quando está velho, 
                      começa  a coaxar nas botinas. 
                   
                  Página publicada em maio de 2019 
                     
                   
                    
                
  |