Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

MIGUEL ANDRÉS CAMINO

(1877-1944)

 

 

Considerado el primer escritor de San Martín de los Andes, Miguel Andrés Camino, nació el 30 de noviembre de 1877. Publicó dos libros inspirados en la vida y el paisaje cordilleranos: "Chaquiras" y "Chacayaleras", que le dieron trascendencia por la sencillez de sus versos y el tratamiento de temas populares.

 

        TEXTO EN ESPAÑOL   -   TEXTO EM PORTUGUÊS

 

SILBANDO

" Ella le pedía    

con honda tristeza:     

No silbes, Lisandro.    

¿No ves que silbando me apenas? 

 

Si tienes un silbo, entre dientes,   

que en vez de tonada 

parece un llorare,       

¡parece una queja!     

Con ese tu silbo,

Lisandro, ¿te acuerdas?      

marchabas de niño a los cerros;   

y en sus soledades,    

con cabras y piedras,  

pasabas silbando, silbando,  

las horas enteras.      

Con ese tu silbo 

que me desespera,     

te vide, ya hombre, en busca 'e cariño  

llegar a mi puerta.      

Con ese tu silbo 

te vide alejarte  

dejándome sola 

y llena 'e vergüenza.  

Con ese tu silbo,

te vide ayer tarde       

llegar por la güeya,    

trayendo a nuestro hijo       

cruzado en la cruz de tu bayo      

como una maleta...    

Y allí lo enterraste,     

silbando, silbando,      

juntito a la tumba      

de tu pobre vieja...    

No silbes, Lisandro,    

¡Por Dios te lo pido!    

¿No ves que al oirte    

silbando, silbando,      

el alma presiente

desgracias muy negras?      

No silbes, Lisandro,    

que en vez de tonada, tus silbos,  

parece que fueran      

aullidos de perro

que nos anunciaran    

una mala nueva 

........

Y él, indiferente,

silbando, silbando       

entre dientes,    

oia a la pobre    

como si lloviera. 

........

 

Le mataron un hijo a Lisandro,     

en una pelea.    

(Hay quien dice que fue el Comisario,    

a causa de un'hembra).      

Y después de enterrar a su güeñi, 

juntito a su vieja,       

y afilar como luz un cuchillo,

por saber si es verdad lo que cuentan,  

sin siquiera volcar una lágrima,    

sin siquiera volver la cabeza,

al tranquito, montado en su bayo,

del palenque, hacia el pueblo, silbando, 

silbando entre dientes,

se aleja.   

Muy cerquita del rancho 'e Linsandro     

hay tres cruces, de dos que antes eran. 

La mujer que enfermó del disgusto

para siempre descansa en la tierra;      

y en Bahía se encuentra Lisandro, 

pagando su hombrada

metido entre rejas.     

Parece que en cuanto aquel dia    

silbando, silbando entre dientes,   

al pueblo llegara,

y supo la cosa cual fuera,    

sin decir una sola palabra    

pilló al Comisario,       

cobróle su cuenta,      

asestándole en medio ¿'e la guata

una puñalada     

por cada legua,  

que llevando el cadáver del hijo    

Lisandro anduviera...  

Y la gente baqueana calcula 

que del rancho 'e Lisandro hasta el pueblo,    

hay... dieciocho legüitas, apenas. "

 

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS

Tradução: Antonio Miranda

 

 

 

ASSOVIANDO

 

Ela lhe pedia
com profunda tristeza:
Não assovies, Lisandro.
Não vês que silvando me magoas?

Se tens um assovio, entre dentes,
que em vez de toada
parece um chorare,
parece uma queixa!
Com esse teu assovio,
Lisandro, lembras?
marchavas ainda menino às colinas;
e em sua solidão,
com cabras e pedras,
passavas assoviando, assoviando
por horas inteiras.
Com este eu assovio
que me desespera,
te vi, já homem, em busca de carinho
chegar à minha porta.
Com este teu assovio
te vi afastar-te
deixando-me sozinha
e plena de vergonha.
Com este teu assovio,
te vi ontem à tarde
chegar pela trilha,
trazendo o nosso filho
cruzado na cruz de um baio
como uma maleta...
E ali o enterraste,
assoviando, assoviando,
juntinho do túmulo
de tua pobre velha...
Não assovies, Lisandra,
Por Deus, eu te peço!
Não vês que ao ouvir-te
assoviando, assoviando,
a alma pressente
desgraças bem negras?
Não assovies, Lisandro,
que em vez de toda, teus assovios,
parece que foram
uivos de cão
que nos anunciaram
uma má novidade
...........

E ele, indiferente,
assoviando, assoviando
entre dentes,
ouvia à pobre
como se chovesse.

...........

 

Mataram um filho de Lisandro,
numa briga.
(Há quem diga que foi o Comissário,
por causa de uma fêmea).   
E depois de enterrar ao seu filho
juntinho de sua velha,
e afilar como luz uma navalha,
por saber sé verdade o que contam,
sem sequer derramar uma lágrima,
sem sequer voltear a cabeça,
ao compasso, montado em seu baio,
do palanque, para o povo, assoviando,
assoviando entre dentes,
se afasta.
Bem pertinho do rancho de Lisandro
estão três cruzes, de duas que eram antes.
A mulher que se enfermou de desgosto
para sempre descansa na terra;
e em Bia se encontra Lisandro,
pagando sua hombridade
metido entre grades.

Parece que enquanto naquele dia
assoviando, assoviando entre dentes,
ao povo chegara,
e sou da coisa como era,
sem pronunciar uma única palavra
pegou o Comissário,
cobrou dele sua conta,
impingindo em cheio, do estofo
uma punhalada
por cada légua,
que levando o cadáver do filho
Lisandro andasse...
E a gente conhecedora de caminhos calcula
que do rancho de Lisandro até o povoado,
são... dezoito léguas, apenas.

 

 

Página publicada em junho de 2017



 
 
 
  Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar