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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://poetapachuco.org/

 

VENANCIO LISBOA

 

Venancio Lisboa Echeverría (1917, Chile - 1993, Chile)

Poeta chileno, galardonado con varios premios literarios, entre ellos el premio Municipal de Santiago, que le fue concedido en el año 1953. Ha escrito los libros Llama viva (1953), Simplemente poemas (1957), Concierto (1958), Poemas (1970), Madre poesía (1981), etc.

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

 

TEOPATIA

 

No es el compás el que hace el círculo

Pues éste estaba allí

Redondo aunque invisible y en espera

Del trazo que lo encuentra y lo revela.

Igual me ocurre con Dios y lo reparo

Estoy y moro en él y no lo alcanzo.

El cielo no está arriba,

En lo alto que lo vemos, tan lejano.

A ras de tierra empieza;

Y en cuanto caminamos lo pisamos.

Igual me ocurre con Dios, v así lo advierto

Estoy y moro en él y no lo siento.

Buscando cómo amistarse

E intentando conocerme

Mi faz recorre una hormiga y yo la dejo pacer.

Mas, cuando está en la ceja, ya me ha olvidado

el labio;

Y cuando va en la frente, mi mejilla ha olvidado.

Igual me ocurre con Dios y lo comparo

Estoy y moro en él y no lo abarco.

Como quien dibuja una puerta

Al pie de una muralla

Voceando al interior para que le abran

A fin de atravesarla,

Mi Dios tan presentido, se me calla.

Igual que un protozoo que eleva su mirada

Y acecha hacia el cristal del microscopio

Estoy buscando a Dios

Y no discierno el ojo que me observa.

Frente a la esfera de un reloj medito

Que justo en este instante

Son las doce horas juntas

Simultáneamente.

Y que todos los calendarios del pasado

Y los del futuro

Se han reunido en un día sólo: hoy.

Con las yemas de los dedos de la mente

Tacto la presencia de la eternidad.

 

 

 

ARRIBO A LA TIERRA

 

 

Antes de nacer

Mi gran vestido era mi madre;

Me la he quitado.

Me he venido a vivir inadvertido

Y más me vive la vida que la vivo.

Lo mío estaba presto, sin preverlo:

El día y el lugar de mi llegada;

Mi nombre y mi lenguaje;

Mi rostro y los cabellos;

Las tierras, los paisajes,

Mas no hallo lo que espero

Y aguardaba.

El aire me respira y todo me es ajeno.

Las cosas se introducen por mis ojos

Curiosas por mirar pupila adentro.

Mi oreja pertenece a los sonidos.

Mi propio corazón

Bebe sus sangres

Mas yo no cuento en ello.

Recorro los caminos de mis manos

Y un día no lejano

Me hallaré desolado al borde de mis dedos.

Tomad,

Que os dejo lo vuestro.

Y sólo puesto me llevo

El gran sombrero de la noche,

Constelado.    

 

 

 

EL HUERTO DOLORIDO

 

 

Alza su índice jesús

y el universo enrededor

como un anillo rodéale su dedo.

-Yo os digo que por mí

le duelen sus flores al olivo.

Duéleme el labio deciros

que por lo escrito me muero

y está escrito que me vuelve

por caminos de tiniebla.

Heridos hierros me esperan.

Heridas vienen volando

a escondérseme en el cuerpo.

Herido el aire de espinas

sangrará en mi frente.

Si no bastan los labios de mi rostro

que me abran otros labios

por el cuerpo. Donde mi voz oculta

mane ardiendo.

Queréis que me interponga

entre el agudo hierro y la madera.

¡Pobre de mí, cuando la hieran!

Cáese el Hombre arrodillado

y la tierra se arrodilla en sus rodillas.

Su Sangre busca un hueco por salir,

sus manos juntas se estrechan y despiden

antes de separarse eternamente.

 

(de LLAMA VIVA, 1953)

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: SOLON BORGES DOS REIS

 

 

TEOPATIA

Não é o compasso que faz o círculo

Pois este estava ali

Redondo, embora invisível e à espera

Do traço que o encontra e o revela.

Assim me acontece com Deus e o reparo

Estou e moro nele e não o alcanço.

O céu não está lá em cima,

No alto em que o vemos tão distante.

No rés do chão começa;

E quando caminhamos o pisamos.

Assim me acontece com Deus, e o percebo

Estou e moro nele e não o sinto.

Procurando como conciliar-me

E tentando conhecer-me,

Uma formiga percorreu meu rosto e eu a deixo

à vontade.

Mas, quando está na sobrancelha, já se esqueceu de

meus lábios.

E quando vai pela fronte, já se esqueceu do rosto.

Assim me acontece com Deus e o comparo

Estou e moro nele e não o abarco.

Como quem desenha uma porta

Ao pé de uma muralha

Gritando ao interior para que lhe abram

A fim de atravessá-la,

Meu Deus tão pressentido, silencia.

Assim como um protozoário que levanta o olhar

Que espreita o cristal do microscópio

estou procurando por Deus

E não distingo o olho que me observa.

Diante do mostrador de um relógio medito

Que exatamente neste instante

São as doze horas juntas

Simultaneamente.

E que todos os calendários do passado

E os do futuro

Reuniram-se em um só dia: hoje.

Com as pontas dos dedos da mente

Sondo a presença da eternidade.

 

 

       
CHEGADA À TERRA

 

       Antes de nascer
Minha roupa era minha mão:
Tirei-a;

 
Vim viver desprevenido
E mais e vive a vida do que a vivo.

 

        O meu estava preparado, sem prevê-lo:
O dia e o lugar de minha chegada;
Meu nome e minha linguagem.
.       Meu rosto e os cabelos;
As terras, as paisagens,
Mas não encontro o que espero
E aguardava.

 

        O ar me respira e tudo me é alheio.
As coisas se introduzem por meus olhos
Curiosas por olhar pupila a dentro.
Minha orelha pertence aos sons.
Meu próprio coração
Bebe seus sangues.
Mas eu não conto nisso.

 

        Percorro os caminhos de minhas mãos
E um dia não está longe
Me encontrarei desolado à margem de meus dedos.

 

        Tomai,
Que vos deixo o vosso.
E comigo só levo posto
O grande chapéu da noite,
Constelado.

 

 

 

       O HORTO DOLOROSO

 

       Alça Jesus o indicador
E o universo, ao redor,
Como um anel rodeia-lhe seu dedo.

 

        — Eu vos digo, por mim,
As flores doem à oliveira.

 

        Sofrem meus lábios dizer-vos
Que pelo escrito eu morro
E está escrito que volte
Pelos caminhos da treva.

 

        Sangrentos ferros me esperam.
Voando chegam as chagas
A esconder-se no meu corpo.
Machucado o ar de espinhos
Sangrará em minha fronte.

 

        Quereis que me interponha
Entre o agudo ferro e o lenho
Pobre de mim, quando o firam!

 

        Cai-se o Homem ajoelhado
E a terra se ajoelha em seus joelhos.
Seu sangue busca um vão para sair.
Suas mãos juntas se apertam e se despedem
Antes de separar-se eternamente.

 

 

 

Página publicada em dezembro de 2019


 

 

 
 
 
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