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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

PATRICIA CARINI

 

 

Buenos Aires. 1960.  Poeta, artista visual, periodista. pecar@ciudad.com.ar

Publicó poemas y poemas ilustrados en revistas, y páginas Web: www.arteuna.com, www.parolerovesciate.com, www.vórticeargentina.com.ar.

 

Participó de  “Estudio Abierto”, edición 2006, con [M.E.M.O] Mundo Espejo Muro Otro. Fotografías impresas en tela vinílica.

Expuso en las muestras de colectivas 2004, 2005 y 2006 del “Encuentro Internacional de Poesía Visual, Sonora y Experimental” en el Centro Cultural Recoleta, organizado por Vórtice Argentina.  Integra “Las A* Prieto”, publicaron la  “Revista Anacrónica por  Mujeres Poetas Argentinas”, 1998. Editorial “Bajo la luna”, publicará “Do”, libro de poemas en 2007.

 

Indicada por Rolando Revagliatti.

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  /  TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

Esqueleto I

 

Reina pordiosera

calesita autómata

del abandono

que no abandona

ni aunque le ruegue

 

 

Esqueleto II

 

Reinas pordioseras

aquietadas de padecer

se aburren de si mismas

quieren transformarse

en mariposas

 

 

Puentes I

 

Dinamitarlos, estallarlos,

destruírlos, romperlos,

quebrarlos, herirlos,

destrozarlos, ensangrentarlos,

enterrarlos, sumergirlos,

ahogarlos, envilecerlos,

miserearlos, ningunearlos,

despreciarlos, oscurecerlos,

engañarlos, mancharlos,

embrutecerlos, aterrorizarlos,

trampearlos, enceguecerlos,

ensordecerlos, avergonzarlos,

anochecerlos y matarlos.

 

 

Tentação

 

Detrás de la escalera que conduce a mis mentiras

en un campo seco,  invisible a los ojos del fuego

sueño un demonio vestido de mujer

azul el color de sus telas y negras las medias caladas

adentro de zapatos también negro taconeo

corpiño transparente, feroz aliento

festín sin religión ni medida

espirituales miradas atraviesan una lata

en el hueco de la ventana anida un murciélago

ve por su olfato

la capa es tan plateada, compite con la luna

él le dice al polvo: “pienso en colores”

los vientos de la noche están dentro suyo

un trasnochado sentado en el cordón de la vereda

nombra con el don del adivino a beijaflor

él guiña  ala herida,  esconde la pequeña cabeza

avergonzado por el descubrimiento del espejo

vate el cuerpo en el pentagrama

y dice:  detrás de tu escalera

las flores y la hierbas  agonizan

 

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TEXTOS EM PORTUGUÊS

Tradução de Antonio Miranda

 

Esqueleto I

 

Rainha mendicante

brinquedo de montar autômato

do abandono

que não abandona

mesmo que se implore

 

Esqueleto II

 

Rainhas mendicantes

aquietadas de padecer

aborrecem de si mesmas

querem transformar-se

em borboletas

 

 

Pontes I

 

Dinamitá-las, explodí-las,

destruí-las, rompê-las,

quebrá-las, ferí-las,

qestroçá-las, ensangüentá-las,

enterrá-las, submergí-las,

afogá-las, envilecê-las,

empobrecê-las, menosprezá-las,

depreciá-las, escurecê-las,

enganá-las, manchá-las,

embrutecê-las, aterrorizá-las,

enganá-las, cegá-las,

ensurdecê-las, envergonhá-las,

anoitecê-las e matá-las.

 

 

Tentação

 

 

Detrás da escada que leva às minhas mentiras

em um campo seco, invisible aos olhos do fogo

sonho com um demônio vestido de mulher

azul a cor de suas vestes e negras as meias caladas

dentro de sapatos também negro pisoteio

espartilho transparente, sopro feroz

festim sem religião nem limite

miradas espirituais atravessam uma lata

no oco da janela aninha um morcego

vê por seu olfato

a capa é tão prateada, rivaliza com a lua

ele diz ao pó: “penso em cores”

os ventos da noite estão dentro de si

um transnoitado sentado na beira da calçada

nomeia com o dom de advinho a beija-flor

ele pisca  asa ferida, esconde a cabeça pequena

envergonhado pelo descobrimento do espelho

e toca o corpo no pentagrama

e diz: detrás de tua escada

as flores e as ervas agonizam

 

 

Página publicada em outubro de 2007.




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