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PEDRO PRADO

 

(Santiago do Chile, 8 de outubro de 1886 — Viña del Mar, 31 de janeiro de 1952) foi um poeta e romancista chileno.

Pedro Prado ganhou o Prêmio Nacional de Literatura do Chile em 1949.

 

TEXTO EN ESPAÑOL   -   TEXTO EM PORTUGUÊS

 

         LOS PÁJAROS ERRANTES

Era en las cenicientas postrimerías del otoño, en los solitarios archipiélagos del sur.

 

Yo estaba con los silenciosos pescadores que en el breve crepúsculo, elevan las velas remendadas i trasparentes.

 

Trabajábamos callados, porque la tarde entraba en nosotros i en el agua entumecida.

 

Nubes de púrpura pasaban, como grandes peces, bajo la quilla de nuestro barco.

 

Nubes de púrpura volaban por encima de nuestras cabezas.

 

I las velas turgentes de la balandra eran como las alas de un ave grande i tranquila que cruzara, sin ruido, el rojo crepúsculo.

 

Yo estaba con los taciturnos pescadores que vagan en la noche i velan el sueño de los mares.

 

En el lejano horizonte del sur, lila i brumoso, alguien distinguió una banda de pájaros.

 

Nosotros íbamos hacia ellos i ellos venían hacia nosotros.

 

Cuando comenzaron a cruzar sobre nuestros mástiles, oímos sus voces i vimos sus ojos brillantes que de paso, nos echaban una breve mirada.

 

Rítmicamente volaban i volaban unos tras los otros, huyendo del invierno, hacia los mares i las tierras del norte.

 

La peregrinación interminable, lanzando sus breves i rudos cantos, cruzaba, en un arco sonoro, de uno a otro horizonte.

 

Insensiblemente, la noche que llegaba iba haciendo una sola cosa del mar i del cielo, de la balandra i de nosotros mismos.

 

Perdidos en la sombra, escuchábamos el canto de los invisibles pájaros errantes.

 

Ninguno de ellos veía ya a su compañero, ninguno de ellos distinguía cosa alguna en el aire negro i sin fondo.

 

Hojas a merced del viento, la noche los dispersaría.

 

Mas no; la noche, que hace de todas las cosas una informe oscuridad, nada podía sobre ellos.

 

Los pájaros incansables volaban cantando, i si el vuelo los llevaba lejos, el canto los mantenía unidos.

 

Durante toda la fría i larga noche del otoño pasó la banda inagotable de las aves del mar.

 

En tanto, en la balandra, como pájaros extraviados, los corazones de los pescadores aleteaban de inquietud i de deseo.

 

Inconsciente, tembloroso, llevado por la fiebre i seguro de mi deber para con mis taciturnos compañeros, de pié sobre la borda, uní mi voz al coro, de los pájaros errantes.

 

 

                   (en Los pájaros errantes, 1915)

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução por ANTONIO MIRANDA

 

         OS PÁSSAROS ERRANTES

 

         Foi no final cinzento do outono, nos solitários arquipélagos do sul.
Eu estava com os silenciosos pescadores que no breve crepúsculo
levantam os círios remendados e transparentes.
Trabalhávamos calados, porque a tarde entrava em nós e na água
entumecida.
Nuvens de púrpura passavam, como enormes peixes, debaixo da
quilha de nosso barco.
Nuvens de púrpura voavam acima de nossas cabeças.
E as velas túrgidas do saveiro eram como as asas de uma ave
enorme e tranquila que cruzara, silenciosa, o rubro crepúsculo.
Eu estava com os taciturnos pescadores que vagam pela noite e 
velam o sonho dos mares.
No horizonte distante do sul, lilás e brumoso, alguém avistou um
bando de pássaros.
Nós íamos na direção deles e eles vinham até nós.
Quando começaram a cruzar sobre nossos mastros, ouvimos suas
vozes se vimos seus olhos brilhantes que, de passagem, nos
dirigiam uma breve mirada.
Ritmados voavam e voavam uns detrás dos outros, fugindo do
inverno, na direção dos mares e terras do norte.
A peregrinação interminável, lançando seus leves e rudes cantos,
cruzava, em um arco sonoro, de um a outro horizonte.
Insensivelmente, a noite que chegava ia fazendo uma coisa só do
mar, do saveiro e de nós mesmos.
Perdidos no sombra, escutávamos o cantos dos invisíveis pássaros
errantes.
Nenhum deles via o seu companheiro, nenhum deles distinguia coisa
alguma no ar negro e sem fundo.
Folhas sujeitas ao vento, a noite dos dispersaria.
Mas não: a noite, que faz de todas as coisas uma informe escuridão,
nada podia com eles.
Os pássaros incansáveis voavam cantando, e se o voo os levava para
longe, o canto os unia.
Durante toda a longa e fria noite do outono passou o bando
inesgotável dos pássaros marinhos.
No entanto, no veleiro, como pássaros extraviados, os corações dos
pescadores tremulavam de inquietude e de desejo.
Inconsciente, trêmulo, levado pela febre e seguro de meu dever com
meus taciturnos companheiros, de pé na borda lateral, uni
minha voz ao coro dos pássaros errantes.

 

Página publicada em dezembro de 2018

 


 

 

 
 
 
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