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Foto: http://audiovideotecaba.com

JUANA BIGNOZZI

 

Juana Bignozzi (Buenos Aires, 1937-5 de agosto de 2015) fue una traductora, periodista y poeta argentina.

Residió desde 1974 al 2014 en España. Trabajó como traductora.

Fue galardonada con el Premio Municipal de Poesía 2000, Premio Konex y Premio Rosa de Cobre de la Biblioteca Nacional Argentina en 2013.

Falleció el 5 de agosto de 2015 a los 78 años.

Más información en: https://es.wikipedia.org/wiki/Juana_Bignozzi

 

 

TEXTOS EM ESPAÑOL   -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

Extraído de

 

POESÍA SEMPRE  Ano I  - Número 1  -  Janeiro 1993
Rio de Janeiro: Ministério da Cultura. Fundação Biblioteca Nacional. Departamento Nacional do Livro.  ISSN 0104-0626   Ex. bibl. Antonio Miranda

 

 

Mi Sangre

 

nueva de una muerte total

galopa despacio este horizonte blanco

sin ojos

sin testigo.

Se toca sus hondas paredes de agonía.

Los pájaros que una vez se prometió duermen sus cabezas muertas en mi sangre.

Se busca de nuevo las raíces y la sal.

 

 

 

 

"una juventud violenta, inquieta
y saturada de hastío".

 

Después de tantos cuerpos sobre mi cuerpo

días enteros hechos pedazos con palabras

aún quisiera emborrachar mi corazón

pero nos rodean hombres tersos casi lúcidos

un poco deteriorados por el tabaco.

No se perderán nuestros amores

porque de esta gloriosa juventud quedarán fotos

hermosas fotos buenas fotos casi divertidas.

Aún quisiera emborrachar mi corazón

pero nos rodean vinos sin intensidad

gente que escribe en las orillas del diario

en sobres usados escribe no estoy sola

gente que mira por la ventana y sin equivocarse dice

así es el otoño, agua y viento.

¿Quién se atrevería a decir otra cosa?

 

 

 

 

 

 

                TEXTOS EM PORTUGUÊS
            
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 

Meu Sangue

 

novo de uma moarte total
galopa devagar este horizonte branco
sem olhos

sem testemunho.

 

Toca suas fundas paredes de agonia.

 

Os pássaros que uma vez prometeu
dormem suas cabeças mortas em meu sangue.

 

Buscamos outra vez as raízes e o sal.

 

         "uma juventude violenta, inquieta

         e saturada pelo fastio".

 

Depois de tantos corpos sobre meu corpo
dias inteiros feito pedaços com palavras
ainda gostaria de emborrachar meu coração
mas nos rodeiam homens suaves quase lúcidos
um pouco deteriorados pelo tabaco
Nossos amores não se perderão
porque desta gloriosa juventude restarão fotos

formosas fotos boas fotos quase divertidas
Ainda quisera embriagar meu coração
mas nos rodeiam vinhos sem intensidade

gente que escreve nas beiradas do diário

em envelopes usados escreve não estou sozinha

gente que mira pela janela e sem equivocar-se diz:
assim é o outono, água e vento.

 

Quem se atreveria a dizer outra coisa?

 

 

Pintura de kazimir-malevich

BARATARIA  Revista de Poesia.  Ano 7  Número Doble 14 - 15.  Buenos Aires: Fondo Cultura BA, Junio 2005.  ISSN 1668-1460
Ex. bibl. de Antonio Miranda 
 

 

 CABELEIRA ROJA

I
Na ppinta el cielo sino
De la tierra el alma rosa
No pinta hombres sino caballos
Y el sueño del corazón hacia su frontera

II
Sobre cada utopia em retirada
El cielo se abre
Para mostrarla a contraluz.

 

*

 

VEJA e LEIA  outros poetas da ARGENTINA  em nosso portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/argentina/anrgentina.html

 

Página publicada em fevereiro de 2023

 

 

 

 

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