Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POESIA ROMÂNTICA BRASILEIRA

 

 

FIRMINO RODRIGUES DA SILVA

(1816-1879)

 

Firmino Rodrigues da Silva (Niterói, 23 de outubro de 1816 — 4 de julho de 1879)  Jornalista e poeta, além de juiz desembargador e político brasileiro. Foi deputado geral e senador do Império do Brasil, de 1861 a 1879.

 

 

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS - TEXTOS EN ESPAÑOL    

 

 

 

                NÉNIA

 

                Niterói, Niterói, que é do sorriso

         Donoso de ventura, que teus lábios

         Outrora enfeitiçava?  Cor de jambo

Pelo sol destes céus enrubescido

         Já não são tuas faces; nem teus olhos

         Lampejam de alegria. — Que é da coroa

         De madressilva, de cecéns e rosas,

         Que a fronte engrinaldava? — Ei-la de rojo

Trespassada de pranto, e as flores murchas

         Mirradas pelo sopro do infortúnio. 

         De teus formosos olhos se desatam

         Dois arroios de lágrimas; — tu choras,

         Desventurada mãe, a perda infausta

         Do filho teu amado; e que outro filho

         Mais sincero chorar há merecido?!

 

         Da noite o furacão prostrou tremendo

         Audaz Jequitibá, que ainda na infância

         Com a cima excelsa devassava os céus!

         — Eu o vi pelos raios matutinos

         Do sol apenas nado, auritingido

         Ainda sepulta em trevas a floresta!

         Eu o vi, e asilou-me a sua sombra.

 

         Também sou filho teu, oh minha pátria,

         E o melhor dos amigos hei perdido,

         Da minha guarda o anjo... eia deixemos

         Amargurado pranto deslizar-se

         Por faces, onde o riso só folgara:

         Que ele mitigue dor que não tem cura!

 

         Eu disse; — e majestosa e bela ergueu-se

         A princesa do vale... Ei-la que os olhos

         Crava nos céus, e aos céus as mãos levanta;

         De tanta desventura enternecida

         A viração da tarde parecia

         Com ela suspirar, gemer-lhe em torno,

         As luzidias tranças esparzindo-lhe

 

         Pelo moreno colo tão formoso.

         O Sol já descambava pra o ocidente,

         E em cima das montanhas semelhando

         Um círio aceso pela mão dos séculos

         A fronte iluminava-lhe: — direis

         Que da maternidade o gênio augusto,

         Ante do Eterno as aras majestosas

         Que a natureza por si mesmo erguera,

         Sobrepondo à montanha altos serros,

         Lenitivo a seus males implorava.

 

         — Oh! que mais lhe restava no infortúnio,

         Senão volver pra o céu olhos maternos,

         Para o céu, derradeiro, único abrigo,

         Onde a esperança de vê-lo se acoitava? —

         Ouvi que ela dizia:

         "— Oh! meu filho,

         Entre milhares filho o mais prezado;

         Oh! meu anjo, por que me abandonaste?

 

         Ainda ontem pendente do meu seio

         Com sorrisos aos beijos respondias

         Que amor de mãe nos lábios te arroiava.

         De mil aromas perfumada a brisa

         Embalava teu berço na palmeira,

         E as rosas das campinas desfolhavam-se,

         Porque teu vímeo leito amaciassem:

         Oh! de meus filhos, filho o mais prezado;

         Oh! meu anjo, por que me abandonaste?...

 

         Ao donoso raiar da juventude

         Vi-o mais belo do que o sol de julho

         Que, desfeita a neblina, alto resplende!

         De louro mel os lábios borrifou-lhe

         Mimosa jataí; — branca açucena

         Mais cândida não era que seu peito, —

         Puro como os desejos dá inocência

         Ingênua simpatia lhe esparzira

         Um não sei quê de amável no semblante,

         Que vê-lo era prezá-lo; — a fronte augusta

         Traía o gênio que alma lhe acendia...

         Oh! de meus filhos ufania e glória,

 

         Oh! meu anjo, por que me abandonaste? —

         Que é feito do condor que o voo ardido

         Arrojava por cima desses Andes?

         Dos céus nas sendas transviou-se acaso?

         ...................................... Ai! quão triste,

         Quão sozinha deixou-me na floresta,

         Gemendo de saudade! Vem, meu filho,

         Consolo de meus males, minha esperança;

         Oh! meu anjo, por que me abandonaste? —

         Tal como o rouco som das rotas vagas

         Que contra as penedias bramam fúrias

         Confuso burburinho ao longe ecoa

         De gente que aproxima: — Ei-los — meus filhos,

         Seus semblantes são pálidos; o gênio

         Lampeja nos seus olhos cintilantes!

         — Marchai avante, prole de esperança,

         À glória, à glória, que o futuro é nosso... —

         Mas que é dele?  Não vai na vossa frente!

         Oh! que é feito do rei da mocidade,

         Tupá, Tupá, oh numem de meus pais!

 

         Qual majestoso Chimborazo, esbelto

         Alcantilado colo dentre os picos

         Dos desvairados Andes, oh meu filho,

         Em meio dessas turmas avultavas —

         Oh Tupá, oh Tupá, que mal te hei feito!

         Não guiarei a turma das donzelas

         Quando coreias rápidas tecendo

         Por princesa dos jogos me aclamarem.

         — Minhas irmãs, eu lhes direi, deixai-me

         Na solidão chorar minhas desgraças;

         Sem dó, nem compaixão, roubou-me a morte

         Do meu cocar a pena mais mimosa;

         A joia peregrina do meu cinto,

         O lírio mais formoso das campinas,

         O lume de meus olhos! — Oh meu filho,

         Ainda canta a araponga, e o rio volve

         Na ruiva areia a lôbrega corrente;

         Ainda retouca a laranjeira a coma

         Verde-negra de flores alvejantes;

         E tu já não existes! ..............................

 

         Primeiro volverão séculos e séculos

         Que outra palmeira tão gentil se ostente

         Nestas florestas altas, gigantescas!

         Como estalarão tantas esperanças

         Num momento de dor! — Eia, dizei-mo,

         Erguidas serras, broncas penedias

         Oh! Tupá, oh Tupá, que mal te hei feito?!...

 

         Não pude mais dizer... por entre as matas

         Como um sonho ligeira a vi sumir-se.

         E o oco som das vagas nos cachopos,

         E o sibilo dos ventos nas florestas,

         E o eco das montanhas, e o dos vales,

         A modo que num coro majestoso

         Ainda as últimas queixas repetiam:

         Oh! Tupá! Oh! Tupá! que mal te hei feito.

 

 

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL    

 

POESÍA ROMÁNTICA BRASILEÑA

 

FIRMINO RODRIGUES DA SILVA

(1816-1879)

 

         NENIA

 

                   Nenia a mi buen amigo el Dr. Francisco   
                                
Bernardino Ribeiro     

 

         Oh! Lira triste minha
         Pelo prazer outrora abandonada
         Ao silbido dos ventos na palmeira,
         As cordas tuas vibrarei saudoso.

 

         Até que a última estale
         E o último suspiro de harmonia
         À flor dos lábios sussurrando expire.

                            DEL AUTOR

 

 

Niteroi, Niteroi, ¿qué es de la risa
Donosa de ventura, que los labios
Otrora te hechizaba? Pomarrosas
Por el sol de estos cielos sonrojadas
No son tus faces ya, ni ya tus ojos
Relucen de alegria.      la corona
De madreselva, de azucena y rosas
Que la frente adomaba? Traspasada
De llanto y arrastrada, flores secas
y ajadas por un viento de infortunio.
Ayes tan doloridos, tan heridos
Cual el dolor materno sólo gime,
Inhumanos punzando dentro el aima,
Frunce los labios contristada risa.
De tus hermosos ojos se desatan
Dos arroyos de lâgrimas; tú lloras,
Desventurada madré, infausta pérdida
del hijo tuyo amado, ¿
y qué otro hijo
un llanto ha merecido mâs sincero?

Nocturno, el huracân postro tremendo
Audaz yequitibá que, aunque en su infancia,
Con cima excelsa ya invadia al cielo.
—Lo he visto yo por matutinos rayos
del sol recién nacido auriteñido,
aún el bosque en tinieblas sepultado.
Yo le vi, y asilome con su sombra.

Honra del valle, envidia de los montes,
Para que en el Edén fueses plantado
Codiciosos robâronte los ángeles;
Que en el valle de lágrimas no medra
La planta que es del cielo. —Fue en tu seno
En donde, Niteroi, vieron mis ojos
Por vez primera el tinte de los bosques
Y el azul de los cielos y aguas verdes;
También soy hijo tuyo, oh patria mía,
Y he perdido al mejor de los amigos,
Al ángel de mi guarda... ea, dejemos
Al amargado llanto deslizarse
Por la faz do la risa antes holgara:
¡ Que al dolor incurable asi mitigue!

Dije; y majestuosa y bella irguiose
la princesa del valle... ya los ojos
Clava en el cielo, al cielo alza las manos;
De tanta desventura enternecida,
La brisa de la tarde parecía
Con ella suspirar, gemir en torno,
Esparciendo sus trenzas relucientes
Por el moreno seno tan hermoso;
El sol ya resbalaba hacia occidente,
Y sobre las montañas semejando
Un cirio por los siglos encendido
Su frente iluminaba: —se diría
Que de maternidad el genio augusto,
Del Eterno ante el ara majestuosa,
Que por si misma irguio Naturaleza,
Sobreponiendo a montes altas sierras,
Lenitivo a sus maies imploraba.

— ¡ Qué más en su infortunio le restaba
Sino volver al cielo ojos maternos,
Al cielo, a aquel postrero, único abrigo
Donde de verle la esperanza estaba!
Mas infeliz que Agar en el desierto,
Ni siquiera podia consolarla
Un mágico reflejo de esperanza,
Ni siquiera decir entre suspiros,
Lágrimas: —No veré morir a mi hijo...
Herido el pecho de amarguras ciento,
Oí que ella decía: —jOh, hijo mío,
Entre millares hijo el más preciado,
Oh, ángel mío, ¿por qué me abandonaste?!

Ayer aún, pendiente de mi seno,
Con risas a los besos respondías
Que en los labios materno amor te daba.
De mil aromas perfumada brisa
Arrullaba tu cuna en la palmera,
Las rosas de los campos deshojábanse
Para ablandar los mimbres de tu lecho;
Oh, de mis hijos, hijo el más preciado,
Oh, ángel mío, ¿por qué me abandonaste?

En su donosa juventud le he visto
Más hermoso que al sol del mes de julio,
Que, deshecha la niebla, alto reluce.
De rubia miel aljofaró sus labios
La mimosa yataz; blanca azucena
Más cándida no era que su pecho,
Puro cual los deseos inocentes.
Ingenua simpatía le esparcia
Un no sé qué de amable en el semblante,
Que verle era quererle; frente augusta
Mostraba el genio que encendía su alma...
¡ Oh, de mis hijos ufanía y gloria,
Oh, ángel mío, ¿por qué me abandonaste?!

¿Nunca más le veré?, oh, Dios, ¿la muerte
Puede arrancar de los maternos brazos

Al hijo amado?... nunca; ¿mas qué es de él,
Qué se ha hecho del condor cuyo vuelo
Le impulsaba por cima de los Andes?
¿Por senda celestial perdiose acaso?    
                               ¡ Ay, cuán triste,
Cuán sola me ha dejado en la floresta,
Gimiendo de añoranza! Ven, mi hijo,
Consuelo de mis males, mi esperanza;
¡ Oh, ángel mio, ¿por qué me abandonaste?!

Tal como el ronco son de rotas olas
Que contra los peñascos furias braman,
Un confuso murmullo lejos suena
De gente que se acerca: —Son mis hijos,
Sus semblantes son pálidos, el genio
Destella de sus ojos relucientes.
Id adelante, prole de esperanza,
A la gloria, que ya es nuestro el futuro...
¿Mas qué es de él? No marcha a vuestro frente...
Del rey de tantos mozos ¿qué se ha hecho,
Tupá, Tupá, oh numen de mis padres?

Cual majestuoso Chimborazo eleva
Garganta acantilada entre los picos
De Andes alucinados, oh hijo mío,
En medio de estos bandos destacabas.
Aún el rey de los montes se alza altivo
Contra furiosa tempestad, que en vano
Por inhumanos valles, bosques, grutas,
Abatida te busco, que responde
Ronca voz del desierto a mis clamores,
Que Eco va por el valle revolando,
¡ Oh, sol brillante, oh numen de mis padres,
Oh Tupá, oh Tupá, ¿qué mal te he hecho?!
 

No he de guiar al coro de doncellas
Cuando corales rápidas tejiendo
Me aclamen en los juegos como reina.
Hermanas mías, les diré, dejadme
Lamentar solitaria mis desgracias;
Sin compasión me arrebató la muerte
De mi lazo la pluma más mimosa,
La joya peregrina de mi cinto,
El lirio mas hermoso de los campos,
Y la luz de mis ojos. —Oh hijo mío,
Aún canta el araponga, el rio vuelve
En rubia arena lóbrega corriente;
Verdinegra con flores que blanquean
¡ ¡  Y tu no existes ya!! —¿Oh sol brillante,
Oh Numen de mis padres, qué és de mi hijo?!
¡ Oh Tupá, oh Tupá, iqué mal te he hecho?!

Primero han de volver siglos y siglos
Que otra palmera tan gentil se ostente
En estos bosques altos, gigantescos.
La tempestad se elevará bramando
En esta sierra inmensa de los Órganos,
Y, ay de mí, no tendré donde asilarme.
En las breñas habrá moteadas sierpes
Y, ay de mí, no tendré quien me defienda... ...
... ¡ Cómo estallaron tantas esperanzas
en un momento de dolor? —Decidme,
Erguidas sierras, broncos peñascales...
¡ Oh numen de mis padres, sol brillante,
Oh Tupá, oh Tupá, iqué mal te he hecho?!

No pudo decir más... por la espesura
La vi perderse rauda como un sueño,
Y un hueco son de olas en las peñas,
Y el silbido del viento en las florestas,
Y el eco de los montes y los valles
A manera de coro majestuoso
— ¡ Oh numem de mis padres, sol brillante,
Oh Tupá, oh Tupá, ¿qué mal te he hecho ?!

       

 

Página publicada em agosto de 2016


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar